Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

24
Mai 12

não sou como ele, e morro de medo de morrer.

 

De dia para dia, à medida que fico mais consciente do que sou, como estou, tenho mais medo dos dias que vêm?

 

Em cima da minha cabeça, paira um sinal luminoso fluorescente, visível a quilómetros de distância: OBESA, a maneira simpática de se referirem à GORDA.

 

Não interessa se a minha  tensão é baixa, se a glicémia é baixa, se o colestrol e os triglicrideos também não estão assim tão altos.

 

Sou gorda, e  no letreiro vai rodando, como no letreiro do cinema: AVC, ATAQUE CARDÍACO, DIABETES, EDEMAS, VARIZES, INSUFICIÊNCIA CARDIACA, RESPIRATÓRIA E RENAL, CIRROSE NÃO ALCOÓLICA, OBESIDADE MÓRBIDA...

 

E por este sinal estar acoplado a mim, não preciso que me lembrem a todos os minutos

 

Até porque todos os dias me vejo ao espelho, e nota-se a papada no pescoço, o abdomem dilatado, o pneu, limitado pela cicatriz das cesarianas, as coxas grossas, os tornozelos inchados, e braços enormes.

 

Até por sinto o cansaço, a respiração ofegante, as dores nos pés, o aperto no peito. Porque dou comigo a ressonar, e acordo com as mãos dormentes, dores nas costas, e ainda mais cansada do que antes de ter acordado.

 

Até porque fica difícil estar dobrada, acocorada, ajoelhada. Até porque sexo muito bom podia ser óptimo, sem uma barriga grande, sem uma pernas gordas. para mim, e, decerto, para ele.

 

Até porque tenho SOP, o do ovários poliquísticos, que, como pescadinha de rabo na boca, me baralha o sistema, e me leva a engordar, a sentir fome , por ser insulinoresistente, a que as minhas hormonas estejam malucas, e o perído variae de ausência prolongada a enxurradas monumentais, que não ovule como deve de ser, que às vezes tenha quistos do tamanho de laranjas, e que tr~es anos para engravidadr seja um tempo curto, porque isto não vai lá sem tratamentos, injecções, comprimidos, dores e ansiedades...

 

Até porque comprar roupa é um martírio, comprar sapatos são dois. Mas não sofrerei por causa do top ou do biquini, nem da sandalinha de salto alto...pois sei que não vou comprar. Não me serve. Não vou usar. Tenho vergonha do corpo, e tenho orgulho.

 

 

E gosto de comer, sim senhora, e sei cozinhar, e cozinho coisas boas.

Mas cozinho com pouca gordura, não faço nem como bolos todos os dias,  não bebo nem compro refrigerantes com frequência. Como pão de mistura. ADoro, mas não vou frequentemente a restaurantes de fast-food. Não gosto de alface, mas como. Não gosto de leite branco, nem de couves verdes escuras. Nem de caras de bacalhau, nem de peixe cozido. por isso bebo leito com chocolate, couves lombardas, grelos e bróculos, e peixe grelhado.

 

Já fiz dietas medicamente assistidas para todos os gostos, massagens, injecções., ginástica. Tudo funciona no in´cio, depois de umas semanas o efeito cessa, e ao fim de uns meses eu desisto. É assim desde 1999, quando eu pesava menos 50 quilos.

 

Todos os dias olho para mim e digo-me, ordeno-me que acredite que eu sou mais do que este corpo. E cumpro a minha ordem. Mexo-me, sou activa, falo, motivo, escrevo. Mexo-me menos do que devia do pescoço para baixo.

 

Mas a cada dor, a cada nova doença, a qualquer picadela que eu suspeite ser parecida com um qualquer sintoma de tudo o que passa no rodapé do placard, vou-me abaixo, porque tenho duas filhas e um marido. Eles precisam de mim, e eu quero vê-las crescer, e envelhecer ao lado dele.

 

Sim tenho muito medo de morrer, todos os dias, e hoje foi mais um deles, após cansaço inexplicável, tonturas, aliadas aos belos efeitos da metformina. Dor de cabeça, tensão baixa, açucar baixo, foi o que se veio a concluir. Hoje. Amnahã, não sei

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 21:17

02
Nov 11

Desculpa-me, principe Alexandre, porque hoje deixei de te procurar.

 

Não por falta de amor, porque te ano, há muito tempo, e porque te continuo a mar, ainda que não não existas em mais nenhum lugar , excepto o meu coração.

 

Não por falta de paciência ou vontade, porque espero por ti há anos, e estou disposta a esperar outros tantos.

 

Deixei de tomar os medicamentos que poderiam melhorar as probabilidades de um dia vires a nascer, porque estamos quase sem dinheiro, e eu quase sem emprego. É só isso. Um motívo tão fútil como desprezível, mas real.

 

O pai tem medo, do que te pode faltar e às manas. Os avós acham que seria uma loucura. E eu estou de rastos...e choro, ainda que ninguém veja.

 

No entanto, a porta está só encostada. Podes vir quando quiseres, e eu vou estar de braços abertos para te receber.

 

 

e se não fores um principe, mas a mais pobre aldeã, o abraço será igual.

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 14:48

30
Set 11

Fui adepta tardia, confesso, mas fiquei conquistada.

 

A lista de amigos é reduzida, é certo, porque ainda que goste muito de falar, acho que nem todos estarão aptos ou serão desejáveis, para o que eu digo, escrevo ou exponho.

 

De vez enquando procuro colegas da escola ou da Universidade, ou chegam-me de mão beijada por serem amigos de amigos .

 

Olhar para muitos daqueles perfis e ver a situação profissional de muitos têm-me feito pensar, e admitir que fiz muitas escolhas erradas na minha vida. Acima de tudo, escolhas profissionais.

 

Ao que parece, sucesso profissional é coisa que não falta. E vêm-se os amigos sorridentes, em fotografias tiradas em diversos destinos de férias por todo o mundo, as amigas sorridentes com o seu bando de filhotes de uniforme da escolinha, os bem sucedidos cá, os bem sucedidos no estrangeiro...tudo parece ser maravilhoso.

 

E eu aqui...numa micro empresa que já só tem o nariz de fora para respirar, e pouco mais. Com férias no campismo  e já vou com muita sorte!

 

Falhou tudo. Tudo. Só tenho a minha dignidade e a a minha família. E, pela primeira vez , desde que comecei a trabalhar, há 13 anos, vivo à custa do ordenado do marido. Isto está a deixar-me doida.

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:13

21
Ago 11

Eu sou forte. Tenho um tamanho aumentado, por inércia, dores, e pratos de comida bem atestados.

Dantes, eu era magra. Em algumas alturas da vida, demasiado magra, até. Um dia comecei a trabalhar. Deixei de ter horas livres, descanso e boa vida. E passei a ter fome, devoradora, fome de tudo o que me soubesse bem. Nunca mais nenhuma dieta fez de mim o que era, antes pelo contrário. Hoje, e desde há vários meses, que não subo à balança. Já nem quero ver. E depois choro, quando penso a sério no que me estou a transformar todos os dias.

 

Eu sou forte. Decidida, de ideia fixas. Consigo dizer-me que tenho de acordar às 2, 4 6 da manhã para acabar um trabalho, cozinhar um banquete para a família. Quando isto se repete várias vezes numa semana, fica difícil, mas sei o que tenho de fazer, e faço-o. Dantes, seria capaz de o fazer por uma boa corrida, um passeio a pé ou de bicicleta. Há cerca de um mês, fi-lo, para ir pescar de madrugada com o R., e podermos disfrutar do prazer ao nascer do sol numa praia deserta e inacessível. E no entanto, ainda não o fiz para subir para a bicicleta que estáali, a 60cm da minha cama.

 

Eu sou forte. Mas estou a deixar de o ser.

às vezes penso que, se a vida fosse só minha ( e não o é, tenho os meus 3 amores!), seria capaz de tudo. Todos os dias me levantaria cedo e faria a ginástica, a caminhada, a dieta. Todos os dias iria trabalhar para uma empresa que me pagaria bem, e trabalharia tudo, daria o litro, e voltaria livre de outras preocupações para casa. E seria magra. Mentira! Porque não sei ser só eu, nem seria feliz sem eles, e quando estou só eu, a preguiça também não me larga.

às vezes penso que largaria tudo e passaria a uma vida frugal, algures no fim do mundo, a pôr ao serviço dos Homens os meus conhecimentos e as minhas mãos. E que emagreceria por via da frugalidade e de tudo o que simplesmente não existiria a mais nessa vida simples. E seria magra. Mentira! porque tdos os dias tenho a oportunidade de simplificar e de estar ao serviço, e muitas vezes não o faço.

 

Hoje estou assim. No remorso de um fim de semana de banquete de reis , para as pessoas que eu mais gosto na vida,que me atestou de calorias, gastos ( e no entanto, felicidade, ironia do destino!).

Com coisas para fazer, a pensar fazê-las, e sem mexer um dedinho, a não ser para teclar frustações num blog.

 

Eu sou Forte.

E quero que amanhã seja o primeiro dia de um novo eu. Ou no dia seguinte. Ou no outro. Ou outro qualquer.

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:19

13
Jun 11

Há manhãs em que sinto que tenho 6 ou 7 filhos: vestir a Rita e a Inês, trocar a camisola porque é larga, trocar a camisola porque é apertada, ou porque a cor é assim, ou assado, a manga é curta ou comprida.

Mudar as calças por saias, ou saias por calças, as leggings por fato de treino, o fato de treino por calções...

E depois calçar, voltar a calçar porque a meia fazia impressão, o laço dos atacadores está largo, está apertado, já se desfez.

 Voltar a mudar qualquer coisa porque entornou leite, ou limpou as mãos à roupa, ou sujou com pasta dos dentes.

Penteio a Rita uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, com ela a choramingar e chiar atrás de mim, porque o totó está torto, está acima, está abaixo, a franja não está bem apanhada, o gancho caiu.

 Pentear a Inês, nivelar os totós com nível de laser, está apertado, está a puxar, está largo, está mais acima, está mais abaixo. Tudo isto com um ruído de fundo delas a chorarem, chiarem, Mãe,a Rita fez isto, Mãe a Inês disse aquilo.

A mim, apetece-me sair de casa e deixá-las alí. Ou desatar à bofetada. Ou as duas coisas.

 

 Por isso, não me voltem a dfizer que ainda é cedo e já tenho um ar cansado, ou que a respiração está ofegante, ao telefone, ou se vim a correr, e se não tenho frio. Não. Não tenho frio, sou gorda e já me mexi muito.

 

 E ainda antes das 9 da manhã já fiz coisas demais. .

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:59

17
Mai 11

Hoje , estou por aqui:

 

 

Ora bem, flexibilidade no trabalho...

A minha mãe sempre trabalhou em casa: para além de mãe e dona de casa, costura para fora e faz toda a papelada do escritório dos meus pais e tios, pelo que fomos quatro irmãos com mãe presente e agora são quatro netas com avó. Ela é que sabe, ela é que manda, ela é que dá o pão, logo a educação ( é quase assim!)

Quando eu comecei a trabalhar na construção civil, em 1998, solteiríssima, o horário era horrível, o cansaço mais que muito, mas não tinha outras obrigações, o salário era bom, a vida corria-me bem, dentro do possível. Depois de 2000, quando casei, passou a ser um inferno, conseguir conjugar a vida de casada e a do trabalho, e em 2001 desisti de lutar e saí desse bom emprego, onde, pelo menos, e por troca de horas de serviço a mais, não remuneradas, nunca ninguém teve a menor retaliação se fosse preciso faltar um dia para tratar de algum assunto, ou chegar atrasada por algum motivo. Isto tenho de admitir!.

Consegui um emprego em part-time, bem remunerado, e foram os dias da minha vida em que tive tempo para tratar de mim, e fazer o batalhão de tratamentos para engravidar... Mas como tudo o que é bom termina, a empresa estava a enganar-me nos descontos e saí.

Rapidamente encontrei um emprego com uma remuneração de sonho, mas que eu pagava em horas e centenas de quilómetros, diariamente. Fiquei grávida, e o patrão logo sugeriu que não seria preciso licença de parto completa, certo? Alguns dias antes do parte, e continuando a fazer entre 150 a 600km por dia, conforme o dia da semana, despedi-me. Nunca mais voltei a ver um ordenado daqueles...

Fui imediatamente contratada pelo patrão do part-time, desta vez em full-time, mas com horário certinho, que jurou não voltar a enganar-me ( mas como é sabido, quem mais jura, mais mente!) Como o marido ficou desemppregado durante a minha licença de parto, trocámos, e fui eu trabalhar, ao fim de 4 meses. Trabalhei lá mais 2 anos, masceu a 2ª filha, e quando regressei da licença de parto, já a empresa se tinha desmoronado, e para além de inúmeras falcatruas que fizeram com o meu nome, na minha ausência, saí de lá com 6 meses de salário em atraso, diversos subsídios por receber, e ainda com o tribunal à perna, por causa do burlão do patrão.

Em menos de 15 dias, e com uma miúda de 30 meses e outra de 6, voltei a trabalhar, e fiz questão de negociar um horário certinho, em troco de um salário reduzido. O salário manteve-se reduzido, mas o horário descambou e passou a ser ainda pior que antes, e se tinha contrato para uma super-oobra, pouco a pouco já eram 3 e mais e mais e mais, e apesar de todas as horas extra não remunerados e os quase 1000km por semana não podia sair às 17 ou 18h para ir ao médico com as filhas sem ter de pedir licença ao chefe, depois aos recursos humanos e por fim ao patrão, sendo repreendida se saía a horas ( 18h, ao fim de 8 h de trabalho e 1 de almoço), pelo que saí, em Novembro de 2007, porque não aguentava mais.

Continuei o resto do ano a trabalhar para eles a recibos verdes, em casa, e em Janeiro de 2008 criei a minha empresa, muito micro, por sinal, no rebentar da crise. Uma mulher, num mundo de homens, sem ajudas nem subsídios, a fazer um trabalho novo, para a mentalidade da maioria dos construtores.

O salário foi reduzido ao mínimo. O sistema de impostos e contribuições é implacável.

Nestes 3 últimos anos, consegui estar ao dispor das filhas na escola , na patinagem. Estou a concluir um mestrado, já fiz mais formações. Dei aulas num Politécnico, dei formação. Aceitei todo o trabalho honesto que me proponham. Tive dias de 17 e 18h seguidas de trabalho, dias de começar às 2 da manhã. Nunca falhei prazos nem deixei clientes enrascados. Clientes, que por vezes, demoram 6 e 7 meses a pagar, e às vezes, com cheques carecas.

Trabalhei de noite, se tinha de estar disponível para elas de dia. Fui honesta, nunca entrei em esquemas, abstenho-me de usar o factor cunha.

Nos últimos meses o trabalho diminuiu para números insuportáveis, e estou quase a desistir.

O stress desiquilibra-me, e a procura de conforto vê-se no peso.

Hoje, não passo necessidades, mas também não tinha necessidade de fazer contasà vida se não tivesse lutado pela flexibilidade de horário. Arrependo-me de ter deixado o primeiro emprego. Arrependo-me pelos milhares de euros que fiz a família perder, com tudo o que eu não tenho recebido, e não é só o diferencial do que devia receber agora, para o que recebia antes, são os meses de salários que eu, simplesmente, não me consigo pagar.Arrependo-me de termos tido de abdicar da casa dos nossos sonhos, e de todas as férias e viagens que ficaram por fazer.

Só não me arrependo de estar disponível para os meus tesouros. O tempo dirá, se compensou.

Se hoje achasse um part-time, até umas 30h semanais flexíveis, não olharia a orgulhos, éticas e coisas do género, fechava a empresa e ia para lá. Mesmo que detestasse, a segurança de um ordenado ao fim do mês, por agora, seria suficiente.

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:03

15
Fev 11

 Os idosos passaram a viver e a morrer sozinhos de um dia para o outro!

 

Como se nuca tivesse acontecido. Como se todos se tivessesm preocupado.

 

No meu prédio mora uma velhota com uma filha xoné. Malucas, doidas varridas, diabólicas. Gritam, berram, agridem-se, bebem demais. Quantas vezes é que os vizinhos já foram acalmar os ânimos? Dezenas de vezes. Quantas vezes é chamada a GNR? Só as que fui eu, já perdi a conta. A mesma GNR que conhece o caso, e que resmunga "Ó minha senhora, mas hoje já aí fomos duas vezes!" . Foram, regressaram, falaram mas o que fizeram? Nada! Quando são chamados a meio da noite, e demoram quase 3 horas a fazer 5km, ainda reclamam, que não está a acontecer nada. " Não, Sr. Guarda, mas quando eu telefonei, a filha esmurrava a mãe, a mãe batia à filha com a bengala, em pijama, descalça, na rua, eram quaze 23h!". No Natal, pendurei-lhes um presente na porta. Não sei se tiveram outro.

 

Na minha rua, mora um senhor que ficou muito debilitado depois de ter sido atropelado. Não teve tratamento especial, nem subsídios, e ficou totalmente dependente de cuidados. Dependente e só. Só uma irmã se disponibilizou para cuidar dele. Irmã viúva, doente e só. Viúva, cozinheira de mão cheia, prestável, generosa e só.

 

E qual a atitude da família? Nada. Um dia destes, a senhora ficou doente e recusou-se a ir para o hospital, pois não tinha quem tratasse do irmão. Ajudei-a a procurar um lar para o irmão. Por fim, os irmãos lá concordaram em ficar com ele por uns dias.

Esteve quase 3 semanas no hospital. Confesso que não a visitei, mas telefonava-lhe regularmente, e ouvia as lamentações. Quase não teve visitas. Na ala ao lado, e por esses dias, nascia-lhe um neto. Nem nesses dias o filho a foi visitar!

 

No prédio onde moramos, quase todos temos algo em comum: casais entre os 30 e 40 anos, com dois filhos. Entendemo-nos quase todos bem e apreciamos a senhora. Por isso, há sempre alguém que lhe dá uma boleia ou faça um recado.

No entanto, os nossos dias são tramados. Passamos uns pelos outros, a correr na escadas, a ralhar com os miúdos, atrasados. Ouvimos os ralhetes na hora de os mandar deitar. Os carros estão estacionados quase sempre no mesmo sítio, fruto de uma rotina.

 

O meu avô é tratado a pão de ló, em casa das filhas. É um felizardo, que nem sabe muito bem a sorte que tem em relação a tantos outros. No entanto, é um peso brutal nas horas de cuidados, atenções e dietas que necessita. É um desgaste enorme.

Os meus sogros vão para o mesmo caminho. E apenas eu e o meu marido parecemos preocupados coma a questão.

 

Nos hospitais, amontoam-se velhos, que passam fome de tudo. Nas aldeias, nas cidades, olham para nós de olhos encovados e assustados.

 

Porquê?

Porque deixou de haver tempo para as famílias. Passámos todos a robots e máquinas de trabalho ( os que ainda têm essa sorte!), e a família ficou só com o nome.

 

Deixámos de ser tempo para seremos nós e a nossa família.

E é por aí que as coisas têm de passar.

 

E as senhoras feministas podem ir queixar-se para outro, lado, que daqui não levam nada.

Porque se pudessemos ser mais mães para os nossos filhos, talvez eles pudessem a vir ser mais filhos daqui a uns anos. Ou mais irmãos..

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:39

02
Jan 11

Não são resoluções de ano novo, são resoluções de vida. Se não forem feitas este ano, continuam em lista de espera.

 

  1. Alexandre/Lara: Aguardo por ti.
  2. Filhas e Marido: Juro que vou gerir melhor o meu tempo e ter mais para vocês
  3. Peso Certo: Será muito bom não aumentar de peso....
  4. A minha micro empresa vai sobreviver mais um ano, e terá de ser um ano de melhorias visíveis, e com nova imagem
  5. O meu projecto de software vai ser posto em prática, custe o que custar
  6. O meu mestrado não vai ser deixado para 2º plano
  7. A ideia de um novo segmento de mercado vai sair da cabeça e passar à prática e vai ser uma coisa em grande
  8. A casa nova para passar a projecto e o Natal de 2013 será passado lá.

 

Notas: 

 1 implica 3.

 1, se e só se 3

 8 se e só se 4

4, 5 ,6,7, implica 2

2 quer também dizer férias.

 

Como tal tenho de ter sucesso em todas

 

A não esquecer. A não desistir. A não baixar os braços.

A não ter pena de quem não tem pena de mim.

Sem medo, sem dores de barriga.

 

Com mais sorrisos

 

Atrás disto, virá muito mais

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:06

27
Dez 10

O Natal ainda não se foi, porque ainda tenho presentes para fazer e para oferecer.

 

Os cavalinhos ficaram bonitos, as bonecas também. As compotas, deliciosas, e os licores  já foram testados pelos amigos do marido.

 

Ainda faltam mais três cavalinhos e mais três bonecas e mais três que ainda não sei bem o que fazer, talvez cavalinhos, porque são fáceis de fazer e resultam muito bem. Resta-me saber se para menina, se para menino, coisa que os próprios pais desconhecem.

 

As festas e as comezainas estão em stand by até á passagem de ano. Não cozinhei muito a 24 e 25, mas ontem fiz sopa, assados no forno, de borrego e de peru, saladas, fiz um delicioso tronco de natal, mousse de avelã, tarte de alfarroba, pudim de leite condensado e pús a mesa para 16.

 

Cozinhei para a família do marido, com toda a alegria e dedicação. É coisa que faço, quando cozinho, gosto do que estou a fazer.

 

Voltar a trabalhar, depois de um fim de semana grande, não é a melhor opção. Sonho com os dias de férias até ao fim do ano, a partir de quarta feire. E espero que o sonho não se transforme num pesadelo, devido ao estado de saúde do meu avô, como aconteceu numas férias há 8 anos, quando faleceu a avó T.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 16:23

26
Nov 10

Diz assim, o DN. Leiam lá se faz favor, que depois eu continuo.

 

Já está?

 

Todos os dias me vejo, ao meu marido, pais, familiares , colegas, que em geral que trabalham por contra de outrém, a fazerem horas e horas de trabalho.

Quem trabalha nas obras, é um claro exemplo disso, e já o referi n vezes.

Trabalha-se porque tem de ser, não porque se goste, nem porque se recebe a mais.

Em 12 anos de trabalho, nunca recebi uma única hora extra.

O meu marido recebe algumas.

Em muitas empresas, essas horas são pagas à socapa, porque ao declará-las, quem trabalhou para conseguir mais qualquer coisa e ajudar a empresa a desenvolver-se, arrisca-se a chegar ao fim do mês e ainda levar para casa menos do que o costume.

E mesmo contrariados, vamos fazendo essas horas, ou porque não temos alternativa, ou porque compreendemos a sua necessidade.

 

Pelo contrário, e salvo belissimas excepções, que as há!, qualquer funcionário público largar alto e a bom som: EU NÃO FAÇO HORAS EXTRA PORQUE NÃO MAS PAGAM.

 

Eu, agora que também sou um bocadinho FP, ainda não consegui atingir este patamar. Descobri recentemente que não vou receber 3 semanas de aulas que dei, porque só consideraram o meu contrato com data posterior ao início das aulas. E a postura das senhoras me me informaram foi: não devia ter dado aulas! E os alunos? perguntei eu.Ficavam sem aulas nessas semanas!responderam as senhoras. Bem, comigo foram 3 semanas, com uma colega minha foram 7.

E no entanto,tendo reclamado, continuei a dar aulas. 1 hora a mais por semana do que o combinado. Aulas de dúvidas a mais do que o combinado. E depois?Fui eu que me candidatei ao lugar, não fui recrutada à força. E vejo que essas horas fazem falta para que os alunos tenham bom aproveitamento e como tal assumo-as com gosto e dedicação, porque quero que eles tenham bons resultados e que ao fim do semestre eu olhe para o meu trabalho e diga a mim mesmo que valeu a pena. A minha maluqueira vai tão longe que pedi autorização para dar aulas para compensar os feriados de Dezembro. E os alunos já confirmaram que iriam, mesmo ao sábado! Falta a escola dar autorização.

 

 

E acham que faço horas extra porque não tenho mais nada para fazer?

Pensam que eu não preferia estar em casa, a namorar o marido e as filhas, a ver canais temáticos de Construção ou culinária, a devorar romances, a cozinhar compotas e licores? A cuidar do meu micro jardim? a projectar uma casa nova? a passear?

 

Enganam-se! Sonho todos os dias com dias assim. Consumo-me. Desgasto.me. Ando rota e cansada.

 

mas a sensação de dever cumprido, também faz bem ao coração e à alma

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:22

18
Out 10

Ontem fiquei em casa.

Só saí bem cedo para ir ao supermercado, estavam ainda todos a dormir.

Voltei e cozinhei, sopinha para bebés, cozido para 12, ameijoas para entrada, bolo Red Velvet para sobremesa( ficou pink velvet, a desfazer-se, mas sabe bem)

 

Com as filhas,os pais, irmãos  e sobrinhas, comemoramos o 10 aniversário de casamento.

 

Estendi roupa, apanhei roupa, pús roupa e louça a lavar.

 

Mexi a maceração para o licor de pêssego, preparei o de mentol e erva doce, o de lúcia lima , o de tomilho, alecrim e gengibre.

 

Adaptações minhas, eu que nem bebo bebidas alcoólicas. Agora tenho de arranjar garrafinhas "jolie nice" para os meus presentes da Natal..

 

Ainda passei pelas brasas no sofá, ficando com as costas num oito.

 

Fiz empadão com as sobras do almoço, vi televisão, não fiz nada de Trabalho-trabalho.

Ainda tive para madrugar esta manhã, mas não! Hoje tenho aulas até às 10 da noite, tenho de me aguentar de pestana aberta...

 

Soube mesmo bem...mas soube-me a pouco.

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:03

25
Set 10

Eu gosto de ouvir e ler o Pedro Ribeiro da Comercial e de Os dias úteis.

 

Senti como se fosse minha.

 

Admirei a sensatez das atitudes seguintes. Espero não passar por tal, mas se isso acontecer gostava de ter a mesma lucidez e presença de espírito.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:19

23
Set 10

Não bastava no país, como ainda por cima na minha vida.

 

Comecemos pela nossa casa: as limpezas da 4ª de manhã da D. São fazem maravilhas, mas a verdade é que a roupa se amontoa, as coisas amontoam-se, existem divisões intocadas durante semanas, livros, papéis, roupa tralha que estão estáticos há semanas em sítios onde não deviam estar. Num pequeno T3 onde moram 4 pessoas e alguns amigos de vez em quando não sei se é suposto isto acontecer. preciso urgentemente de fazer uma limpeza geral, porque a última já foi há dois anos...

 

As roupas são lavadas regularmente, e à quarta feira levo-as à Alzira, que passa e dobra, para levarmos de volta à noite.

Chegada a casa, e não é só desleixo, vai ficando no cesto até à próxima quarta, vai ficando em cima de cadeiras, na cama de bebé sem ocupante, porque as gavetas estão cheias de roupa que já não serve ou precisa de ser escolhida. Bem, a de Inverno já está toda arrumadinha, resta-me a desordem que sobrou de um Verão em que as garotas cresceram desalmadamente.

As meias e cuecas ocupam desorganizadamente e sem grandes hipóteses de se encontar um par em menos de meia hora uma grande divisão do nosso roupeiro do IKEA, e vão entrando e saindo desse espaço desde quando o comprámos.e já antes estavam numa caixa. Cuecas de 4 rabos, meias de oito pés, todos os dias...E não bastando a confusão, a falta de pares é uma coisa que me transcende!

 

No trabalho, as obras mais simples dos últimos tempos têm sido uma dor de cabeça. Não tenho grandes prespectivas de outros trabalhos grandes, mas neste momento, com as aulas do ISLA e da ESTG e o Alentejo quinzenal, o meu horário está a abarrotar, e voltaram as madrugada e as noitadas, que me estão a deixar miseravelmente de rastos. Não bastando isso, o R está para o mesmo e somam-se as 16, 17 e 18h de trabalho diário, várias vezes por semana. E um humor de cão que eu tenho de aturar e respeitar, porque se eu ando estourada, ele não me fica atrás.Os ordenado dele mantém-se, mas na madrugada de ontem o patrão dele informou que ia pagar as horas extras de Agosto e Setembro, em vez de irem para o banco de horas. Esse banco deve ser o BPN das horas, uma vez que ele já tem horas mais que suficientes para não trabalhar até ao fim do ano. Quanto a mim, bem, sou uma patroa muito má, e continuo a dever-me meses e meses de salários e despesas, porque os clientes não pagam, o ISLA há-de pagar no fim do curso em Novembro, e na ESTG não sei nada, porque ainda não tenho contrato. E hoje , por exemplo, já vou dar 6 horas extra de aulas, até à meia noite, para substituir um colega...

 

Isto remete para o horário inacreditável da nossa familia, e explica porque a casa está num caos, a roupa se acumula, as miudas andam cansadas e birrentas, e eu o R deitamonos na cama e é mesmo para tentar dormir. Só. Não há energia nem desejo de mais. Quer dizer, desejo até há, mas se no minuto anterior discutimos por uma coisa da treta, não há ambiente,  ou se um tem de esperar dois minutos pelo outro, quando o último chega à cama já o outro está a dormir.

 

Entretanto, acho que nem é preciso referir que a semana de férias que não tirámos em Setembro deixou de ter qualquer previsão de ser gozada, e por este andar nem a do Natal. Arriscamos a melhorar a marca dos últimos anos 18, 14, 12 e este ano, quem sabe os fabulosos 11 dias , com trabalho pelo meio do querido mês de Julho...

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:17

19
Set 10

E as manhãs de domingo podem ser deliciosas.

 

Como as últimas semanas têm sido uma loucura, eram 9h e ainda estava na cama. batem à porta. Era a V. de pijama. Foi acordar as miúdas e ficaram a brincar.

 

 Eu levantei-me e fui para a cozinha, e fiz 3 sobremesas, bem como eu gosto: abrir o frigorífico e a porta da despensa e pensar: o que é que há? Acho que, quanto mais limitada, mais criativa sou.

Assim, com um pacote de bolacha maria e outro de oreo, 3 ovos, 2 pacotes de nata, uma tablete de chocolate, 1 lata de leite condensado simples e outro cozido, um pacote de pudim e um bocadinho de margarina , pêra e nozes fiz:

 

Uma mousse de chocolate viscosa, brilhante, ligeiramente amarga, polvilhada com noz

 

Uma tarte de massa areada de bolacha, com leite condensado cozido, pêra rocha escaldada e pudim, enfeitado com canela e ervas aromáticas

 

Uma tarte Snowy White:base dark as the night,  creme white as snow e uma decoração artistica red as blood.

 

Veremos o efeito no piquenique do curso de formadores...

 

A meio ainda chegou a outra I, também de pijama, e tomámos todos um pequeno almoço de torradas e leitinhos, na mesa da cozinha.

 

Gostei tanto de ver as quatro miúdas, todas com poucos meses de diferença, todas tão diferentes ( excepto as minhas "gémeas" de 5 e 7 anos, como toda a gente acha que são), a bribnacrem por ali , de pijama e chinelo, uma festa do pijama pela manhã.

 

Parece-me que vai ser um belo dia

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:42

17
Set 10

O meu mais que tudo anda a querer superar-me!

De há meses para cá, anda sobrecarregado de trabalho, então nas últimas duas semanas, e as que vêm também, nem se fala!

O que lhe dá um belo humor...oh, meu amor, como te compreeendo!

 

Hoje afligiu-me as miúdas nem perguntarem por ele, que já estava em Guimarães quando estavamos ainda para sair de casa. Ontem só o viram uns minutos, ao pequeno almoço. Hoje ouviram-lhe a voz no telemóvel. E se não conseguir acabar o trabalho que levou para fazer, ainda terá que ficar lá para amanhã.

 

A nossa família deve ser uma caso de estudo...ou então vem aí alguém dizer que quase não prestamos os serviços mínimos.

 

Eu, vou tentando abrir os olhos e tenho feito o possível para sair mais cedo, e vejam lá, cozinhei ao jantar quase todos os dias desta semana. Sai para além das 21:30h, mas ao menos estamos em casa! Todos os dias tem comido o jantar aquecido no microondas, em horário variável entre as 23h e as 2 h da manhã.

 

E no entanto, está a fazer-lhe tão bem, estar como chefe de equipa, com lider, como apaga fogos. E ainda não lhe telefonam tantas vezes ao dia como a mim...

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:50

06
Set 10

Sexta feira, fiquei a trabalhar até tarde, como de costume.

Preparei a aula de hoje, respondi a uns emails e enviei um email potente a um cliente que me anda a perturbar todos os sistemas: o meu sistema nervoso, o sistema familiar e a empresa. Aguardo pelas consequências numa reunião dentro de alguns minutos. Com serenidade. Um email que já devia ter seguido há muito tempo. Uma decisão que só perca por tardia.

E hoje, vou ser superior, calma e tentarei ser educadamente arrogante. Se não conseguir tudo, dispenso o educadamente. Tudo o resto terei de ter.

 

O que eu sei é que, bem mais leve, arranquei  sexta feira à noite, com meia dúzia de tralhas, sem jantar, para mais um dos fins de semana relâmpago, que ocorrem duas ou três vezes por ano, e onde decidimos em cima da hora. Vamos? É já...Agarrámos nas miúdas e na tenda de campismo, e rumámos primeiro a Abrantes, depois para a Barragem de Montargil, para dois dias de filhas,exploração, geocaching, água morna, sol, sobrinhos e amigos.

É nestes fim de semana que somos imbatíveis

 

Soube bem, mas acabou-se. Hoje, a vida  continua, no mundo real.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 15:16

29
Ago 10

Tudo a dormir, e eu aqui no computador.

Dei uma volta pelas notícias, fui espreitar a "fotonovela apaixonante" de dois blogs que tenho cuscado ( gostava de ter uma paixão assim!), e comi dois figos deliciosos, enquanto mais ninguém acorda.

 

O dia ontem foi menos mau do que esperava, e noite foi ainda melhor do que eu poderia esperar, e hoje o dia acordou lindo.

 

Adoro manhãs assim!

 

E como hoje é domingo, haverá panquecas para o pequeno almoço..........Procurem a receita, que ela anda por aí no blog, há uns meses atrás.

 

Ups! Acordaram os passarotes. Tenho que ir dar comer à filharada.

 

Lá se vão os grande os planos de concluir as apresentações para as próximas duas aulas. Está bonito, sim senhor!

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:18

27
Ago 10

Os dias voam e sugam-nos a vida e a alma.

 

Todos os dias, tem sido 10, 11, 12h por conta do trabalho, eu e o R, e sobra pouco tempo para as filhas, que se queixam. Estão saturadas de estar em casa da avó e anseiam pela escola. A avó deve ansiar muito mais que elas....

 

Os stresses do trabalhos têm potenciado discussões em casa, e se o mês passado foi passado em lua de mel, este é mais lua de fel. Estou a tentar ser paciente, mas custa-me um bocado ouvi-lo sempre rabugento, sempre insatisfeito, sempre irritado, sempre amuado, a roer-se de inveja do que não tem ou que não faz e que outros têm e fazem. Com um bocado, quero dizer ESTOU FARTA até à ponta dos cabelos!

Tudo é motivo para amuar. E porquê? Porque não tem tomates para chamar  o chefe ou o patrão e dizer-lhes que assim não dá, nem pode ser e que não está disposto a continuar assim.

Sinceramente, o que me apetece é agarrar no telefone dele , ligar ao patrão e dizer-lhe com todas as letras  que o seu funcionário tal tem isto e aquilo para lhe dizer, e que esta situação está a tornar a vida cá de casa num inferno.

Imediatamente , a vida cá de casa passaria a ser dois infernos e três purgatórios!

 

Por mim, não tenho muito bom trabalho, mas tinho tido muito trabalho chato, o que não faz de mim a pessoa mais satisfeita. Chegar ao fim do dia e juntar uma estourada, um amuado e duas parvinhas, é uma mistura explosiva.

 

No meio disto tudo, durante este mês ainda conseguimos acumular energia e completar o ramalhete  com as festas de aniversário das duas garotas, do bisavô e da prima , o batizado da outra prima e o piquenique familiar. Mais ainda, consultas de pediatra e GO, tudo no espaço de menos de um mês.É dose!

Ter a cabeça a mil à hora com trabalho e ainda conseguir arranjar tenho para toda a organização, compras, cozinhados, viagens, roupas, deu cabo da minha "força anímica".

 

Amanhã é sábado, mas vai sobrar trabalho para amanhã, e chatices.

 

Porque eu vou levantar-me cedo, e mais ninguém se vai levantar. Mas depois ele irá queixar-se que não vamos à praia, ou fazer geocaching, sem se lembrar que é o mais demorado a fazer tudo, a despachar.se, com horas na casa de banho, e coisas imprescindíveis no computador, como longas comparações de coisas sobre as quais não tomará qualquer decisão, e que quando finalmente essa decisão ocorrer, achará que estará errada. E quando eu estiver cansada  e um pouco mais atrasada, depois de me ter arranjado a mim, às miúdas, roupas, extra, lanchinhos, roupas a lavar e a secar, ele vai estar a meter a chave à porta e a queixar-se do meu atraso, e como nunca conseguimos fazer nada, e como ele não vai ao karting há meses . Como se fosse eu que tivesse avariado o karting. Como se fosse eu que tivesse de o arranjar. Como se eu o tivesse proibido de ir andar noutro alugado, o levá-lo a quem o arranje. Não me peça é para ficar horas à chapa do sol ou a raspar frio, num kartodromo, a tomar conta das garotas, e não corram, não saltem, vão cair, vão magoar-se, fiquem quietas, estou cansada, tenho fome, tenho chichi, enquanto ele anda às voltas, debaixo de um ruído ensurdecedor.

Porque no momento em que ele não estiver a fazer nada de jeito e eu ligar o computador para trabalhar, vai prender o burro porque queria exactamente ir fazer qualquer coisa nesse momento.

Porque depois vai andar de trombas o resto do dia, a falar pelos cantos, com voz sumida, meias frases, para eu ouvir mas de modo que eu não perceber. Como sempre irei furiosa atrás dele para ele me dizer na cara ou que resmunga entre dentres, e a discussão e a gritaria vai instalar-se.

 

Às vezes, são mesmo assim os nossos dias em que estamos todos juntos.

 

É fod.......

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:10

26
Ago 10

As miúdas andam na Escola Pública. Eu também andei, na escola primária, e do 9º ano até ao fim da universidade.

 

Durante o infantário, nunca tive nada a apontar, achei que correu tudo muito bem, dentro das possíbilidades e contingência orçamental.

No entanto, descontentou-me e grandemente, a entrada da mais velha para a Escola primária ( e vou abster-me de usa as novas terminologias quer de anos lectivos , quer de funcionários, porque lá por terem mudado de nome, é tudo a mesma coisa).

 

Entrei para a Associação de pais, para o Conselho Escolar, faço das tripas coração para participar e colaborar em tudo o que me é pedido, apresento propostas para o que acho que é preciso mudar,mas mesmo assim, continuo a achar aquilo tudo de uma pobreza de espirito, camuflada sempre pela resposta  "não temos verba", Não tenmos meios", etc... assim de tudo não têm boa vontadae!!( embora existam as honrosas excepções).

 

Entretanto, arrasta-se há anos a guerra com uma das probessoras, que, felizmente, não é das minhas filhas, mas poderá vir a ser da mais nova. E eu não quero. Até pode vir outra pior, mas aquela, eu sei que não quero.

 

Se, ao contrário do previsto, ela não sair, e não querendo que ela calhe a nenhuma das minhas filhas, tenho de as mudar eu de escola. E se as escolas públcas deixarem de ser opção, e digo, estou mesmo desiludida com a escola primária, têm de ir para um colégio. Ora isso quer dizer que ao fim do mês, terei gasto cerca de 700€ entre escola, cantina e actividades, mais um monte de extras que nem estou a conseguir contabilizar, em colégios de freiras, que ainda vão sendo os menos maus, por aqui por este lado. Nem é a questão das freiras, se bem que preferisse um ensino menos religioso, mas é muito dinheiro!É que se eu mudar uma, tenho de mudar as duas!

 

Pelo sim pelo não, telefonei a um monte de sítios, para constatar que, de facto, não há vagas.

 

 

Se daqui a 15 dias passo na escola e vejo lá aquela mulher, eu nem sei o que diga, mas decerto terei uma conversinha com o director do agrupamento. Pamonhas do "c........"

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:40

20
Ago 10

Ainda esta semana fiz análise e em todos os valores diz que eu estava em fase Folicular. Assim sendo, porque é que ,em simultâneo, se verificou o fim da fase luteinizante?

 

Eu sou mesmo uma maravilha da natureza. Um fenómeno melhor que o do Entroncamento.

 

Por favor Dra. A, receite-me os comprimidos e as injecções para eu voltar a engravidar, que depois pode aproveitar a cesariana e tirar tudo, incluindo banha.

 

Enquanto não engravidar não consigo fazer um tratamento radical para emagrecer em tempo útil. Enquanto não fizer esse tratamento, não emagreço. Enquanto não emagrecer as hormonas não vão ao sítio. Enquanto as hormonas não forem ao sítio eu não engravido. Em quanto não engravido vou engordando.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 16:06

Quando era pequena, sempre ouvi dizer das intrigas familiares que, nessa altura envolviam os irmãos da minha avó materna ou umas primas do meu pai. E sempre em tom reprovador, os meus pais comentavam e eu cresci a pensar na tristeza que não seria uma família assim.

 

Mais tarde, comecei a assistir às tricas entre a minha sogra e a sogra dela, entre a minha sogra e a cunhada, o mesmo que dizer entre o meu sogro e a irmã.

 

Entre colegas, irmãos que não falavam com irmãos, pais que não falavam com filhos, filhos que não falavam com pais, pais separados que nem se quer se falavam, avós que não conheciam os netos...

 

Eu e R decidimos estar neutros, porque no meio dessas guerras, nenhum dos lados é inocente

 

E não é que agora, entre os meus pais e os meus tios está para o mesmo? Irmã com irmã e irmão com irmão! "Oh qui carago!".  Tento manter-me de fora, mas outro dia mandei um coice, que pensei que desta ia passar a ser também pais contra filha mais velha.

 

Mas o que eu não posso admitir é que as minhas filhas andem a rolar pelo meio! Matem-se, esfolem-se, mas livrem-se de as usar para qualquer que seja o motivo da guerrilha.

 

O que me lixa no meio disto tudo, é que há uns anos, eramos todos uma família modelo, e quem vinha de fora e entrava na família admirava-se e gostava.

 

Agora, cada dia mais me parece tudo uma fachada, e desgosta-me um demembramento contínuo. Não bastava as voltas da vida, os casamentos distantes, as vistas só de fim de semana, agora são mais estas merdas, que mais dia menos dia hão-de sair do campo dos pais e passar para os filhos e primos.

 

Assusta-me ainda mais na medida em que eu já estou a acumular emoções e discursos, e no dia em que abrir a boca, tudo me vai sair sem pensar, e mesmo que todo o meu cérebro, todo o meu coração, todo o meu corpo, todos à minha volta diagam: Cala-te, é melhor deixar como está!" e eu vou falar, falar, falar, reclamar acusar, consciente de que estou a partir a louças e que talvez não seja possível compor todos os cacos. Mas parto na mesma.

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:46

19
Ago 10

A minha pequenina faz 5 anos. É a coisa mais linda deste mundo. A minha Linda I.

 

No seu mau feitio, revejo-a como uma extensão de mim, o que eu acho que fui quando tinha a idade dela, e penso no que ela possa ser quando for da minha.

 

O meu coração derrete-se por ela, e há meses que anda apertado só de pensar que daqui a uns dias vai fazer um cateterismo para tapar um buraquinho no coração...

 

Papanique, a mamã ama-te muito. Deliciosa! Gulosa! ( de chocolate, mimos e massagens!)

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:29

18
Ago 10

A aplicabilidade das Leis de Murphy ( e outros). ( desde já obrigada, a quem compilou o meu fado..)

 

Os dias têm corrido a um ritmo alucinante e ressinto-me disso amargamente. Não bastassem os erros que acabo por cometer, há dias em que tudo conjura contra mim, e há semanas e meses em que esses dias ocorrem com demasiada frequência.

 

1- Tenho a despensa quase vazia.

2- A minúscula faz anos amanhã.

3- Tenho algum trabalho atrasado.

 

 Domingo não deu para ir às compras, e eu pensei, "amanhã à noite, quando chegar de Lisboa"

Segunda feira Fui fazer análises que me confirmaram o que eu já sabia e não queria saber (paguei os olhos da cara por serem sem receita!), e, estando atrasada, ainda tive de esperar sossegadinha 20 minutos. Tão sossegadinha que pensaram que eu tinha saído e passaram pessoas há minha frente, pelo que me atrasei ainda mais.

Fui ao escritório buscar papelada e segui para as obras. Chegada lá, esperei, esperei, esperei, e por fim a fiscalização chegou. Já eram 14h, quando estavamos para ir almoçar, e chega a protecção civil para uma vistoria da obra ao lado, do mesmo encarregado e fiscal. Ficaram eles, fui almoçar, paguei um balúrdio e voltei. Ainda lá estavam, e voltei a esperar. Perto das 16h terminaram, e pudemos seguir para outra obra. Eu segui, eles pararam para almoçar, e eu esperei, esperei, esperei, Saí de lá perto das 20h, cheguei a casa depois das 21, cansada, estourada e ainda fui fazer o jantar, e já não fui às compras.E eu pensei, "amanhã à noite, quando sair do escritório"

 

Terça feira, fui cedo para o escritório e perdi que tempos a preparar papelada para uma reunião à tarde, de assuntos que me andam a remoer e a perturbar há alguns tempos. Fui almoçar a correr, voltei ao escritório, arranquei para a reunião, e o homem estava em Lisboa sem se lembrar de mim, e eu em Alcobaça, à espera... Nesse entretanto, um parvalhão qualquer decide que o seu carro cabe entre o meu e outro, e estaciona, batendo, batendo, batendo e voltando a bater, à frente e atrás, no meu e noutro carro. E vai-se embora, deixando o carro literalmente montado em cima do meu. Dizia a recepcionista: oh engenheira, aquele carro vermelho não é seu? Era sim senhora...

Para sair ,fez o mesmo e eu feita "c...." a olhar e ainda fui puxar o meu carro para trás! 

Voltei para o escritório e o trabalho atrasado continuou até depois das 20h, o altura em que o meu cunhado telefonou a perguntar se jantávamos em casa da minha mãe, estavam lá todos e ele ia buscar frango. Pronto, está bem.O R ainda está mais atrasado.

Cheguei lá, e todas as irmãs à espera dos homens, a tomar conta das filhas. Chegam eles quase uma hora depois com o frango, tinham ido a outro lado e tiveram de ficar à espera. Jantámos a correr, mas mesmo assim já era tarde de mais. Entretanto a luz de STOP da carrinha avariou, e o  ainda teve de a mudar...

Chegámos a casa, foi despachar as garotas, dar uma arrumadela a meia dúzia de coisas, apanhar roupa, pôr roupa a lavar, um duche rápido e entretanto era quase 1 da manhã.

 

Hoje foi levantar cedo, despachar tudo, porque às 8 chegava a Dona São, deixar tudo arrumado camas feitas e sair. Deixei as miúdas em casa da avó, levei o carro do marido à inspecção, fui buscar o resto das análises, e não estavam prontas. Fui buscar um vestido à lavandaria e ainda não eram 10h já estav no escritório a responder a emails. Chovia.E eu com o cabelo para pintar. Lá fui. Porque qiando eu arranjo o cabelo, chove sempre para estragar tudo. Mas estava mesmo a precisar de pintar. 35 anos e o cabelo quase todo branco!

Voltei para o escritório e ainda fiz mais hora e meia de trabalho. Fui almoçar a correr, porque tinha médico de medicina do trabalho, e foi então que me lembrei que faltava o boletim das vacinas. Fuck! Fui deixar a roupa para passar na Alzira.Voltei a casa e segui para leiria, com o IC2 em obra, cortando-me o acesso ao consultório onde nunca tinha ido, e apenas tinha um vaga ideia de onde fosse. Atrasada, telefonei, e estava longe... ou seja, cheguei tarde, lembraram-me  de minha obesidade, a balança marcou mais que nunca e eu ia-me passando. A seguir, era suposto ir ao AKi, ao Imaginarium e ao Continente, mas a bicha era enorme, o telemóvel não parava, tinha um cliente às 18, e ficou tudo sem efeito. Segui para o escritório, e quando cheguei era o caos no router e na internet, tudo dava erro, e assim foi até depois das 19h. Imprimi os convites da I a preto e branco, porque sem a rede a funcionar a impressora a cores estava marada, e fui buscar as miúdas para ir distribuir convites. pelo meio ainda telefonei para saber onde morava este ou aquele, e com as horas contadas, fui buscar as meninas, distribui convites ( e quase tudo de férias!), fui buscar a roupa passada, e estando atrasada para um compromisso à 20h, telefonaram a desmarcar. Telefonei ao marido , para irmos à compras, e ele respondeu-me torto e apresssado, hoje não vai dar, tenho de entregar o trabalho, vai andando para casa! E eu fui, contrariada, mas fui. A luz da gasolina acendeu, e eu parei nas bombas para abastecer. Tudo em piloto automático, absorvida por tanto atraso junto e tanta coisa para fazer. ia para pagar e não dava com o cartão. Paguei com outro. Estava a entrar na estrada , aparece uma senhora a correr , porque tinha o tampão do depósito no tejadilho e o depósito aberto. parei o carro na berma, saí, fechei o depósito e voltei para o carro. E ele pegou? Não. Telefonei ao marido, agora não, telefona ao T, faz assim, faz assado,conclusão, "olha, põe o triangulo e vai com as menonas a pé para casa, já é perto" . De facto, assim parece, mas a verdade é que ainda deu quase 25 minutos estrada fora, com as garotas. O carro ficou lá. Logo se há-de ver...

Chegada a casa, a tarefa cozinhar para o jantar mostrou-se coplicada, com tão poucas opções. massa com salsichas e está a andar. Que se lixe.

 

Amanhã terei o trabalho atrasado na mesma, e seguirei para o escritório. E irei à compras à hora de almoço, porque às 18h terei de ter a festinha da I preparada, e o jantar a caminho para não sei quantas pessoas, porque agora é tudo muito fino, todos precisam de convite especial, mas depois ninguém sabe se vem ou não. Isto se tiver carro. Se não tiver, não sei bem como fazer 10 km de casa ao escritório, fazer compras, voltar, ou então tendo eu o carro, ir levar as miúdas, levar o marido, voltar, trabalhar, ir às compras, ir buscar o marido, preparar a festa, etc..etc...

 

De que me serve ser a minha "patroa", se a gestão do meu tempo, em vez de me facilitar, está cada vez pior?

 

Um dia deste, fico maluca, a sério que fico.

É que isto é apenas uma pequena amostra dos meus dias.

 

E agora que as miúdas já jantaram, tenho de as despachar, e R continua por chegar. Terei de fazer doces sozinha, apesar de estar estourada, porque amanhã não vai dar.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 21:37

17
Ago 10

No final de semana foram as festas da Batalha e levámos as miúdas, depois de jantar, para ver o Festival de Folclore, no sábado, Rui Veloso no domingo.

 

Continuamos a achar que todas as experiências culturais, quer sejam do nosso agrado ou não, as vão ajudar a crescer. E no fim, ainda ficaram fascinadas pelo corridinho! Vá-se-lá saber porquê.

 

Preferi Rui Veloso. Estava a gostar de ouvir, até começarem com o" tenho xixi", "tenho sono", e lá voltámos a casa depois de uma das minhas favoritas

 

 

 

(Faz de conta que foi lá, o cenário era o mesmo, só estavamos um pouco mais perto)

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:46

13
Ago 10

Estou KNOCK OUT.

 

Um mal estar geral abateu-se sobre mim, mas já não é de hoje.

 

Nos últimos 15 dias já gastei quase 40 euros em testes de gravidez, mas sou burra e não entendo, ou não quero entender, que se apesar de um grande atraso aquilo diz não, é porque é não. E será outra coisa qualquer.

 

Sinto calores, suores, cansaço ( eu sei, está calor, tenho trabalhado muitas horas, dormido pouco, mas não é SÓ isso).

 

São muitos meses à espera... e parece que ainda vou ter de esperar.

 

De qualquer modo, já marquei a revisão na GO do costume, que me vai dizer que sou louca, que tenho duas filhas lindas, uma vida complicada e trabalhosa, para quê outro filho, blá blá blá, aproveitar a vida,  conversas de quem já me conhece desde os 16 anos (e vou nos 35...).

E vai ouvir a conversa do costume, que eu quero, e que não vou ficar mais nova, e que quanto mais tarde mais riscos, e que com duas cesarianas ela limitou-me a 4 e eu só peço 3...e lembrá-la que faz na próxima semana 5 anos, debaixo de uma epidural e com uma bonequinha cabeluda acabadinha de sair da barriga, marquei encontro com ela naquele bloco operatório para o ano de 2007, para ir buscar um Alexandre, e já estamos em 2010 e nada.

 

Nesta guerra estou quase sozinha. É do conhecimento geral de quem convive comigo que eu quero ter mais filhos. Sorriem e dizem que é preciso ter coragem, ou dizem que estou doida, que a vida está difícil, e mais isto, e mais aquilo.

 

Ele , nem apoia nem deixa de apoiar. Acho que me diz que sim com um misto de não me querer ver triste , mas com medo do que virá, com vontade de ter mais um minúsculo nos braços, mas que cinco na mesma cama já são muitos. Mas pelo menos já deixou de dizer não. E garante que , se vier, será muito amado. Chega-me saber isso.

 

Pelos meus sogros, imagino eu que podiam vir mais 5 ou 6 e eram poucos.

Pelos meus pais, não tenho qualquer dúvida do amor e carinho que mais um bebé iria receber, como as irmãs e primas recebem, mas iriam suspirar e falar e  mandar pensar duas vezes , nas dificuldades da vida, nas incertezas e como tomar conta de mais um...é claro que aqui eu tinha de arranjar uma empregada para ajudar a minha mãe, porque ficar com 4+1ia ser uma dose . Por isso, nem abro a boca, nem comento ou desabafo, para evitar sofrimentos antecipados, a ambas as partes.

 

Nunca falei muito destes assuntos com as minhas irmãs, porque em solteira não era suposto haver "actividade", e depois de casada, continuei sem ter muit à vaontade para abordar estes assuntos.

Com amigas, no geral ( e também porque não tenho assim tantas), não falo. Porque invejo aqueles que, como diz a D,  só precisam "dar meia"...

Com a I, às vezes ainda falo qualquer coisita, mas nunca fui de entrar muito em pormenores, esses são só meus e do R.

 

(Além de que ainda me podem cobiçar o homem, se eu contasse as suas habilidades, e não posso arriscar-me a perdê-lo para uma invejosa qualquer!)

 

O que eu sei é que temos treinado, e bem!, diga-se de passagem, mas como uma selecção à portuguesa, os golos não surgem.

 

E se isto não fosse suficientemente mau, não sei quando me vem o período, e pode aparecer a qualquer hora! De enxurrada, como de costume! Nas obras, longe de casa ou de uma casa de banho ou de uma muda de roupa estratégica.

 

E já nem sequer vou entrar pelas hipoteticas doenças a que isto pode estar ligado, já nem vou por aí, senão...

publicado por na primeira pessoa do singular às 19:33

12
Ago 10

Hoje o meu avô Zé faz 85 anos.

De duro e tirano passou a um velhote doente e indefeso, que admite às 4 bisnetas o que nunca admitiu aos 10 netos(as) e muito menos às 2 filhas.

 

Picuinhas, se lhe doi um dedo já está a morrer, diabético, insuficiente cardiaco e renal, e outras coisas mais, típicas da idade, saltita de casa de uma filha para casa de outra, quero dizer atravessa o carreiro do quintal, como se de 15 em 15 dias emigrasse para a Austrália.

Vive de rotinas e restrições, e um dia sem Orações, Terço no rádio e Preço Certo não é dia. Arrasta-se como um comboio a vapor, com suspiros e "ai jesus!" com sotaque do Norte.

Preconceituoso. Religioso. mais infeliz do que a conta porque nunca quiz , ou nunca conseguiu abrir os olhos para além do que umas linhas rigorosas que lhe traçam limites à esquerda e à direita. Mais à limitada à esquerda do que à direita, é certo, porque os de esquerda, ui "Balha-me Nossa  Senhora!".

Foi agricultor, polícia, militar, segurança. Nunca chegou a rico.

 

 

A avó Tina morreu há 8 anos, e foi nesta data a enterrar. O oposto do marido, franzina, pequena, magrinha, encarquilhada, doente toda a vida, e no entanto, activa até ter ficado confinada ao sofá e à cama, no últimos anos de vida.

 

A avó Matilde morreu à 17 anos, o avô Quim há mais de 30.

 

Fica para outro dia falar mais sobre eles.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:50

26
Jul 10

Oh férias 5 estrelas...

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:13

Graças ao geocaching descobrimos sítios fabulosos nestas férias. Portugal tem sítios mesmo mesmo muito bonitos!

 

E cheios de estrangeiros, alemães, espanhóis, ingleses, que sabem descobrí-los primeiro que nós. Fazem eles muito bem.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:11

Dois dias no Algarve, porque sim, para as garotas passarem um bocado com o primo, e para uma visita aos ao Aquashow.

 

Estava demasiado calor e demasiada gente.

 

Armação de Pêra está com um passeio bonito, e os gelados melhor que nunca. A praia, com um mar calmo e com excelente temperatura, é pequena para tanta gente, e não dá para as garotas brincarem à vontade. Ou estamos mal habituados da espaçosa, apesar de reduzida, praia do Carvalhal da Rocha.

 

Uma passagem no Kartódromo para R matar saudades de uma corridinha e para geocaching

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:06

11 dias de férias foram um luxo para a nossa família! Há anos que não sabiamos o que eram tantos dias.

 

Pela quarta vez, optámos pela Praia do Carvalhal da Rocha, ( Brejão, S. Teotónio, Odemira), na bela costa do Sudoeste Alentejano e Vicentina.

Pela terceira vez ficámos no Parque de Campismo do Monte do Carvalhal da Rocha, e é uma felicidade adormecer ao som do mar, dos grilos e râs.

Adoramos acampar, e este parque, não sendo dos mais bonitos ou luxuosos, é muito acolhedor e , sobretudo, sossegado e com boas instalações.

 

A praia, que adoramos, é pouco frequentada, e é ver famílias e criançada à vontade, na brincadeira, em poças de água na maré baixa, arranjando amigos, e sempre à vista dos pais.

 

A paisagem é linda, tanto na praia como nas redondezas, com arribas belíssimas e praias desertas fabulosas.

 

E assim são as nossas férias, simples, sossegadas, relaxantes.

 

Como nota importantíssima, e de grande contributo para a Bandeira azul, mais do que o apoio de praia, Wcs, bons acessos e estacionamento, mesmo para pessoas deficientes, é que o bar da praia tem  rede de internet de borla, mas não há qualquer rede de telefone. O TELEMÓVEL NÃO TOCA!!!!! Yupi!!!!

 

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:52

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