Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

22
Fev 11

Há terça feiras assim.

 

Saio cedo de casa antes das 7 da manhã, faço 20km até às instalações de um cliente, e arrancamos para as obras alentejanas.

Vamos sempre a falar, para lá, cusquices, obras, a crise.

Debatemos o estado da nação, o estado a que o estado chegou, isto parafraseando títulos sonantes. Discutimos a indústria, a agricultura, polítiquices.

Concluo que estamos do lado errado, os que trabalham sem grandes frutos, embora tenha mais pena de mim do que dele.

Atravessanos direito a Rio maior, e para lá da serra o tempo muda. Só poucos quilómetros antes de Coruche as coisas parecem animar. Isto querendo dizer que, àquela hora matinal, só chegando a Coruche se começa a ver mais do que camiões de mercadorias e carrinhas com pessoal das obras.

Atravessando a ponte, e tirando os carros acima descritos, volta a pasmaceira. Agora em tons de verde, há uns meses, cor de palha seca. quilómetros e quilómetros, e quilómetros. Cotos de árvores com cegonhas. Campos a perder de vista. Oliveiras.Entretanto há-de aparecer Évora, Portel, Alqueva e por fim Moura. Terra pacata, sossegada.

às vezes estamos lá meia hora , e estamos prontos a voltar para trás. Noutras, descemos ainda mais, Vidigueira, Cuba, Aljustrel, Castro Verde, e acabamos por almoçar nesta vila simpática.

Olivais.Vinhas. Nada.Olivais. Nada.Eucaliptos. nada.

De regresso, Ferreira do Alentejo, Alcácer do sal. Auto estrada até cá acima.

Gosto muito da viagem, mas estou limitada e não posso parar onde quero, tirar uma ou outra fotografia, fazer um desvio para o geocaching.

 

O que me perturba o espírito é tentar saber como ganham eles a vida, que nada se vê fazer, e pouco ou nada mais que as grandes adegas e lagares parecem ter vída útil. isso e quilómetros de estradas em obra. Se passam tão poucos carros, é preciso tanto estradão?

 

 

E no entanto eles vivem por lá. E parecem felizes. nada stressados

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 22:07

30
Out 10

está mais frio e mais chuva.

 

Para quem saiu do Aeroporto em camisola de alcinhas, vindo de 17 dias de calor bom no Quénia, foi um choque!

 

Já não me lembro quem nos foi buscar, mas rapámos frio na viagem até casa.

 

Carregados de bugigangas e ananazes, assentámos arraiais em casa da cunhada, para um almoço de boas vindas depois de uma lua de mel fabulosa.

 

Da ementa fizeram parte Clavamoxes, porque o meu joelho direito estava uma lástima, depois de um encontro imediato de 3ª grau com um coral venenoso nas águas quentes do Índico.

 

Um bronze cinco estrelas, de muitas horas de praia, piscina e safari.

 

Dias e noites fantástico, o amor e uma cabana em sentido real.

 

O acordar para o mundo real, mas numa versão soft e descontraída, de quem está bem na vida e de bem com a vida.

 

Mas isso faz amanhã dez anos que aconteceu...

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:11
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20
Ago 10

Ainda esta semana fiz análise e em todos os valores diz que eu estava em fase Folicular. Assim sendo, porque é que ,em simultâneo, se verificou o fim da fase luteinizante?

 

Eu sou mesmo uma maravilha da natureza. Um fenómeno melhor que o do Entroncamento.

 

Por favor Dra. A, receite-me os comprimidos e as injecções para eu voltar a engravidar, que depois pode aproveitar a cesariana e tirar tudo, incluindo banha.

 

Enquanto não engravidar não consigo fazer um tratamento radical para emagrecer em tempo útil. Enquanto não fizer esse tratamento, não emagreço. Enquanto não emagrecer as hormonas não vão ao sítio. Enquanto as hormonas não forem ao sítio eu não engravido. Em quanto não engravido vou engordando.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 16:06

11
Ago 10

Ontem fui em trabalho para o Alentejo.

Tive a oportunidade de ir sem horas de regresso e sem ninguém a condicionar.

 

Há anos que não saía de casa antes do sol nascer, para conduzir até ao Alentejo, e foi tão bom quanto eu me lembrava. É chato ser tão longe, tantas horas de viagem, mas por outro lado, sair aquelas horas, conduzir pelo fresco em direcção ao sol, agrada-me, e muito.

 

Moura é um boadinho antes do fim do mundo. Antes, parei na barragem do Alqueva, e até tentei uma visitinha à obra. Sem sucesso.( Volatrei à carga um dia destes...)

A barragem não é tão grande quanto eu imaginava, ou pelo menos tão grandiosa.

 

Depois da obra, fui dar uma volta: Amareleja ( quente, mas pensei que fosse pior), Central fotovoltaica (grande mas pensei que fosse maior), Aldeia da Estrela, Aldeia da Luz ( desilusão), Mourão, Reguengos de Monsaraz.

 

Achei tudo muito sub-aproveitado, embora me pareça que muitos se aproveitaram e bem. àquelas horas tudo estava deserto. A Aldeia da Luz pareceu-me uma terra fantasma, e pensei, "para que foi isto tudo para estar neste estado?" e segui viagem. Imaginei grandes resorts e turismo associado a um grande lago, e nada vi. Vi vinhas, melões, oliveiras e pouco mais, quando pensava em laranjais e estufas que ficariam ali tão bem.

 

A Barragem há-de, um dia, valer a pena, se deixar de ser um lago estagnado, onde o pouco aproveitamento turístico que tem abusa nos preços, digo: aluguer de barcos a preços escandalosos, alojamento e refeições só para classe alta. Valerá a pena se aquele deserto de palha passar a ser mais verde e variado.

 

A uma coisa grande que vi, que esperava, foi o calor, em kilometros a perder de vista.Tudo o resto me soube a pouco

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:24

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