É tão verdade.
A falta de expectativas pode dar cabo de nós. A falta de trabalho, de ocupação útil
Os últimos meses foram um pesadelo, com a cabeça vazia de mais, a encher-se de tristezas e desânimos.
Como no livro de Hemingway, Agora o Sol brilha.
Bastou que uma empresa acreditasse no meu projecto ( não remunerado eu sei, mas já a mexer, e com prestpectivas de vir a dar lucro)
Bastou um prémio de escrita ( que vale muito mais, ainda que sem qualquer retorno monetário, que os impropérios de uma "desorientadora"de mestrado)
Bastou a perspectiva de trabalho ( e guardo o maior entusiasmo para os dias das assinaturas de contrato, porque até ver esse dia, ainda fico um pouco de pé atrás...)
Foi um ano difícil. Do princípio ao fim, e deixei-me vencer.
Enterrei isto, e , de facto, arranjei um caderninho, que a minha irmã me deu no Natal, e passei a anotar as ideias que tenho, e que não são para enterrar, são para lutar por elas e para desenvolvê-las.
E ideias novas, é coisa que não me falta.
Fui convidada a participar no blog A viagem dos Argonautas, e ainda que me assuste, pois a fasquia é tão elevada, estou disposta a tentar.
Vou lutar pela minha empresa.
Vou batalhar pela minha família. Amar mais as filhas, amar mais o marido. ainda mais.
Vou voltar aos meus canteiros, e vou ainda dar o passo para o quintal.
Vou dedicar-me mais a mim.
vai ser um ano terível. É a crise, é a política. Duvido que o meu avô sobreviva a 2012, duvido que a saúde dos meus sogros se mantenha, e isto a julgar apenas pelo mais óbvio.
Mas recarreguei baterias, e , definitivamente, quer ser aquilo que, ao fim e ao cabo, quem me conhece, já pensava que eu era: a dona da confiança e do optimismo.
Se é esta a mensagem que eu passo a toda a gente, pois bem, está na hora de assumir como tal.
Agora , levanto a cabeça e sigo.