Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

08
Nov 11

 

acho que não era suposto ser assim, este não é o ritmo da vida!! 00:25h e bicha a sério para sair da ESTG. Um polício berrava, barafustava, gritava, apitava, estava passado. Perguntei-lhe se não podia sair por aquele lado, e ele rosnou que sim, mas que estava tudo parado. Segui para o estacionamento, e tinha o carro trancado pela bicha dos que tentavam sair. Finalmente chegou a minha vez, e quando... cheguei ao primeiro cruzamento, fiz pisca para a esquerda, mas o raio do homem apitou e mandou-me ir para a direita. Então não quer ir para Leiria, perguntou. Não, quero ir para sul, respondi-lhe. Riu-se apitou e gesticulou a mandar-me para Norte.
Mais uma vez, a via sacra dos camiões a desviar para o lado da barosa, santa clara, parceiros, maceira...à 1 da manhã o marido manda uma mensagem a perguntar por mim....
pelo caminho, atrás do camião das galinhas, tive muito tempo para ir pensando na vida:
O que faço eu e toda aquela gente àquela hora na escola, e todos os que ainda lá ficaram pela noite dentro?
Depois o polícia, stressado
Os topógrafos a marcarem alinhamentos nas obras, à luz do holofone, e as centenas de homens a trabalhar nos últimos dias do emaranahdo de pontes e autoestradas, e os holofotes a cegarem quem vai de carro, com vidro molhado da chuva e da condensação.
Dezenas de camiões em fila indiana, a percorrerem estradas estreitas, a cruzarem-se e encolherem-se mais do que o fisicamente expectável.
Trabalho de dia, trabalho de noite, trabalho de dia e de noite para tanta gente.
Não compreendo!! a cegueira de trabalhar mais e mais, fazer mais e mais depressa e mais barato, onde já nem as empresas ganham, quanto mais os empregados.
A noite foi feita para dormir...e no entanto só me parece que se esteja a caminhar para o esgotamento do homem enquanto humano. Se calhar a ficçao científica está enganada, e os laboratórios também. Não vale a pena investir em robots, porque a evolução da espécie para aí caminha, a passos largos. Estamos a ficar autómatos reféns do trabalho e afastados do coração e da humanidade.
Definitivamente, não me parece que a vida dos homens tenha sido talhada...
publicado por na primeira pessoa do singular às 10:57

21
Out 10

Se não morrer esta noite de cansaço, presumo que, a partir de amanhã, terei o meu corpo e o meu cérebro testados e aprovados para as mais rudes provas.

 

Se não voltar aqui, por esta hora, amanhã, vão ao meu funeral, ou levar-me twix e romances ao manicómio

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:12

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