Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

24
Nov 11

Foi outra Margarida que escreveu ( A minha casa é o teu coração, de Margarida Rebelo Pinto), mas gostava de ter sido eu...é claro que que os problemas começariam logo no falar, pouco e nunca alto...se calhar é mesmo por aqui que começam todos os meus problemas...

"Fala pouco, nunca alto. Fala devagar e com cuidado, fala menos do teu coração do que gostarias porque nunca sabes se tu, ou ele, te mentem. Mantém serenas as tuas palavras e nunca murmures o que queres dizer. Mostra o que vales com o que dizes, sem nunca te comprometeres. Sê fria e fugidia como uma gota de chuva, bela e fresca como uma flor de manhã, sê quem sonhas e quem desejas, mas guarda os teus segredos na despensa como um cesto de cerejas.

Fala pouco, nunca de ti, do teu passado e dos teus medos. Fala dos sonhos e dos desejos, mas cala os mais ousados e perfeitos. Não partilhes lágrimas nem tristezas, são coisas só tuas que assustam os homens. Nunca mostres medo de perder o teu amado, nunca lhe digas o quanto lhe queres.

Usa a sensatez como escudo, guarda a tristeza numa caixa. Não abuses da sinceridade nem te escondas na verdade. Segue sempre o teu caminho e não olhes para trás. Quem hesita cansa-se mais e esquece os seus objectivos. Sê dura com os outros na justa medida em que eles são duros contigo. E se sentires por perto a faca de uma traição, ataca primeiro o outro coração. Não tenhas medo dos homens, mas lembra-te de que eles podem ter medo de ti. Tenta ouvi-los quando não falam, deixa-lhes espaço para respirar. Não queiras tudo de uma vez, não peças o que não te podem dar.

Mostra calma e segurança, mas não vás dois passos à frente. Aprende a ficar quieta quando o mundo te pede que te movas. Aprende a calar se queres que se calem. Aprende a ouvir nos gestos quem te quer bem quando te abraça e quem te quer mal quando te beija.

Ouve a voz do teu coração, mas não deixes mais ninguém ouvir. Lê muita poesia, mas evita os livros de auto-ajuda, só te vão dizer coisas que já sabes. Dorme muito e come bem, trata da tua pele como se fosse uma jóia e da tua alma como se fosse o teu coração. Nunca te esqueças de arrumar as gavetas da tua memória antes de deixar entrar alguém na tua vida.

Fala pouco, devagar, para teres a certeza de que serás ouvida. Fala de tudo e de nada, não te cales se fores interrompida. Fala do mundo e do tempo, pouco dos outros e nada de ti. Elogia quem te faz bem, afasta do teu caminho quem te quis fazer mal. Lembra-te de que o orgulho tem mais força que lágrimas e suspiro. Guarda as dores dentro do peito, ou transforma-as em risos.

Sê sensata e delicada, tranquila e generosa. Sê discreta e calada, sê bonita e graciosa. Caminha como quem plana, senta-te como uma princesa. Sai antes do tempo, para que nunca se cansem de ti. Volta quando não te esperam, fica apenas quando te pedem. Ri-te das piadas dos outros, mesmo que não tenham graça. Trata bem quem não conheces, desconfia de quem te quer bem de repente. Fica atenta aos sinais, nunca baixes a guarda; pede conselhos aos velhos, mas não faças o que eles dizem.

Fala baixo, mesmo quando é contigo e ninguém te pode ouvir. Fala com o teu coração, mas não esperes que ele te diga sempre o que queres ouvir. E quando não souberes que caminho deves seguir, descansa por um momento e pede o que queres ver, ouvir e sentir. Vais ver que consegues, se o mundo te ouvir. "

publicado por na primeira pessoa do singular às 14:27

22
Fev 11

Há terça feiras assim.

 

Saio cedo de casa antes das 7 da manhã, faço 20km até às instalações de um cliente, e arrancamos para as obras alentejanas.

Vamos sempre a falar, para lá, cusquices, obras, a crise.

Debatemos o estado da nação, o estado a que o estado chegou, isto parafraseando títulos sonantes. Discutimos a indústria, a agricultura, polítiquices.

Concluo que estamos do lado errado, os que trabalham sem grandes frutos, embora tenha mais pena de mim do que dele.

Atravessanos direito a Rio maior, e para lá da serra o tempo muda. Só poucos quilómetros antes de Coruche as coisas parecem animar. Isto querendo dizer que, àquela hora matinal, só chegando a Coruche se começa a ver mais do que camiões de mercadorias e carrinhas com pessoal das obras.

Atravessando a ponte, e tirando os carros acima descritos, volta a pasmaceira. Agora em tons de verde, há uns meses, cor de palha seca. quilómetros e quilómetros, e quilómetros. Cotos de árvores com cegonhas. Campos a perder de vista. Oliveiras.Entretanto há-de aparecer Évora, Portel, Alqueva e por fim Moura. Terra pacata, sossegada.

às vezes estamos lá meia hora , e estamos prontos a voltar para trás. Noutras, descemos ainda mais, Vidigueira, Cuba, Aljustrel, Castro Verde, e acabamos por almoçar nesta vila simpática.

Olivais.Vinhas. Nada.Olivais. Nada.Eucaliptos. nada.

De regresso, Ferreira do Alentejo, Alcácer do sal. Auto estrada até cá acima.

Gosto muito da viagem, mas estou limitada e não posso parar onde quero, tirar uma ou outra fotografia, fazer um desvio para o geocaching.

 

O que me perturba o espírito é tentar saber como ganham eles a vida, que nada se vê fazer, e pouco ou nada mais que as grandes adegas e lagares parecem ter vída útil. isso e quilómetros de estradas em obra. Se passam tão poucos carros, é preciso tanto estradão?

 

 

E no entanto eles vivem por lá. E parecem felizes. nada stressados

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 22:07

14
Fev 11

Este fim de semana fiz tartes. Pastry, para ser mais fina. Amassei, deixei repousar e estendi massa que ficou estaladiça e saborosa.

Com maçãs, morango, melaço e nozes. Um pouquindo de açucar amarelo e manteiga.

 

Adoro programas de culinária, e delicio-me a vê-los nos canais da Meo.

Não gosto de ficar colada à receita, e gosto de inventar. Gosto de desafios, de me aparecer gente em casa e, de repente preparar um banquete, de ter só meia coisas no frigorifico ou na despensa e mesmo assim conseguir cozinhar algo  saboroso, de ter apenas duas ou três horas, e cozinhar refeições completas para um batalhão de gente...

De acordar de madrugada para fazer pão, doces, assados, para um aniversário em grande, para as miudas ou marido. Ou para mim, se faz favor.

De preparar compotas de laranja, tangerina, tomate, abóbora, figo, pêssego, marmelada, para oferecer à família e amigos.

Experimentar receitas de outros países, com outros sabores...

 

 

De cultivar na varanda as minhas ervinhas ou de as colher num passeio de fim de semana..

 

Sou apaixonada por equipamento de cozinha, e babo a olhar para batedeiras e "food processors" da Kenwood ou Kitchen Aid, e outros que tais, máquinas de massa, de gelados, de waffles, e toda a para fernália de equipamento mais simples , até mesmo uma linda colher de pau..

 

E depois vejo os concursos de culinária ( e também os do Biggest loser, é um facto), e penso: eu safava-me nisto...

 

E depois penso outra vez, e concluo que não...porque para mim, cozinhar não é luta ou sobrevivência. É um1 forma de ter e dar prazer, de descontrair e afastar pensamentos mais negros

 

 

Até porque  há dias em que consigo arruinar os mais simples leite creme ou arroz doce, ou esturricar o mais trivial dos guisados...

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:04

11
Fev 11

Nota:

 

Evitar ir ao El Corte Ingles,

 

 ou fechar os olhos ao entrar na livraria /papelaria...para não ver tanto livro que não posso comprar, tanto material para tantas coisas que não farei

ou fechar os olhos à padaria, nem tanto para comer, mas para que o bichinho da padaria não cresça desmesuradamente em mim

ou fechar os olhos aos produtos do supermercado, fora do comum, de todo o mundo, para que não desista das obras e me dedique à culinária

ou simplesmente não subir até ao fim, nem olhar para todas aquelas prateleiras de coisas de cozinha, que fazem o meu coração sorrir

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:02

31
Out 10

porque hoje está a ser um dia excelente.

 

Fiquei na cama até mais tarde, chateei-me com as miúdas, tomei duche à luz da vela, porque há horas que não havia luz, e saímos para a chuva.

 

Fui ao De Borla e comprei frascos e garrafas para doces e licores. Ainda comprei parte da prenda de casamento de dois cinco estrelas, e rumei ao Pingo doce, para compras para o "bolinho" e para a semana.

 

Vi marmelos, comprei marmelos.Açucar, muito açucar.

E compras úteis feitas, ainda o Anjo Branco do José Rodrigue dos Santos, caro que nem fogo, mas estava a precisar.

 

Almoçamos um hamburguer rafeiro, e enquanto elas brincavam com a vizinha, pús mãos à obra.

 

Fiz caldas de açucar e já estão filtradas as minhas adaptações de licor.

Licor de menta e anis, verde, que  lembra  Pisang Ambon, mas nada tem de banana. Investiguei isto agora, e fiquei curiosa.

Um "must" ficou o Licor de Lúcia-lima e limão. Eu não aprecio chá, mas limão e lúcia lima agradam-me, doces e quentes. Detesto chás frios e pouco doces. Experimentei a fazer um licor com estes dois ingredientes, e só tenho uma coisa a dizer: para quem não gosta de bebidas alcoólicas, até gostei de beber. Pior! depois de desaparecer o sabor da aguardente, fica o sabor da lúcia lima e do limão a prolongar-se na lingua..acho que vai ser um sucesso.

 

Nos entretantos, descasquei grosseiramente os marmelos e em menos de uma hora tinha uma marmelada de panela de pressão. No fogão tenho as cascas e os caroços, a ganharem ponto para uma geleia translúcida e gulosa.

 

Se a luz deixar de falhar constantemente, ainda farei merendeiras do bolinho, para o Pão por Deus, amanhã. Com a chuva que está, poucos miúdos andarão por aí. Mais sobra.

 

Os eleitos serão umas fogaças de Alcochete, os bolinhos que o papá gosta, umas merendeiras de batata, e outras com a mereita dos folares.

 

Quando o amorzão chegar a casa, já quase será amanhã, e quero um cheirinho delicioso a recebê-lo à porta. isto se a luz não falhar...

 

Durante a noite, a máquina preparará o pão para o pequeno-almoço de amanhã.

 

Isto é aquilo a que eu chamo TERAPIA.

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:17

07
Out 10

o escritor de "Pantaleão e as Visitadoras"..., "Quem Matou Palomino Molero" , "Conversa na Catedral" e "Lituma nos Andes"

 

Bem ao jeito de Gabriel Garcia Marquez...bem ao meu gosto.

 

Pelo que a seguir ao Gabriel ,( "100 anos de solidão"," A incrível historia de Candida Erendira..."," O outuno do patriarca"," Crónica de uma morte anunciada"," O amor nos tempos de cólera"," 12 contos peregrinos", "Viver para contá-la", "Memórias das minhas putas tristes"" e tantos outros que me faltam ler), é o 2ª nobeliado mais representado nas minhas estantes dos livros.

 

A minha admiração estende-se ainda a:

 

Selma Lagerlof do "Nils Holgersson"

Ernest Hemingway, de "O velho e o Mar", "Fiesta", "por Quem os sinos dobram"

 John Steinbeck, de " As vinhas da ira", " A Pérola"

 

Não tanto a:

 

Saramago ( desculpem lá, mas não consigo ler...)

Hermann Hesse - "O Lobo da Estepe" continua por acabar, no parapeito da janela do wc

 Albert Camus, " O estrangeiro" não me convenceu

John Coetzee, "In the heart of the country" também ficou a meio

 

Dou o benefício da dúvida a:

 

Yeats , que nunca li, mas de quem já já tanto ouvi falar

G. Bernard Shaw  , idem

T S Eliot, idem

Thomas Man, idem

William Faulkner, "Absalão, Absalão" está na prateleira a ganhar vez

 Boris Pasternack. Dr. Jivago é uma falha na minha cultura.

pablo Neruda, outra falha

 

aos outros peço desculpa, nem sei quem são, nem o que fizeram nem nunca me deu curiosidade. Dei um livro da Doris lessing à vizinha...

publicado por na primeira pessoa do singular às 19:13
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04
Out 10
 
Ontem vi o Top Gun , mais uma vez, uma vez de vezes sem conta. O homem é jeitoso, mas o que eu gosto mesmo é da música...
 
A primeira vez que o vi, tinha uns 11 anos, nos anos de uma colega, e fiquei fã, para o resto da vida. Sim, também dos Berlim, porque adoro o Take my breath away, mas Rigtheous Brothers enche-me as medidas e o coração.
Às vezes transborda, e choro. Com o coração e com os olhos.
E como os Platers também me emocionam, esta foi a música que abriu o baile do meu casamento.
Esta, da minha queda pelo filme Always...
publicado por na primeira pessoa do singular às 19:07
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24
Set 10

Mais um dias destes.

Estou atulhada de trabalho até à ponta do cabelo, mas o que é que eu fui fazer? Depilação.

 

E o que me fez vir lágrimas aos olhos? para além dos puxões da cera?

 

Descobrir páginas e páginas na net sobre a Colecção Patrícia  ( Trixie Belden) e recordar os meus livros favoritos. Sim! mais que Nicholas Sparks, e que Enid Blyton, e que Agatha Christie.

A minha "adolescentude" foi passada a lêr e reler esta colecção, e no fundo eu era a Patrícia , à espera que um jovem atlético que foi a minha paixão platónica entre os 11 e os 15 anos fosse Jim. Bem, eramos 4 filhos, mas ao contrário, moravamos no campo e tinhamos macieiras e galinheiro. Até tinhamos uma station wagon. Mas nunca andei por aí à aventura de cavalo, de bicicleta, de roulote, nem fui visitar parentes longínquos com os amigos, nem tive um clube, nem nunca fui a bailes da escola. Sardas e caracóis, já tinha. Só me faltava ser loura.

 

E não é que a Patrícia tem idade para ser minha avó? A intemporalidade dos livros surpreende-me. Estão alinhadinhos no meu quarto, em casa dos meus pais, e as miúdas só lhes poderão pôr a mão em cima quando demonstrarem juízo.

 

 

com tudo isto, está na hora de elaborar uma longa lista de trabalho a fazer no fim de semana.

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:33

15
Set 10

Ontem foi um dia em grande neste singelo Blog. Quase dupliquei as vistas, tive comentários, vejam lá bem!

 

Ontem não me apeteceu fazer grande coisa, mas lá teve que ser.

 

Ontem fuià FNAC comprar um livro técnico e aproveitei para comprar o último da Sarah Adison Allen, que devorei desde o jantar até de madrugada

 

Estava mesmo precisadinha..

 

 

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:31
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31
Ago 10

São a minha desgraça de Verão, a par de melão gelado. Como eu gosto de fruta de Verão!

 

Dantes, quando ainda havia o barracão dos meus avós, do lagar e do forno, subiamos ao telhado para apanhar  figos roxos. Eramos garotas de 6 ou 7 anos, no telhado a comer figos ao sol. E eram deliciosos. Ou quando iamos ao pinhal na carroça da burra ou da vaca, apanhar caruma para os currais, há borda de um caminho, já no meio do pinhal, também havia uma figueira baixinha, onde era fácil apanhá-los.

 

Só já casadoira é que comecei nos pingo de mel, do sogro e da avó do namorado, e fiquei convencida, muito melhores.

 

Agora, conto os dias para chegar Agosto, porque os figos são do tempo em que nasceram as minhas catitas. As uvas são do início da escola, as cerejas são das festas em Maio, na Batalha. As nêsperas logo a seguir, as ameixas antes dos figos, e ao mesmo tempo que os pêssegos. Os marmelos são para o Outono, pelo que a vizinha é capaz de deixar uma taça de marmelada, um dia destes, na soleira da porta.

 

O ano passado fiz doce de figo, tal como fiz de laranja em Dezembro, de tomate e de maçâ, para oferecer no Natal.

Como faço fiz em outros anos. Agora tenho de experiementar em licor, como os que fiz de leite, café e leite condensado, pêra e mel ( invenção minha) e tangerina. Ando fisgada para fazer um de pêssego, que fique cor de coral... e se é para o Natal, está na hora de começar...

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:28

29
Ago 10

Tudo a dormir, e eu aqui no computador.

Dei uma volta pelas notícias, fui espreitar a "fotonovela apaixonante" de dois blogs que tenho cuscado ( gostava de ter uma paixão assim!), e comi dois figos deliciosos, enquanto mais ninguém acorda.

 

O dia ontem foi menos mau do que esperava, e noite foi ainda melhor do que eu poderia esperar, e hoje o dia acordou lindo.

 

Adoro manhãs assim!

 

E como hoje é domingo, haverá panquecas para o pequeno almoço..........Procurem a receita, que ela anda por aí no blog, há uns meses atrás.

 

Ups! Acordaram os passarotes. Tenho que ir dar comer à filharada.

 

Lá se vão os grande os planos de concluir as apresentações para as próximas duas aulas. Está bonito, sim senhor!

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:18

17
Ago 10

No final de semana foram as festas da Batalha e levámos as miúdas, depois de jantar, para ver o Festival de Folclore, no sábado, Rui Veloso no domingo.

 

Continuamos a achar que todas as experiências culturais, quer sejam do nosso agrado ou não, as vão ajudar a crescer. E no fim, ainda ficaram fascinadas pelo corridinho! Vá-se-lá saber porquê.

 

Preferi Rui Veloso. Estava a gostar de ouvir, até começarem com o" tenho xixi", "tenho sono", e lá voltámos a casa depois de uma das minhas favoritas

 

 

 

(Faz de conta que foi lá, o cenário era o mesmo, só estavamos um pouco mais perto)

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:46

12
Ago 10

Hoje o meu avô Zé faz 85 anos.

De duro e tirano passou a um velhote doente e indefeso, que admite às 4 bisnetas o que nunca admitiu aos 10 netos(as) e muito menos às 2 filhas.

 

Picuinhas, se lhe doi um dedo já está a morrer, diabético, insuficiente cardiaco e renal, e outras coisas mais, típicas da idade, saltita de casa de uma filha para casa de outra, quero dizer atravessa o carreiro do quintal, como se de 15 em 15 dias emigrasse para a Austrália.

Vive de rotinas e restrições, e um dia sem Orações, Terço no rádio e Preço Certo não é dia. Arrasta-se como um comboio a vapor, com suspiros e "ai jesus!" com sotaque do Norte.

Preconceituoso. Religioso. mais infeliz do que a conta porque nunca quiz , ou nunca conseguiu abrir os olhos para além do que umas linhas rigorosas que lhe traçam limites à esquerda e à direita. Mais à limitada à esquerda do que à direita, é certo, porque os de esquerda, ui "Balha-me Nossa  Senhora!".

Foi agricultor, polícia, militar, segurança. Nunca chegou a rico.

 

 

A avó Tina morreu há 8 anos, e foi nesta data a enterrar. O oposto do marido, franzina, pequena, magrinha, encarquilhada, doente toda a vida, e no entanto, activa até ter ficado confinada ao sofá e à cama, no últimos anos de vida.

 

A avó Matilde morreu à 17 anos, o avô Quim há mais de 30.

 

Fica para outro dia falar mais sobre eles.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:50

11
Ago 10

Ontem fui em trabalho para o Alentejo.

Tive a oportunidade de ir sem horas de regresso e sem ninguém a condicionar.

 

Há anos que não saía de casa antes do sol nascer, para conduzir até ao Alentejo, e foi tão bom quanto eu me lembrava. É chato ser tão longe, tantas horas de viagem, mas por outro lado, sair aquelas horas, conduzir pelo fresco em direcção ao sol, agrada-me, e muito.

 

Moura é um boadinho antes do fim do mundo. Antes, parei na barragem do Alqueva, e até tentei uma visitinha à obra. Sem sucesso.( Volatrei à carga um dia destes...)

A barragem não é tão grande quanto eu imaginava, ou pelo menos tão grandiosa.

 

Depois da obra, fui dar uma volta: Amareleja ( quente, mas pensei que fosse pior), Central fotovoltaica (grande mas pensei que fosse maior), Aldeia da Estrela, Aldeia da Luz ( desilusão), Mourão, Reguengos de Monsaraz.

 

Achei tudo muito sub-aproveitado, embora me pareça que muitos se aproveitaram e bem. àquelas horas tudo estava deserto. A Aldeia da Luz pareceu-me uma terra fantasma, e pensei, "para que foi isto tudo para estar neste estado?" e segui viagem. Imaginei grandes resorts e turismo associado a um grande lago, e nada vi. Vi vinhas, melões, oliveiras e pouco mais, quando pensava em laranjais e estufas que ficariam ali tão bem.

 

A Barragem há-de, um dia, valer a pena, se deixar de ser um lago estagnado, onde o pouco aproveitamento turístico que tem abusa nos preços, digo: aluguer de barcos a preços escandalosos, alojamento e refeições só para classe alta. Valerá a pena se aquele deserto de palha passar a ser mais verde e variado.

 

A uma coisa grande que vi, que esperava, foi o calor, em kilometros a perder de vista.Tudo o resto me soube a pouco

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:24

26
Jul 10

Oh férias 5 estrelas...

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:13

Graças ao geocaching descobrimos sítios fabulosos nestas férias. Portugal tem sítios mesmo mesmo muito bonitos!

 

E cheios de estrangeiros, alemães, espanhóis, ingleses, que sabem descobrí-los primeiro que nós. Fazem eles muito bem.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:11

Dois dias no Algarve, porque sim, para as garotas passarem um bocado com o primo, e para uma visita aos ao Aquashow.

 

Estava demasiado calor e demasiada gente.

 

Armação de Pêra está com um passeio bonito, e os gelados melhor que nunca. A praia, com um mar calmo e com excelente temperatura, é pequena para tanta gente, e não dá para as garotas brincarem à vontade. Ou estamos mal habituados da espaçosa, apesar de reduzida, praia do Carvalhal da Rocha.

 

Uma passagem no Kartódromo para R matar saudades de uma corridinha e para geocaching

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:06

11 dias de férias foram um luxo para a nossa família! Há anos que não sabiamos o que eram tantos dias.

 

Pela quarta vez, optámos pela Praia do Carvalhal da Rocha, ( Brejão, S. Teotónio, Odemira), na bela costa do Sudoeste Alentejano e Vicentina.

Pela terceira vez ficámos no Parque de Campismo do Monte do Carvalhal da Rocha, e é uma felicidade adormecer ao som do mar, dos grilos e râs.

Adoramos acampar, e este parque, não sendo dos mais bonitos ou luxuosos, é muito acolhedor e , sobretudo, sossegado e com boas instalações.

 

A praia, que adoramos, é pouco frequentada, e é ver famílias e criançada à vontade, na brincadeira, em poças de água na maré baixa, arranjando amigos, e sempre à vista dos pais.

 

A paisagem é linda, tanto na praia como nas redondezas, com arribas belíssimas e praias desertas fabulosas.

 

E assim são as nossas férias, simples, sossegadas, relaxantes.

 

Como nota importantíssima, e de grande contributo para a Bandeira azul, mais do que o apoio de praia, Wcs, bons acessos e estacionamento, mesmo para pessoas deficientes, é que o bar da praia tem  rede de internet de borla, mas não há qualquer rede de telefone. O TELEMÓVEL NÃO TOCA!!!!! Yupi!!!!

 

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:52

02
Jul 10

Nem sempre é suficiente para ser o primeiro a chegar à cache...

 

Ainda por cima subir um monte áquelas horas da manhã, chegar lá com os bofes à boca e ser segundo...Tá mal!

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:15

22
Jun 10

Passei os anos 80 na Escola.

Até 85 na escola Primária de Costas, até 1990 no Externato Afonso Lopes Vieira, na Marinha Grande.

 

Na escola primária tive sempre a mesma professora, excepto quando foi substituída por uns meses, em licença de maternidade.

 

Fartei-me de aprender, levei algumas réguas, jardinei, fui buscar água à fonte.

 

Os dias eram de trabalho sério, e sem metade do dinheiro ou condições, faziamos muito mais, sem cá as mariquices das AECs. Não aprendiamos inglês, mas tinhamos música, teatro, expressão plástica e ginástica, tudo integrado nas aulas, porque a mesma professora sabia como ensiná-lo, melhor ou pior. E sem contínuas, ou Auxiliares, ou melhor ainda, assistentes operacionais.

 

Foi o sítio da minha 2ª paixão platónica, que durou os quatro anos e depois se esfumou no ar. Era bonitinho. Continua jeitoso. Desinteressante, no entanto.

 

Não mantive contacto com quase ninguém.No entanto, alguns colegas são pais das minhas filhotas, que aprendem no mesmo local, mais renovado, e temos um relacionamento cordial, mas sem grandes amizades e sem qualquer intimidade. A outros, que ficaram na terrinha, vejo-os a passar de carro, sem um adeus ou olá.Um dia destes alongo-me sobre este tema.

 

Quando fui para o 5º ano, desterraram-me, a contragosto para o "Colégio". Admito que foi o melhor que me podia ter acontecido.

Ia com grande bagagem da escola primária, conhecia só uma ou duas pessoas. A organização e qualidade de ensino fizeram a diferença. A chefia do padre, também. Não era um sítio de luxos, mas foi um sítio bom para crescer.

 

Aqui se formaram duas grandes amizades, que se mantém, embora um pouco afastadas. T e S.Nascidas no mesmo dia, na mesma maternidade, no mesmo quarto, de mães amigas.T foi a maior amiga e maior rival, maior inimiga, maior colega, maior desilusão, maior desafio. Raramente nos encontramos. Mas é bom vê-la de volta. S é a amiga de nostalgias. Podemos passar um ano sem nos vermos, que quando nos encontramos parece que dissemos adeus há 5 minutos atrás: a conversa está sempre em dia. É bom haver uma pessoa assim na nossa vida.

 

Foi o tempo das apaixonites, dos slows nas festas da escola, de ser um misto entre "A Sabichona" e patinho feio. Tirei vantajem dos meus conhecimentos e da minha capacidade física de então. Cresci e desenvolvi-me.

 

Este foi o sítio da minha 3ª paixão platónica, levada aos extremos. Nunca passou disso. Não resistiu à mudança de escola. Parecia-me fabuloso, hoje tenho sérias dúvidas se algum dia deixou de ser o menino da mamã, que se encostou à sombra da bananeira do pai, desperdiçando uma grande inteligência e capacidade... Perdeu o corpo escultural e se eu pareço um texugo, então ele parece um elefante. Parece que não se perdeu grande coisa

 

Aguardo ansiosamente a marcação de um jantar de ex alunos, para ver como é que a vida sorriu para uns e outros. No meio de tantas coisas más, à distância e sem saber de mais ninguém, acredito que possa ser das mais felizes e realizadas.

 

Agradeço a George Michael, ao Phil Collins e Sting, à Whitney Houston e à Tracy Chapman, aos Cure , Madona e Tina Turner, Bruce Springsteen, Brian Adams, Europe, Reo Speedwagon(?) por belos momentos de musical.  Já disse que adoro a música dos 80's?

Escolhi estas, podiam ser quaisquer outras, que eu ia adorar na mesma

 

http://www.youtube.com/watch?v=ASWKXV2EMlg

 

http://www.youtube.com/watch?v=2Sd0W1RyMnE

 

 

E mais uma especialíssima, que continua a arrepiar-me...Já perdi a conta de quantas vezes já vi o filme.

 

http://www.youtube.com/watch?v=f90YCdYIADQ&feature=related.

 

Errado: era esta

 

Hei-de voltar a este assunto...

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 16:50

15
Jun 10

Estou muito longe da forma e elegância de há alguns anos atrás.

 

No entanto, começo a dar razão ao quem diz que é aos 35 que as mulheres são melhores...

 

Pelo menos, se não é melhor, é mesmo muito bom.

 

Ou então é ele que está a superar e transcender....

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 15:42

14
Jun 10

Gosto de ir à feira a Santarém. Sempre fui quando era miúda, e agora gosto de levar as garotas, que deliram com a bicharada, e fazem festas a todos os que estejam mais perto das grades. Sempre apreciei olhar para aquelas vacas e porcos gigantes, embora à 25 anos me parecessem bem maiores.

 

Tenho algum fascínio pela bicharada.

 

Continuo a achar que gostava de ter uma quinta, ainda que o ideal fosse ter alguém que me ajudasse a cuidar dela. O ideal mesmo mesmo ideal era que fosse uma quinta alentejana, um grande monte, mas aqui na zona, ou quem sabe  esta zona fosse ali para os lados do litoral alentejano...

 

Quanto à largada de touros , que elas adoram ver:

 

- A bebedeira tem de fazer parte?

- Os mocinhos corajosos só o conseguem ser agarrados ao vinho, à cerveja, e com um cigarro na boca?

- Têm mesmo que ter um ar tão chungoso? Onde é que estão os rapazes fortes, maciços, com ar saudável de trabalho no campo? Onde é que estão os românticos marialvas?O tristes figuras!

 

Comentário da R aos galgos de corrida: São tão magrinhos atrás, parece que são desenhados...

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:03

04
Jun 10

Lamento confessar, mas não consigo resistir a dar uma espreitadela ocasional  ao Artista Mágico e a Sabrinas.

 

Se calhar é abuso, mas aqueles dois enchem as medidas de um coração, e isso é bom e faz bem!

 

É bom saber que há mais pessoas apaixonadas no mundo, sejá há 1 ano, seja há quase 19.

 

 

(Hei, não me quero meter nas vossas conversas, mas devo informar que  os dias não serão todos assim! Mas, se vocês conseguirem essa proeza, façam uma boa acção ao Mundo inteiro e divulguem, e por certo serão candidatos indiscutíveis aos Nobel da Paz e Amor)

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:56

28
Mai 10

Custa-me a perceber porque é que, numa época em que ando super cansada, desmotivada e desatenta, a minha cabeça está com um brainstorming danada, e todos os dias e todas as horas estão a nascer ideias!

E agora deu-me para tentar concretizá-las!

 

A cadeira especial para a Hip baby M passou da ideia ao papel e do papel ao carpinteiro, e já está a fabricar. Se correr bem, e funcionar, divulgarei e talvez nasça daqui uma oportunidade única. E como eu digo, as oportunidades são para se agarrarem

 

O programa de gestão de obras, que não me sai da cabeça à anos ganhou vida e ontem escrevi horas ( horas em que podia estar a descansar! ou a ver mais episódios do Jamie Oliver) a começar a descrever tudo para entregar a um programador.

 

Será que vou conseguir desencalhar?

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:22

Vou chorar baba e ranho a ver as minhas meninas a patinarem no Sarau... mesmo que já tenha visto o treino, tantas vezes...

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:20

27
Mai 10
Quando estava grávida da R, ouvia sempre esta música , e ela dançava dentro de mim.
The Very best of Cat Stevens, é um dos CDs que me acompanha há anos e me ajuda a enfrentar os dias maus. Mais uma vez, apeteceu-me ouvir.
"Hard Headed Woman" , "Morning has Broken" "The first cut is the deapest" "Mathew and son" "Can't keep it in", são outras que podiam aqui estar, mas "Rubylove" dá-me alegria e serenidade.
E bem que estou necessitada!
Dentro de mim, ninguém dança, e fico apreensiva com a ideia, cada dia mais forte e que me corroi o coração e metira entusiasmo, que nunca mais niguém vai voltar a dançar.
 
publicado por na primeira pessoa do singular às 11:25
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25
Mai 10

Domingo, estava eu a ver um Jamie's American Road Trip e eis que era na terra dos Cowboys.

 

Sou suspeita, porque sou uma fã incondicional dos(TODOS) programas do homem, mas acho a série execelente,  mais do que pelos meus prazeres culinários, mas também pelo caracter sociologico, antropológico e histórico desta série.

 

E estava eu a ver aquilo e a pensar, em que é que aquela gente é responsável pela crise mundial?

Atravessei a América e o Atlântico cá para este lado, e pensei ainda mais: o que é que eu e a maioria das pessoas que me rodeia, e as que não me rodeiam mas vivem por este Portugal, de um modo pacato, trabalhadores que dão o litro todos os dias, em que é que somos responsáveis pela crise?

 

Porque tenho um empréstimo suado, que pago religiosamente, sobre um pequeno apartamento na provincia? Porque pago paulatinamente os impostos que me são devidos? Porque trabalho dia e noite para tentar, num futuro próximo, tentar voltar a correr atrás de sonhos?

 

 

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:29

19
Mai 10

A titi manda beijinhos à bebé tonta que faz um aninho

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:29

18
Mai 10

Foi assim , no domingo.

 

Depois do pequeno almoço, comecei a preparar o belo almocinho. Adoro cozinhar, e tenho tipo tão poucas oportunidades!

 

Uma sopa de feijão, um franguinho assado no forno, com batatinhas, temperado com salsa, tomilho, alecrim, menta, cebolinho, muitas destas provenientes da minha varanda.Espinafres para acompanhar. Ficou delicioso!

 

Enquanto o forno se aplicava, arranjei vasos, apanhei ervas e urtigas. Adubei, transplantei, semeei, reguei, tentando dar um pouco de vida ao jardinzinho mal estimado.

 

Depois, depilação  e um belo banho. Ouro sobre azzul!

 

à tarde, tesouros e feira com as miudas e os vizinhos. Pelo meio, aventuras no mato, uma casa na árvore...

 

Cool ( estava hot, na verdade!)

 

Senti-me feliz, mesmo muito.

 

 

 

É claro que pago bem caros estes momentos... e assim foi, a começar às 4:30 de segunda-feira .

 

Será que por cada hora boa, tenha de pagar com 6 vezes mais de dias horribilis , horrendus?

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 15:50

16
Mai 10

É domingo, e ele aproveita para dormir mais um pouco.

 

Eu gosto de me levantar cedo, ouvir as notícias e andar por aí a cirandar, quando ainda não há barulhos e gritos e guinchos e nem "Mãaaiiiiiii"

 

Os passarinhos já andam por aí a voar e a esta hora já se enfiram na cama ao lado dele a ver desenhos animados.

 

É domingo, é dia de panquecas ao pequeno almoço, que hei-de ir fazer com muito amor,e hei-de barrá-las com chocolate, e ver os olhos delas a brilhar de felicidade e gula.

 

Vou acordá-lo com beijos, e ele vai resmungar, mas depois levantar-se-á, e religiosamente e sem falhar irá calçar de imediato os chinelos.Depois  virá ajudar-me no pequeno almoço.

 

 

E depois de almoço, se tudo correr bem e o sol se aguentar, vamos fazer geocaching para Leiria. E se elas se portarem bem, terminaremos o dia na feira de Maio, a dar umas voltas de carrossel e a comer farturas Penin ou algodão doce ou mesmo um pão quente com chouriço.

Na retaguardo destes bons pensamentos, está um trabalho para entregar,  e falta-me a palavra que queria dizer. Não é protelar, não é adiar, é uma palavra que exprime o como eu sou expert em deixar situações de trabalho que não me aptece fazer atá à última da hora. Agora vou ficar todo o dia a pensar nisto!

 

Procrastinar ( fui ao google). O mesmo que postergar ( desconhecia), ou, em Inglês, postdate ou postpone.

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:57

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