Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

08
Jan 12

É tão verdade.

 

A falta de expectativas pode dar cabo de nós. A falta de trabalho, de ocupação útil

 

Os últimos meses foram um pesadelo, com a cabeça vazia de mais, a encher-se de tristezas e desânimos.

 

Como no livro de Hemingway, Agora o Sol brilha.

 

Bastou que uma empresa acreditasse no meu projecto ( não remunerado eu sei, mas já a mexer, e com prestpectivas de vir a dar lucro)

 

Bastou um prémio de escrita ( que vale muito mais, ainda que sem qualquer retorno monetário, que os impropérios de uma "desorientadora"de mestrado)

 

Bastou a perspectiva de trabalho ( e guardo o maior entusiasmo para os dias das assinaturas de contrato, porque até ver esse dia, ainda fico um pouco de pé atrás...)

 

 

Foi um ano difícil. Do princípio ao fim, e deixei-me vencer.

 

Enterrei isto, e , de facto, arranjei um caderninho, que a minha irmã me deu no Natal, e passei a anotar as ideias que tenho, e que não são para enterrar, são para lutar por elas e para desenvolvê-las.

E ideias novas, é coisa que não me falta.

 

Fui convidada a participar no blog A viagem dos Argonautas, e ainda que me assuste, pois a fasquia é tão elevada, estou disposta a tentar.

 

Vou lutar pela minha empresa.

 

Vou batalhar pela minha família. Amar mais as filhas, amar mais o marido. ainda mais.

 

Vou voltar aos meus canteiros, e vou ainda dar o passo para o quintal.

 

Vou dedicar-me mais a mim.

 

 

vai ser um ano terível. É a crise, é a política. Duvido que o meu avô sobreviva a 2012, duvido que a saúde dos meus sogros se mantenha, e isto a julgar apenas pelo mais óbvio.

 

Mas recarreguei baterias, e , definitivamente, quer ser aquilo que, ao fim e ao cabo, quem me conhece, já pensava que eu era: a dona da confiança e do optimismo.

 

Se é esta a mensagem que eu passo a toda a gente, pois bem, está na hora de assumir como tal.

 

 

Agora , levanto a cabeça e sigo.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:59

30
Dez 11

Acabou-se e nada mais será como antes.

 

 

O nosso nível de vida já era. Não tenho grandes expectativas de trabalho, e sinceramente, até as ideias me escapam, eu a sempre "idiota"

 

Enquanto conto as gramas da comida, e os cêntimos da conta,  o âmimo foge de mim.

 

Resta-nos SER família, e pelo menos isso não parece escapar às nossas mãos.

 

 

Eu evito espelhos. Suponho que deva estar com um ar desolador, tendo em conta os abraços e beijos que o marido e filhas me têem dado.

Também não consigo ver bem, com os cheios de lágrimas.

E pior ainda com os óculos, que, na passada semana, custaram tanto quanto o que eu necessitaria para quase um mês de supermercado.

 

 

Nunca pensei que um dia viesse a ser assim. Todos os sonhos e planos furados, um retrocesso brutal.

 

À venda, o terreno que comprámos para a casa. Um sonho não pedido, mas à venda.

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:13

07
Nov 11

Uma réstia de sol ilumina o meu coração.

 

A semana passada publiquei o meu currículum num site de engenharia civil, e uma hora mais tarde tinha um uma proposta no meu email. Vai ser marcada uma reunião. Veremos o que dali vai sair.

 

A semana passada, voltei à carga com mais um projecto, não desisti apesar de todos dizerem que é difícil, que dá muito trabalho. Hoje recebi um email. Vai ser marcada uma reunião. Veremos o que dali vai sair.

 

A semana passada contactei um antigo cliente, por causa de um trabalho. Quer vir ter comigo. Vai haver uma reunião. Veremos o que dali vai sair.

 

A semana passada contactei uma empresa, que ficou interessada nos meus serviços. Veremos o que dali vai sair.

 

A semana passada propús a uma investigadora que me ajudásse uma ideia que surgiu. Pelos vistos, ela e a empresa onde trabalho demonstraram interesse. Veremos o que dali vai sair

 

Tudo isto volta a por em causa a existência da empresa, da qual eu não quero abrir mão, mas que está a ser sugada para o fundo do ralo.

 

Será que conseguirei sair daqui mais forte?

 

O que eu sei é que devo estar a fazer algo certo, mantendo o meu cérebro activo, apresentando ideias, ideias e mais ideias, até acertar...

Parecem-me reuniões a mais e fazer a menos, mas enfim...

 

isto, se entretanto, não cair em mim e verificar que sou apenas mais uma IDIOTA.

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:10

12
Out 11

 

É sistemático, e eu já devia saber.

 

O primeiro teste de gravidez da minha vida foi feito com uma amiga, estava eu a estudar em Lisboa, e só podia dar negativo. E foi o que deu. Dias depois, repetido com o namorado, e sim, era mesmo negativo.

Penso que ainda terei feito mais outro, sim, claramente negativo, durante os meus tempos de solteira. Claro que ia dar negativo, mas just in case...

 

O que eu não sabia que ia ser por coisas destas que eu começaria a ir ao médico, até ser diagnosticado sindroma de ovários poliquísticos ( OBESIDADE, INFERTILIDADE, INSULINO RESISTÊNCIA, HIRSUTISMO, e outra que eu não me lembro, foram os substantivos que passaram a fazer parte dos meus dias). Acho que só escapo mesmo ao excesso de pelos- considero-me normal, às vezes até um pouco sortuda.

 

Depois de casada, em menos de dois meses decidimos que queriamos ter filhos e aí os testes continuaram a dar negativo...

Testes atrás de testes, meses a fio, sempre negativo.

Até quando fiquei grávida da mais velha, depois de meses de tratamentos e injecções aquela treta deu negativo...

 

Dezenas!!! Dezenas de testes que já fiz, e a dar negativo. Ao fim de 1 dia, de 5 dias, 10 dias, 20 dias de atraso.

Já podia ter ido com o marido fazer umas férias a sério à conta do dinheiro gasto...

 

Há 2 anos que tento engravidar, de novo. Primeiro, com ele relutante, mas dia 5 de Dezembro, passarão 24 meses desde que ele aceitou entrar nesta luta comigo, de braços abertos ao que der e vier ( ou não vieir)

Há meses que faço tratamento, dos mais simples, porque simplesmente não tenho dinheiro para repetir os que fiz em 2001/2002.

 

Todos os meses choro. Mas não posso, nem por um segundo, deixar passar essa ideia de desespero, e guardo silêncio.

 

E de vez em quando, mais um teste.

 

E é aí que eu digo: batam-me, mas com força.

cada vez que eu faço um teste, ás vezes ainda não acabei de fazer o xixizinho no teste, e lá vem o pingo vermelho. Fico pior de danada. Fico f......ornicada!!!

 

E por isso, hoje fui espera. Fiz o xixizinho no copo e espreitei. Limpei-me, e nada. Sim, posso abrir a caixa e usar o teste. Sim, que esta porcaria é cara.

E o resultado foi:    Negativo.

 

Eu , sentadinha na sanita, à espera da 2ª risca, depois de uma semana de contenção de impulsos, e nada.

 

Desisti. Limpei-me melhor. No papel: vermelho...

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:24

30
Set 11

Fui adepta tardia, confesso, mas fiquei conquistada.

 

A lista de amigos é reduzida, é certo, porque ainda que goste muito de falar, acho que nem todos estarão aptos ou serão desejáveis, para o que eu digo, escrevo ou exponho.

 

De vez enquando procuro colegas da escola ou da Universidade, ou chegam-me de mão beijada por serem amigos de amigos .

 

Olhar para muitos daqueles perfis e ver a situação profissional de muitos têm-me feito pensar, e admitir que fiz muitas escolhas erradas na minha vida. Acima de tudo, escolhas profissionais.

 

Ao que parece, sucesso profissional é coisa que não falta. E vêm-se os amigos sorridentes, em fotografias tiradas em diversos destinos de férias por todo o mundo, as amigas sorridentes com o seu bando de filhotes de uniforme da escolinha, os bem sucedidos cá, os bem sucedidos no estrangeiro...tudo parece ser maravilhoso.

 

E eu aqui...numa micro empresa que já só tem o nariz de fora para respirar, e pouco mais. Com férias no campismo  e já vou com muita sorte!

 

Falhou tudo. Tudo. Só tenho a minha dignidade e a a minha família. E, pela primeira vez , desde que comecei a trabalhar, há 13 anos, vivo à custa do ordenado do marido. Isto está a deixar-me doida.

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:13

21
Ago 11

Eu sou forte. Tenho um tamanho aumentado, por inércia, dores, e pratos de comida bem atestados.

Dantes, eu era magra. Em algumas alturas da vida, demasiado magra, até. Um dia comecei a trabalhar. Deixei de ter horas livres, descanso e boa vida. E passei a ter fome, devoradora, fome de tudo o que me soubesse bem. Nunca mais nenhuma dieta fez de mim o que era, antes pelo contrário. Hoje, e desde há vários meses, que não subo à balança. Já nem quero ver. E depois choro, quando penso a sério no que me estou a transformar todos os dias.

 

Eu sou forte. Decidida, de ideia fixas. Consigo dizer-me que tenho de acordar às 2, 4 6 da manhã para acabar um trabalho, cozinhar um banquete para a família. Quando isto se repete várias vezes numa semana, fica difícil, mas sei o que tenho de fazer, e faço-o. Dantes, seria capaz de o fazer por uma boa corrida, um passeio a pé ou de bicicleta. Há cerca de um mês, fi-lo, para ir pescar de madrugada com o R., e podermos disfrutar do prazer ao nascer do sol numa praia deserta e inacessível. E no entanto, ainda não o fiz para subir para a bicicleta que estáali, a 60cm da minha cama.

 

Eu sou forte. Mas estou a deixar de o ser.

às vezes penso que, se a vida fosse só minha ( e não o é, tenho os meus 3 amores!), seria capaz de tudo. Todos os dias me levantaria cedo e faria a ginástica, a caminhada, a dieta. Todos os dias iria trabalhar para uma empresa que me pagaria bem, e trabalharia tudo, daria o litro, e voltaria livre de outras preocupações para casa. E seria magra. Mentira! Porque não sei ser só eu, nem seria feliz sem eles, e quando estou só eu, a preguiça também não me larga.

às vezes penso que largaria tudo e passaria a uma vida frugal, algures no fim do mundo, a pôr ao serviço dos Homens os meus conhecimentos e as minhas mãos. E que emagreceria por via da frugalidade e de tudo o que simplesmente não existiria a mais nessa vida simples. E seria magra. Mentira! porque tdos os dias tenho a oportunidade de simplificar e de estar ao serviço, e muitas vezes não o faço.

 

Hoje estou assim. No remorso de um fim de semana de banquete de reis , para as pessoas que eu mais gosto na vida,que me atestou de calorias, gastos ( e no entanto, felicidade, ironia do destino!).

Com coisas para fazer, a pensar fazê-las, e sem mexer um dedinho, a não ser para teclar frustações num blog.

 

Eu sou Forte.

E quero que amanhã seja o primeiro dia de um novo eu. Ou no dia seguinte. Ou no outro. Ou outro qualquer.

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:19

17
Ago 10

E que tal, mais de mil visitas, ( em não sei quantos meses! Âh?( minhas visitas incluídas)

E o número estonteante de comentários , hein?

 

Sou mesmo um caso de sucesso na blogosfera!

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:10

13
Ago 10

Estou KNOCK OUT.

 

Um mal estar geral abateu-se sobre mim, mas já não é de hoje.

 

Nos últimos 15 dias já gastei quase 40 euros em testes de gravidez, mas sou burra e não entendo, ou não quero entender, que se apesar de um grande atraso aquilo diz não, é porque é não. E será outra coisa qualquer.

 

Sinto calores, suores, cansaço ( eu sei, está calor, tenho trabalhado muitas horas, dormido pouco, mas não é SÓ isso).

 

São muitos meses à espera... e parece que ainda vou ter de esperar.

 

De qualquer modo, já marquei a revisão na GO do costume, que me vai dizer que sou louca, que tenho duas filhas lindas, uma vida complicada e trabalhosa, para quê outro filho, blá blá blá, aproveitar a vida,  conversas de quem já me conhece desde os 16 anos (e vou nos 35...).

E vai ouvir a conversa do costume, que eu quero, e que não vou ficar mais nova, e que quanto mais tarde mais riscos, e que com duas cesarianas ela limitou-me a 4 e eu só peço 3...e lembrá-la que faz na próxima semana 5 anos, debaixo de uma epidural e com uma bonequinha cabeluda acabadinha de sair da barriga, marquei encontro com ela naquele bloco operatório para o ano de 2007, para ir buscar um Alexandre, e já estamos em 2010 e nada.

 

Nesta guerra estou quase sozinha. É do conhecimento geral de quem convive comigo que eu quero ter mais filhos. Sorriem e dizem que é preciso ter coragem, ou dizem que estou doida, que a vida está difícil, e mais isto, e mais aquilo.

 

Ele , nem apoia nem deixa de apoiar. Acho que me diz que sim com um misto de não me querer ver triste , mas com medo do que virá, com vontade de ter mais um minúsculo nos braços, mas que cinco na mesma cama já são muitos. Mas pelo menos já deixou de dizer não. E garante que , se vier, será muito amado. Chega-me saber isso.

 

Pelos meus sogros, imagino eu que podiam vir mais 5 ou 6 e eram poucos.

Pelos meus pais, não tenho qualquer dúvida do amor e carinho que mais um bebé iria receber, como as irmãs e primas recebem, mas iriam suspirar e falar e  mandar pensar duas vezes , nas dificuldades da vida, nas incertezas e como tomar conta de mais um...é claro que aqui eu tinha de arranjar uma empregada para ajudar a minha mãe, porque ficar com 4+1ia ser uma dose . Por isso, nem abro a boca, nem comento ou desabafo, para evitar sofrimentos antecipados, a ambas as partes.

 

Nunca falei muito destes assuntos com as minhas irmãs, porque em solteira não era suposto haver "actividade", e depois de casada, continuei sem ter muit à vaontade para abordar estes assuntos.

Com amigas, no geral ( e também porque não tenho assim tantas), não falo. Porque invejo aqueles que, como diz a D,  só precisam "dar meia"...

Com a I, às vezes ainda falo qualquer coisita, mas nunca fui de entrar muito em pormenores, esses são só meus e do R.

 

(Além de que ainda me podem cobiçar o homem, se eu contasse as suas habilidades, e não posso arriscar-me a perdê-lo para uma invejosa qualquer!)

 

O que eu sei é que temos treinado, e bem!, diga-se de passagem, mas como uma selecção à portuguesa, os golos não surgem.

 

E se isto não fosse suficientemente mau, não sei quando me vem o período, e pode aparecer a qualquer hora! De enxurrada, como de costume! Nas obras, longe de casa ou de uma casa de banho ou de uma muda de roupa estratégica.

 

E já nem sequer vou entrar pelas hipoteticas doenças a que isto pode estar ligado, já nem vou por aí, senão...

publicado por na primeira pessoa do singular às 19:33

30
Jun 10

Não sei se já disse a alguém mas gostava de ter umas casa destas no meu terreno, para além da casa que sonhamos construir, mas sem saber se esse dia chegará.

 

 

http://www.siturbandesign.com/modular/index.html

 

Estas casa seriam para turístas , e eu seria uma anfitreã esmerada, de um serviço de turismo quase caseiro e familiar. Quase comeríamos à mesma mesa, desde o pão caseiro do pequeno almoço ao último licor do jantar, grandemente confecionados em casa e com recurso a um quintal e pomar esmerado, que ainda não tenho, mas gostava de ter. Como este...

 

 

http://www.jamieoliver.com/gardening/jamies-garden.php

 

E onde teria também animais de criação, que às vezes seriam transformados em assados...

 

E ainda jardins de flores, nada monumental ou artistico, apenas fofinho e mimoso!

 

E os nossos "convidados", e não hóspedes, se quizessem , poderiam usufruir do jardim, quintal e da criação, ou simplesmente não fazer nada...

 

E ainda teria tempo para ter um "Club" para senhoras ou senhores simpáticos, atentos, disponíveis, interessados, onde se fizessem uns lanchinhos enquanto de falásse de família, de leituras e culinária, com uns workshops de costura e tricot e renda, de trabalhos manuais, e outras coisas mais de perfeita dona de casa

 

Faria bolinhos, compotas, ( se calhar até teria mel!) licores e vasinhos de ervas aromáticas. Manteiga caseira e queijinhos e seria a prova provada de que se pode ser feliz com uma vida simples...

 

Quase como "Uma casa na pradaria" dos tempos modernos, e sem dificuldades!

 

Vai sonhando Margarida Manuela, vai Sonhando...

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:01

27
Abr 10

e eu caí e chorei....

Chorei muito e depois limpei as lágrimas, peguei no telemóvel e no computador e recomecei.

 

Um estúpido decreto-lei, empurrado pelas eternas guerras entre engenheiros e arquitectos, proibe-me de fazer o que mais gosto: direcção de obra.

 

Só o poderei fazer integrada nos quadros técnicos de uma empresa de construção.

 

Como se um médico não pudesse ser médico sem ser director técnico de um hospital ou clínica...

 

Basicamente, estou a cometer ilegalidades atrás de ilegalidades desde Novembro, mas nem eu sabia, nem a maior parte dps envolvidos na questão.

 

Quer dizer que 80% da facturação da micro empresa está em risco, quer dizer que tenho de mudar de vida. Ontem...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:54

30
Mar 10

Eu não sei mais o que fazer.

 

O meu cérebro deu três nós e não há listas que me valham.

Ontem li qualquer coisa sobre um livro de uma nova tendência, de trabalhar só quatro horas por semana (?), para se aproveitar a vida, com dicas de gestão de tempo, e afins.

Digamos que hoje consegui receber o ordenado de Outubro, faltando ainda todos os outros, subsídio de natal e deslocações de Outubro até agora, que pago do meu bolso...Mato-me a trabalhar para conseguir um míseros tostões, tarde e a más horas, menos do que no primeiro emprego, entre 1998 e 2001. Faço economia caseira, poupo em algumas coisas para nos aguentarmos sem problemas, sem as miudas se ressentirem ou pressentirem. O marido, então, nem se fala, não lhe posso apontar sequer extravagâncias ou despesas que não sejam bem calculadas.

 

Será que este é o caminho? Ontem levantei-me às 4:30 para me sentar ao computador. Cheguei das obras às 20:40h. Admito que parei um bocadinho na estação de serviço da autoestrada para comer qualquer coisa, já que o almoço tinha sido dentro do carro, com comiga fabricada de estação de serviço. Foram 16 horas seguidas a trabalhar, e depois voltar para casa, tratar das miudas, dar banho, deitar perto da meia noite, e hoje acordar cedo outra vez.

 

Porra, estou cansada. Tenho sono, não me apetece trabalhar. Aponto o que tenho para fazer e vou riscando, mas a todas as horas surgem mais coisas para fazer, para telefonar, para responder, para perguntar.

Não sei quanto mais tempo vou aguentar!

 

Na próxima semana começo um curso de formação de formadores. Pode ser que surjam novas oportunidades, e não vou querer desperdiçá-las.

omo vou conseguir fazê-lo, é mais uma incógnita, mas não há-de ser nada...

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 14:39

31
Jan 10

Hoje é domingo, e, ontem, tinha grandes planos.

 

O marido está a trabalhar fora e sinto saudades. No entanto, é uma boa altura para ir jardinar, no enorme jardim que é uma varanda de 9 m2.( pensava eu ontem)

 

É claro que não me levantei tão cedo quanto pensava, e que ainda tenho de ir mudar os lençois às camas, e ir às compras, e fazer o almoço para nós as três. Queria ainda dar uma arrumadela geral na casa, para fazer uma surpresa quando ele regressar, no final da semana.

E trouxe trabalho para casa, porque o contabilista está à espera de papelada que ainda não organizei...

E tenho de estrear a nova máquina do pão, e arrumar a velha, que morreu..

 

Em vez disso, fui fazer panquecas para o pequeno almoço com as princesas. panquecas com chocolate e leitinho com Nesquick. Adoram!

Por incrível que pareça, até se estão a portar bem. Por quantos mais minutos? Não sei, mas tenho de aproveitar...

 

Estou com uma preguiça desgraçada. Tenho de ir vestir qualquer coisa e atacar os vasos cheios de urtigas por falta de manutenção.

 

Quero ver se consigo vestir algo minimamente decente e me consigo arranjar, para tentar não estar igual à mesma que vai para as obras, nos dias de semana, quando as for levar ao aniversário de uma amiguinha. Não por quem lá vai estar, mas por mim.

 

Quero conseguir voltar a sentir vaidade ao olhar para o espelho.

 

E hoje é mais um bom dia para voltar a tentar

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:49

05
Jan 10

 

Oficialmente, o meu ano rege-se pelo ano lectivo, de alguns anos para cá.

 

Não obstante, e tal como as dietas que começam sempre na próxima segunda feira, também coloco objectivos que começam no início do ano ( ou talvez não).

 

Lembro-me de ter listas bastante elaboradas e objectivas, que eram meticulosamente seguidas meses a fio... mas isso era quando eu tinha tempo e força de vontade para isso.

 

Como tal, agora penso , ao de leve, em pequenas ou grandes coisas, que gostaria, mas sem ter de me esforçar muito para obter a maioria delas.

 

No entanto, estou absolutamente resolvida, e já comecei a tomar providências há algumas semanas, e vou entrar num programa sério de  tratamento da obesidade ( e para o provar, já consultei o médico de familia e já estou a fazer exames!), e com isto, ginástica e a colaboração do esposo maravilhoso, hei-de conseguir engravidar.

 

Complementarmente, terei de aumentar o volume de negócios na minha micro empresa, e se assim fôr, puderemos pôr o apartamento à venda ( gosto tanto dele...) e preparar a construção da nossa casa nova.

 

Pronto, é só isto, para este ano... e já agora, pararem as dores de costas, descobrir umas botas onde as minhas pernas caibam, conseguir ir de férias para longe, nem que sejam dois dias, que as garotas se portem melhor, que a casa se mantenha arrumada mais tempo, que a batedeira avarie ( se e apenas se! eu puder comprar uma Kenwood)

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:36

 

Quem olha para mim e não me conhece, nunca diria que já fui atleta. Mas fui, há muito muito, muito tempo...

Quando o meu tempo era só meu, podia dedicar-me livremente ao desporto, à depilação, manicure, maquilhagem e tratar da melena de caracóis, na altura, castanhos escuros.

 

Quando comecei a trabalhar, e depois me casei, reduzi estas actividades ao estritamente indispensável. Depois de nascerem as miúdas fechei para obras, e já lá vão seis anos...

 

Eis que ao lado do meu escritório aparece um anúncio de ginásio...liguei e inscrevi-me, com dois meses de antecedência.

Deixei de ter desculpa de tempo, deslocações e outras, mas penso que em breve a minha imaginação terá mais argumentos.

 

Ontem no primeiro dia oficial de funcionamento, dirigi-me ao local e executei a função.

Doeu em alguns sítios, mas parece que afinal ainda tinha mais para dar.

Concluo, por método experimental, que os ginásios são mais para franganotas. Em três eventos diferentes no espaço e no tempo, concluo que quando chego a um circuito de máquinas, onde as outras senhoras se esmifram a tentar mexer milimetros do aparelho, as sacanas das instrutoras dizem que está fácil para mim e aumentam a carga.

 

E o que parecia ser um minuto fácil, (e pensava eu," o que é um minuto numa máquina?") passa a ser um minuto ligeiramente mais doloroso, e depois mudo de máquina, a senhora que vem a seguir não consegue mexer um dedo, baixam a dificuldade e seguem logo para a minha, para de novo aumentar o meu.

 

Quase me convenço, que, dentro do meu "quintal métrico"e mais qualquer coisinha, sou uma super atleta...mas depois verifico que não, sou só a versão humana de uma elefantinha...

 

O que interessa é que fiz exercício, e hoje não me doi nada, pelo que, eventualmente, voltarei.

 

Pelo sim pelo não, só paguei seis meses.

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:14

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