Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

13
Jun 11

Há manhãs em que sinto que tenho 6 ou 7 filhos: vestir a Rita e a Inês, trocar a camisola porque é larga, trocar a camisola porque é apertada, ou porque a cor é assim, ou assado, a manga é curta ou comprida.

Mudar as calças por saias, ou saias por calças, as leggings por fato de treino, o fato de treino por calções...

E depois calçar, voltar a calçar porque a meia fazia impressão, o laço dos atacadores está largo, está apertado, já se desfez.

 Voltar a mudar qualquer coisa porque entornou leite, ou limpou as mãos à roupa, ou sujou com pasta dos dentes.

Penteio a Rita uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, com ela a choramingar e chiar atrás de mim, porque o totó está torto, está acima, está abaixo, a franja não está bem apanhada, o gancho caiu.

 Pentear a Inês, nivelar os totós com nível de laser, está apertado, está a puxar, está largo, está mais acima, está mais abaixo. Tudo isto com um ruído de fundo delas a chorarem, chiarem, Mãe,a Rita fez isto, Mãe a Inês disse aquilo.

A mim, apetece-me sair de casa e deixá-las alí. Ou desatar à bofetada. Ou as duas coisas.

 

 Por isso, não me voltem a dfizer que ainda é cedo e já tenho um ar cansado, ou que a respiração está ofegante, ao telefone, ou se vim a correr, e se não tenho frio. Não. Não tenho frio, sou gorda e já me mexi muito.

 

 E ainda antes das 9 da manhã já fiz coisas demais. .

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:59

12
Out 10

Juro que não aceitei trabalho a mais!

 

Garanto até que precisava de mais trabalho para conseguir aguentar a empresa!

 

Só que já não posso nem com um gato pelo rabo, e tudo o que devia estar pronto à meses renasce e volta a ser preciso fazer mais isto, e mais aquilo, tudo por conta do orçamento.

 

Estou à beira da ruptura.

 

Já perdi conta às horas de trabalho, e quando faço contas às que ainda me faltam, só penso em horas que não tenho, nem vou ter, e tudo atrasa ainda mais

 

 

Tudo porque tudo tem o seu tempo, e o tempo disto passou. O pior de tudo, é que na grande parte das coisas não fui eu que o deixei passar, e agora levo com as consequuências dos meus erros, mas muito mais com as consequências de erros dos outros.

 

Sinceramente, têm sido os piores dias da minha vida profissional, desde que comecei a trabalhar, faz daqui a uns dias 12 anos.

 

 

Não sei mesmo o que fazer, não sei! E nem sequer sei a quem pedir ajuda

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:20
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24
Set 10

Mais um dias destes.

Estou atulhada de trabalho até à ponta do cabelo, mas o que é que eu fui fazer? Depilação.

 

E o que me fez vir lágrimas aos olhos? para além dos puxões da cera?

 

Descobrir páginas e páginas na net sobre a Colecção Patrícia  ( Trixie Belden) e recordar os meus livros favoritos. Sim! mais que Nicholas Sparks, e que Enid Blyton, e que Agatha Christie.

A minha "adolescentude" foi passada a lêr e reler esta colecção, e no fundo eu era a Patrícia , à espera que um jovem atlético que foi a minha paixão platónica entre os 11 e os 15 anos fosse Jim. Bem, eramos 4 filhos, mas ao contrário, moravamos no campo e tinhamos macieiras e galinheiro. Até tinhamos uma station wagon. Mas nunca andei por aí à aventura de cavalo, de bicicleta, de roulote, nem fui visitar parentes longínquos com os amigos, nem tive um clube, nem nunca fui a bailes da escola. Sardas e caracóis, já tinha. Só me faltava ser loura.

 

E não é que a Patrícia tem idade para ser minha avó? A intemporalidade dos livros surpreende-me. Estão alinhadinhos no meu quarto, em casa dos meus pais, e as miúdas só lhes poderão pôr a mão em cima quando demonstrarem juízo.

 

 

com tudo isto, está na hora de elaborar uma longa lista de trabalho a fazer no fim de semana.

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:33

18
Ago 10

A aplicabilidade das Leis de Murphy ( e outros). ( desde já obrigada, a quem compilou o meu fado..)

 

Os dias têm corrido a um ritmo alucinante e ressinto-me disso amargamente. Não bastassem os erros que acabo por cometer, há dias em que tudo conjura contra mim, e há semanas e meses em que esses dias ocorrem com demasiada frequência.

 

1- Tenho a despensa quase vazia.

2- A minúscula faz anos amanhã.

3- Tenho algum trabalho atrasado.

 

 Domingo não deu para ir às compras, e eu pensei, "amanhã à noite, quando chegar de Lisboa"

Segunda feira Fui fazer análises que me confirmaram o que eu já sabia e não queria saber (paguei os olhos da cara por serem sem receita!), e, estando atrasada, ainda tive de esperar sossegadinha 20 minutos. Tão sossegadinha que pensaram que eu tinha saído e passaram pessoas há minha frente, pelo que me atrasei ainda mais.

Fui ao escritório buscar papelada e segui para as obras. Chegada lá, esperei, esperei, esperei, e por fim a fiscalização chegou. Já eram 14h, quando estavamos para ir almoçar, e chega a protecção civil para uma vistoria da obra ao lado, do mesmo encarregado e fiscal. Ficaram eles, fui almoçar, paguei um balúrdio e voltei. Ainda lá estavam, e voltei a esperar. Perto das 16h terminaram, e pudemos seguir para outra obra. Eu segui, eles pararam para almoçar, e eu esperei, esperei, esperei, Saí de lá perto das 20h, cheguei a casa depois das 21, cansada, estourada e ainda fui fazer o jantar, e já não fui às compras.E eu pensei, "amanhã à noite, quando sair do escritório"

 

Terça feira, fui cedo para o escritório e perdi que tempos a preparar papelada para uma reunião à tarde, de assuntos que me andam a remoer e a perturbar há alguns tempos. Fui almoçar a correr, voltei ao escritório, arranquei para a reunião, e o homem estava em Lisboa sem se lembrar de mim, e eu em Alcobaça, à espera... Nesse entretanto, um parvalhão qualquer decide que o seu carro cabe entre o meu e outro, e estaciona, batendo, batendo, batendo e voltando a bater, à frente e atrás, no meu e noutro carro. E vai-se embora, deixando o carro literalmente montado em cima do meu. Dizia a recepcionista: oh engenheira, aquele carro vermelho não é seu? Era sim senhora...

Para sair ,fez o mesmo e eu feita "c...." a olhar e ainda fui puxar o meu carro para trás! 

Voltei para o escritório e o trabalho atrasado continuou até depois das 20h, o altura em que o meu cunhado telefonou a perguntar se jantávamos em casa da minha mãe, estavam lá todos e ele ia buscar frango. Pronto, está bem.O R ainda está mais atrasado.

Cheguei lá, e todas as irmãs à espera dos homens, a tomar conta das filhas. Chegam eles quase uma hora depois com o frango, tinham ido a outro lado e tiveram de ficar à espera. Jantámos a correr, mas mesmo assim já era tarde de mais. Entretanto a luz de STOP da carrinha avariou, e o  ainda teve de a mudar...

Chegámos a casa, foi despachar as garotas, dar uma arrumadela a meia dúzia de coisas, apanhar roupa, pôr roupa a lavar, um duche rápido e entretanto era quase 1 da manhã.

 

Hoje foi levantar cedo, despachar tudo, porque às 8 chegava a Dona São, deixar tudo arrumado camas feitas e sair. Deixei as miúdas em casa da avó, levei o carro do marido à inspecção, fui buscar o resto das análises, e não estavam prontas. Fui buscar um vestido à lavandaria e ainda não eram 10h já estav no escritório a responder a emails. Chovia.E eu com o cabelo para pintar. Lá fui. Porque qiando eu arranjo o cabelo, chove sempre para estragar tudo. Mas estava mesmo a precisar de pintar. 35 anos e o cabelo quase todo branco!

Voltei para o escritório e ainda fiz mais hora e meia de trabalho. Fui almoçar a correr, porque tinha médico de medicina do trabalho, e foi então que me lembrei que faltava o boletim das vacinas. Fuck! Fui deixar a roupa para passar na Alzira.Voltei a casa e segui para leiria, com o IC2 em obra, cortando-me o acesso ao consultório onde nunca tinha ido, e apenas tinha um vaga ideia de onde fosse. Atrasada, telefonei, e estava longe... ou seja, cheguei tarde, lembraram-me  de minha obesidade, a balança marcou mais que nunca e eu ia-me passando. A seguir, era suposto ir ao AKi, ao Imaginarium e ao Continente, mas a bicha era enorme, o telemóvel não parava, tinha um cliente às 18, e ficou tudo sem efeito. Segui para o escritório, e quando cheguei era o caos no router e na internet, tudo dava erro, e assim foi até depois das 19h. Imprimi os convites da I a preto e branco, porque sem a rede a funcionar a impressora a cores estava marada, e fui buscar as miúdas para ir distribuir convites. pelo meio ainda telefonei para saber onde morava este ou aquele, e com as horas contadas, fui buscar as meninas, distribui convites ( e quase tudo de férias!), fui buscar a roupa passada, e estando atrasada para um compromisso à 20h, telefonaram a desmarcar. Telefonei ao marido , para irmos à compras, e ele respondeu-me torto e apresssado, hoje não vai dar, tenho de entregar o trabalho, vai andando para casa! E eu fui, contrariada, mas fui. A luz da gasolina acendeu, e eu parei nas bombas para abastecer. Tudo em piloto automático, absorvida por tanto atraso junto e tanta coisa para fazer. ia para pagar e não dava com o cartão. Paguei com outro. Estava a entrar na estrada , aparece uma senhora a correr , porque tinha o tampão do depósito no tejadilho e o depósito aberto. parei o carro na berma, saí, fechei o depósito e voltei para o carro. E ele pegou? Não. Telefonei ao marido, agora não, telefona ao T, faz assim, faz assado,conclusão, "olha, põe o triangulo e vai com as menonas a pé para casa, já é perto" . De facto, assim parece, mas a verdade é que ainda deu quase 25 minutos estrada fora, com as garotas. O carro ficou lá. Logo se há-de ver...

Chegada a casa, a tarefa cozinhar para o jantar mostrou-se coplicada, com tão poucas opções. massa com salsichas e está a andar. Que se lixe.

 

Amanhã terei o trabalho atrasado na mesma, e seguirei para o escritório. E irei à compras à hora de almoço, porque às 18h terei de ter a festinha da I preparada, e o jantar a caminho para não sei quantas pessoas, porque agora é tudo muito fino, todos precisam de convite especial, mas depois ninguém sabe se vem ou não. Isto se tiver carro. Se não tiver, não sei bem como fazer 10 km de casa ao escritório, fazer compras, voltar, ou então tendo eu o carro, ir levar as miúdas, levar o marido, voltar, trabalhar, ir às compras, ir buscar o marido, preparar a festa, etc..etc...

 

De que me serve ser a minha "patroa", se a gestão do meu tempo, em vez de me facilitar, está cada vez pior?

 

Um dia deste, fico maluca, a sério que fico.

É que isto é apenas uma pequena amostra dos meus dias.

 

E agora que as miúdas já jantaram, tenho de as despachar, e R continua por chegar. Terei de fazer doces sozinha, apesar de estar estourada, porque amanhã não vai dar.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 21:37

14
Jun 10

A semana passad a dermite seborreica atingiu proporções desastrosas.Marquei consulta para a dermatologista, mas só consegui para 4 dias depois

Como sempre, quando cheguei lá, apenas ligeiros vestígios.

 

Paguei mais nessa tarde em consulta e medicamentos do que canho em 3 dias.

 

Continuo com uma comichão do caraças

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:00

01
Jun 10

Já perdi a conta, literalmente, a quanto é que a minimicro empresa já pagou este ano em impostos, mas a verdade é que já ultrapassou o que recebi de clientes.

 

Como é que se gere uma situação destas?

Como é que eu sobrevivo , a trabalhar todos os dias, sem receber ordenado?

Como é que eu sobrevivo se deixar de pagar a fornecedores e colaboradores?

Como é que eu sobrevivo se deixar de pagar IVA,IRS,IRC,TSU, PEC, seguros, água, luz, papel, tonners, licenças de software, combustível, etc...?

 

Aceitam-se ideias.

 

Passo a pubicidade, mas sou boa ( pelo menos razoável) engenheira civil, e agora vou ter CAP de formadora.

 

 

 

Preciso de clientes novos , que me paguem!

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 19:05

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