Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

24
Mai 12

não sou como ele, e morro de medo de morrer.

 

De dia para dia, à medida que fico mais consciente do que sou, como estou, tenho mais medo dos dias que vêm?

 

Em cima da minha cabeça, paira um sinal luminoso fluorescente, visível a quilómetros de distância: OBESA, a maneira simpática de se referirem à GORDA.

 

Não interessa se a minha  tensão é baixa, se a glicémia é baixa, se o colestrol e os triglicrideos também não estão assim tão altos.

 

Sou gorda, e  no letreiro vai rodando, como no letreiro do cinema: AVC, ATAQUE CARDÍACO, DIABETES, EDEMAS, VARIZES, INSUFICIÊNCIA CARDIACA, RESPIRATÓRIA E RENAL, CIRROSE NÃO ALCOÓLICA, OBESIDADE MÓRBIDA...

 

E por este sinal estar acoplado a mim, não preciso que me lembrem a todos os minutos

 

Até porque todos os dias me vejo ao espelho, e nota-se a papada no pescoço, o abdomem dilatado, o pneu, limitado pela cicatriz das cesarianas, as coxas grossas, os tornozelos inchados, e braços enormes.

 

Até por sinto o cansaço, a respiração ofegante, as dores nos pés, o aperto no peito. Porque dou comigo a ressonar, e acordo com as mãos dormentes, dores nas costas, e ainda mais cansada do que antes de ter acordado.

 

Até porque fica difícil estar dobrada, acocorada, ajoelhada. Até porque sexo muito bom podia ser óptimo, sem uma barriga grande, sem uma pernas gordas. para mim, e, decerto, para ele.

 

Até porque tenho SOP, o do ovários poliquísticos, que, como pescadinha de rabo na boca, me baralha o sistema, e me leva a engordar, a sentir fome , por ser insulinoresistente, a que as minhas hormonas estejam malucas, e o perído variae de ausência prolongada a enxurradas monumentais, que não ovule como deve de ser, que às vezes tenha quistos do tamanho de laranjas, e que tr~es anos para engravidadr seja um tempo curto, porque isto não vai lá sem tratamentos, injecções, comprimidos, dores e ansiedades...

 

Até porque comprar roupa é um martírio, comprar sapatos são dois. Mas não sofrerei por causa do top ou do biquini, nem da sandalinha de salto alto...pois sei que não vou comprar. Não me serve. Não vou usar. Tenho vergonha do corpo, e tenho orgulho.

 

 

E gosto de comer, sim senhora, e sei cozinhar, e cozinho coisas boas.

Mas cozinho com pouca gordura, não faço nem como bolos todos os dias,  não bebo nem compro refrigerantes com frequência. Como pão de mistura. ADoro, mas não vou frequentemente a restaurantes de fast-food. Não gosto de alface, mas como. Não gosto de leite branco, nem de couves verdes escuras. Nem de caras de bacalhau, nem de peixe cozido. por isso bebo leito com chocolate, couves lombardas, grelos e bróculos, e peixe grelhado.

 

Já fiz dietas medicamente assistidas para todos os gostos, massagens, injecções., ginástica. Tudo funciona no in´cio, depois de umas semanas o efeito cessa, e ao fim de uns meses eu desisto. É assim desde 1999, quando eu pesava menos 50 quilos.

 

Todos os dias olho para mim e digo-me, ordeno-me que acredite que eu sou mais do que este corpo. E cumpro a minha ordem. Mexo-me, sou activa, falo, motivo, escrevo. Mexo-me menos do que devia do pescoço para baixo.

 

Mas a cada dor, a cada nova doença, a qualquer picadela que eu suspeite ser parecida com um qualquer sintoma de tudo o que passa no rodapé do placard, vou-me abaixo, porque tenho duas filhas e um marido. Eles precisam de mim, e eu quero vê-las crescer, e envelhecer ao lado dele.

 

Sim tenho muito medo de morrer, todos os dias, e hoje foi mais um deles, após cansaço inexplicável, tonturas, aliadas aos belos efeitos da metformina. Dor de cabeça, tensão baixa, açucar baixo, foi o que se veio a concluir. Hoje. Amnahã, não sei

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 21:17

02
Nov 11

Eram seis da manhã, e rebolava na cama há alhum tempo.

 

Ele sentiu-me acordada e abraçou-me. Disse-lhe: Quero fechar a empresa. E expliquei-lhe que o quero fazer antes de ter dívidas, o que será já no final do mês, o o dinheiro continuar sem entrar. E, no telemóvel dele, moostrei-lhe o que há de anúncios para engenheiros, os que já concorri, e tudo mais.

Chorei, desesperei, mas aliviei o coração.

Só me abraçou, e pouco depois voltou a adormecer.

 

 

Senti-me  um pouco mais leve. Um pouquinho, só. Mas qualquer coisa.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 15:04

30
Set 11

Fui adepta tardia, confesso, mas fiquei conquistada.

 

A lista de amigos é reduzida, é certo, porque ainda que goste muito de falar, acho que nem todos estarão aptos ou serão desejáveis, para o que eu digo, escrevo ou exponho.

 

De vez enquando procuro colegas da escola ou da Universidade, ou chegam-me de mão beijada por serem amigos de amigos .

 

Olhar para muitos daqueles perfis e ver a situação profissional de muitos têm-me feito pensar, e admitir que fiz muitas escolhas erradas na minha vida. Acima de tudo, escolhas profissionais.

 

Ao que parece, sucesso profissional é coisa que não falta. E vêm-se os amigos sorridentes, em fotografias tiradas em diversos destinos de férias por todo o mundo, as amigas sorridentes com o seu bando de filhotes de uniforme da escolinha, os bem sucedidos cá, os bem sucedidos no estrangeiro...tudo parece ser maravilhoso.

 

E eu aqui...numa micro empresa que já só tem o nariz de fora para respirar, e pouco mais. Com férias no campismo  e já vou com muita sorte!

 

Falhou tudo. Tudo. Só tenho a minha dignidade e a a minha família. E, pela primeira vez , desde que comecei a trabalhar, há 13 anos, vivo à custa do ordenado do marido. Isto está a deixar-me doida.

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:13

21
Ago 11

Eu sou forte. Tenho um tamanho aumentado, por inércia, dores, e pratos de comida bem atestados.

Dantes, eu era magra. Em algumas alturas da vida, demasiado magra, até. Um dia comecei a trabalhar. Deixei de ter horas livres, descanso e boa vida. E passei a ter fome, devoradora, fome de tudo o que me soubesse bem. Nunca mais nenhuma dieta fez de mim o que era, antes pelo contrário. Hoje, e desde há vários meses, que não subo à balança. Já nem quero ver. E depois choro, quando penso a sério no que me estou a transformar todos os dias.

 

Eu sou forte. Decidida, de ideia fixas. Consigo dizer-me que tenho de acordar às 2, 4 6 da manhã para acabar um trabalho, cozinhar um banquete para a família. Quando isto se repete várias vezes numa semana, fica difícil, mas sei o que tenho de fazer, e faço-o. Dantes, seria capaz de o fazer por uma boa corrida, um passeio a pé ou de bicicleta. Há cerca de um mês, fi-lo, para ir pescar de madrugada com o R., e podermos disfrutar do prazer ao nascer do sol numa praia deserta e inacessível. E no entanto, ainda não o fiz para subir para a bicicleta que estáali, a 60cm da minha cama.

 

Eu sou forte. Mas estou a deixar de o ser.

às vezes penso que, se a vida fosse só minha ( e não o é, tenho os meus 3 amores!), seria capaz de tudo. Todos os dias me levantaria cedo e faria a ginástica, a caminhada, a dieta. Todos os dias iria trabalhar para uma empresa que me pagaria bem, e trabalharia tudo, daria o litro, e voltaria livre de outras preocupações para casa. E seria magra. Mentira! Porque não sei ser só eu, nem seria feliz sem eles, e quando estou só eu, a preguiça também não me larga.

às vezes penso que largaria tudo e passaria a uma vida frugal, algures no fim do mundo, a pôr ao serviço dos Homens os meus conhecimentos e as minhas mãos. E que emagreceria por via da frugalidade e de tudo o que simplesmente não existiria a mais nessa vida simples. E seria magra. Mentira! porque tdos os dias tenho a oportunidade de simplificar e de estar ao serviço, e muitas vezes não o faço.

 

Hoje estou assim. No remorso de um fim de semana de banquete de reis , para as pessoas que eu mais gosto na vida,que me atestou de calorias, gastos ( e no entanto, felicidade, ironia do destino!).

Com coisas para fazer, a pensar fazê-las, e sem mexer um dedinho, a não ser para teclar frustações num blog.

 

Eu sou Forte.

E quero que amanhã seja o primeiro dia de um novo eu. Ou no dia seguinte. Ou no outro. Ou outro qualquer.

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:19

25
Jul 11

nos últimos dois anos, já poupei quase 300€ em pilulas e afins

e mais de 1000€ em pediatras e vacinas

e mais uns 600€ em leites e fraldas,

 

 

mas já gastei demais em testes, pensos e tampões

 

e nada compensa a falta que eu sinto de mais um filhote, o meu Alexandre que teima em não chegar

publicado por na primeira pessoa do singular às 21:54

08
Jun 11

Tenho saudades de causar o efeito UAUH...

Não a qualquer um, a ele.

 

Parece que me esqueci, ou que se apagou, tudo o que eu sabia sobre esse assunto.

 

Vejo fotos da primas mais novas, ( fonix, que aviões!), das sobrinhas, e já das filhas, que tão minúsculas e já sabem tudo o que é preciso de coqueterie, e sinto-me um mono!

 

Daqui a dois dias, estaremos todas juntas, outra vez, e eu vou sentir saudades do que eu era há 12 ou 13 anos atrás, assim, como elas. Bonita, jeitosa, apetitosa mesmo - e eu sei bem que o era!, e, sentindo-me jovem ( ainda não me capacitei que tenho 36 anos), serei a prima velha e gorda. Definitivamente, aquela que cumpriu com todos os preceitos. A que namorou para casar, casou e teve filhos ( e disto não me arrependo, nem mudava um milímetro!), aquela que fez o seu curso no prazo certo, passarando pela universidade no sentido estrito do dever, com notas não excelentes, mas razoáveis, a que não foi à excursão de finalistas, a que nunca apanhou uma bebedeira, a que raramente saía à noite. A certinha . A que FOI bem sucedida no emprego, desde o 1º até ao 3000º dia de trabalho ( daí em diante, acho duvidável...).

A refilona, opiniosa, que não leva desaforos para casa. A corajosa, que enfrenta desafios. A lider, que chefia(va) equipas de muitos homens. A que teve ciragem de empreender...

 

Esse vestido fica-te bem, será talvez o mais simpático para o ego que ouvirei. Não um ficas bem dentro desse vestido. Cortezmente, talvez um "estás mais magra?", e rirei de mim própria, e sairá uma fabulosa piada de humor negro, que deixará o outro lado feliz de ver como eu sou tão feliz e me aceito tão bem assim...

Tens sempre umas sandálias tão giras.. será outra das hipóteses! As sandálias que me causam dores atrozes, mas que, prateadas, douradas, vermelhas, pretas,  de que cor sejam, vistosas, são a maneira de desviar os olhares dos 4/5 superiores do meu corpo.

 

Daqui se vê o emu evitar de espelhos, de fotografias. Se eu só tiver de olhar para mim, de manhã, antes de sair de casa, é como se todo o resto do dia andasse invisível. Eu não me vejo, portanto, ninguém me vê...penso eu...

 

Daqui a dois dias, lá estaremos todas, as conversas serão postas em dia, em mesas separadas, as mais velhas com as mais velhas, as mais novas com as mais novas, eu a mais velha, e sucessivamente 36.35.35.33.31.30.30.27.23.22.21.20.19.18.18..16.12.  17 primos/as, 8 esposos(as)/ namorados(as),  5 filhotas+2 filhotes.

 

As minhas pernas, a minha barriga, a papada do queixo, as peles dos braços. O cabelo indisciplinado. Os óculos.

 

Hoje, não me sai da cabeça. Amanhã, tenho mais em que pensar. Quando for completar a depilação, talvez daqui a 24h, voltará tudo de novo.

 

Ninguém, no entanto, o verá. Talvez ele, talvez se de conta, e me abrace e me mime. Se não o fizer, abraço-me eu a ele.

publicado por na primeira pessoa do singular às 22:32

16
Dez 10

Alucinações, só pode ser.

 

è como se já o sentisse dentro de mim! Como asas de borboleta!

E saber que é tão improvável...e no entanto penso logo no meu menino...que ainda não tenho

 

 

Uma vez o R teve uma cadela que morreu de gravidez imaginária! às tantas dá-me uma coisinha dessas

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:05

19
Nov 10

Nome, já tem. Há muitos anos! Alexandre

 

A essência do seu ser há muito que vive em mim

 

Falta materializar este sonho

 

Novembro costuma ser um mês de mudanças importantes na minha vida:

 

O meu primeiro e único namorado,aniversário do mesmo( que acumula funções como primeiro e único marido ), o meu primeiro emprego, início de vida a doisapós Lua de Mel, 2ª emprego, fabrico da princesa R, fabrico da princesa I,  fim do 4ª emprego e decisão de criar a minha empresa.

 

Podia ser ainda mas especia: e passar a ser o mês oficial de fabrico de duasprincesas e de um princípe

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:05

09
Nov 10

A perereca chorou, muito, nas cinco espetadelas que precisou levar até lhe conseguirem tirar sangue e colocar um cateter.

Amanhã, veremos se o buraquinho do seu coração vai ser fechado com sucesso.

 

O meu bem está a precisar de tratamento. O que lhe doi a ela, doi-me a mim bem mais. Desabei. Longe da vista dela.

 

Ela está feliz , a brincar por aí, já com amigas. O edifício do Pediátrico está velho, em péssimas condições, mas  dentro dos recursos que têm, parece-me que fazem um bom trabalho.

 

As minhas costas arrepiam-se quando olho para o sofá onde vou dormir nas próximas noites. Sofá, sentada. Maravilhoso.Roto. Hérnias.Tudo de bom.

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:35

04
Nov 10

A Papanique do meu coração vai ser operada ao coraçãozinho dela.

 

Há meses que isto me tortura, e está a ser difícil concentrar-me. Tento esquecer o pior dos pensamentos. Não posso ficar sem ela! O que é que me adianta dizerem que é uma operação fácil muito comum? è o meu bebé piri!

 

Se fosse a mim, dizia : corta! Mas não. Não tenho medo nenhum do que me fazem, a morro de medo do que lhe vão fazer

 

Amo-te muito, bebé linda da mamã.

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:58

07
Out 10

- e parece que me vai sair do peito e que toda a gente à volta ouve o "boom-boom, boom-boom"

- as mão suam

- a temperatura do corpo baixa,

- fico enjoada

- fico com dores de barriga e passo a caminhar para a casa de banho ( saída superior e inferior)

- sensação de desmaio/fraqueza

- ataque incontrolável a chocolate/açucar amarelo ou ao doce que estiver mais acessível

- fico alerta, disperta ou  com insónia

 

não, não é paixão, nem nervosismo de namorada teenager que sabe que daí a uns minutos vai ter  um encontro escaldante com o seu mais que tudo...( era bom, não era?)

 

É um ataque de ansiedade a começar... e oh! como eu os conheço tão bem!

 

 

respira, já vai passar, não precisas de nenhum comprimido ( DIGO ISTO A TENTAR CONVENCER_ME; PORQUE NÂO OS TENHO À MÃO...)

publicado por na primeira pessoa do singular às 15:48

25
Set 10

Eu gosto de ouvir e ler o Pedro Ribeiro da Comercial e de Os dias úteis.

 

Senti como se fosse minha.

 

Admirei a sensatez das atitudes seguintes. Espero não passar por tal, mas se isso acontecer gostava de ter a mesma lucidez e presença de espírito.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:19

23
Set 10

Não bastava no país, como ainda por cima na minha vida.

 

Comecemos pela nossa casa: as limpezas da 4ª de manhã da D. São fazem maravilhas, mas a verdade é que a roupa se amontoa, as coisas amontoam-se, existem divisões intocadas durante semanas, livros, papéis, roupa tralha que estão estáticos há semanas em sítios onde não deviam estar. Num pequeno T3 onde moram 4 pessoas e alguns amigos de vez em quando não sei se é suposto isto acontecer. preciso urgentemente de fazer uma limpeza geral, porque a última já foi há dois anos...

 

As roupas são lavadas regularmente, e à quarta feira levo-as à Alzira, que passa e dobra, para levarmos de volta à noite.

Chegada a casa, e não é só desleixo, vai ficando no cesto até à próxima quarta, vai ficando em cima de cadeiras, na cama de bebé sem ocupante, porque as gavetas estão cheias de roupa que já não serve ou precisa de ser escolhida. Bem, a de Inverno já está toda arrumadinha, resta-me a desordem que sobrou de um Verão em que as garotas cresceram desalmadamente.

As meias e cuecas ocupam desorganizadamente e sem grandes hipóteses de se encontar um par em menos de meia hora uma grande divisão do nosso roupeiro do IKEA, e vão entrando e saindo desse espaço desde quando o comprámos.e já antes estavam numa caixa. Cuecas de 4 rabos, meias de oito pés, todos os dias...E não bastando a confusão, a falta de pares é uma coisa que me transcende!

 

No trabalho, as obras mais simples dos últimos tempos têm sido uma dor de cabeça. Não tenho grandes prespectivas de outros trabalhos grandes, mas neste momento, com as aulas do ISLA e da ESTG e o Alentejo quinzenal, o meu horário está a abarrotar, e voltaram as madrugada e as noitadas, que me estão a deixar miseravelmente de rastos. Não bastando isso, o R está para o mesmo e somam-se as 16, 17 e 18h de trabalho diário, várias vezes por semana. E um humor de cão que eu tenho de aturar e respeitar, porque se eu ando estourada, ele não me fica atrás.Os ordenado dele mantém-se, mas na madrugada de ontem o patrão dele informou que ia pagar as horas extras de Agosto e Setembro, em vez de irem para o banco de horas. Esse banco deve ser o BPN das horas, uma vez que ele já tem horas mais que suficientes para não trabalhar até ao fim do ano. Quanto a mim, bem, sou uma patroa muito má, e continuo a dever-me meses e meses de salários e despesas, porque os clientes não pagam, o ISLA há-de pagar no fim do curso em Novembro, e na ESTG não sei nada, porque ainda não tenho contrato. E hoje , por exemplo, já vou dar 6 horas extra de aulas, até à meia noite, para substituir um colega...

 

Isto remete para o horário inacreditável da nossa familia, e explica porque a casa está num caos, a roupa se acumula, as miudas andam cansadas e birrentas, e eu o R deitamonos na cama e é mesmo para tentar dormir. Só. Não há energia nem desejo de mais. Quer dizer, desejo até há, mas se no minuto anterior discutimos por uma coisa da treta, não há ambiente,  ou se um tem de esperar dois minutos pelo outro, quando o último chega à cama já o outro está a dormir.

 

Entretanto, acho que nem é preciso referir que a semana de férias que não tirámos em Setembro deixou de ter qualquer previsão de ser gozada, e por este andar nem a do Natal. Arriscamos a melhorar a marca dos últimos anos 18, 14, 12 e este ano, quem sabe os fabulosos 11 dias , com trabalho pelo meio do querido mês de Julho...

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:17

13
Set 10

São 4:40 da manhã de uma segunda feira e eu já estou sentada ao computador há mais de duas horas. Mais tempo do que estive deitada.

A minha vizinha saiu há minutos de casa e prepara-se para fazer quase 100 km por estradas de qualidade variável até ao emprego, onde deverá chegar cerca das 6 da manhã. Situação do caraças, embora seja rotacional com ciclos de 3 semanas. Recibo verdinho há cerca de 11 anos. Para o Estado.

 

E eu estou aqui porquê?

 

Porque não consegui acabar o trabalho no sábado.

Porque a semana passada trabalhei horas a mais noutras coisas, e fizeram-me perder outras tantas horas a mais em esperas, viagens e cisas sem jeito nenhum.

Porque gastei horas a preparar coisas, compras, reuniões, para a escola que começa daqui a umas horas

Porque me mudaram aulas que seriam no final do mês para hoje de manhã

Porque o manual do curso não se faz sozinho

Porque ontem me recusei a acordar de madrugada para o fazer, desligando o despertador duas vezes e depois definitivamente

Porque o marido e as filhas não têm culpa, e eu não posso ocupara as horas que são deles com trabalho,

 

Assim, ocupo as minhas, mesmo que isso signifique roubar horas ao sono. Mesmo que isso signifique que logo vou estar um farrapo.

 

Significa ainda que não consegui dormir, porque acordei mais cedo do que o despertador, previsto para as 4:25.

Porque tenho a responsabilidade de acabar o trabalho. Porque estamos a ficar sem dinheiro na conta a um ritmo assustador, e eu sem receber dos clientes, alguns dos quais com mais de 90 dias de atraso nos pagamentos. Porque não sei muito bem o que fazer da minha vida, com contas para pagar, carros a darem o badagaio, se isto não leva rumo e me começam a pagara atempo e horas!

 

Trabalha burra!

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 04:47

09
Set 10

Estava eu na minha ronda pelos blogs e passo pelo do costume. Tive um baque. De repente senti o meus aperto no peito como quando me disseram que  T e Z se tinham divorciado. O mesmo choque e angústia, que bem sei que me vai torturar umas boas horas.

Reli e voltei a ler, fui procurar no da outra metade, e só espero ter percebido mal. Só me faltou largar-me aqui a chorar baba e ranho, já que não me livrei de vicar com os olhos vidrados.

 

É estúpido! A minha reacção, quero dizer. Não é nada comigo, não os conheço de lado nenhum, mas de há uns meses para cá passava por ali de vez em quando, para alimentar também a minha paixão e cusquice. Até deu para aprender algumas coisas, ( pelos vistos com uns putos!) a ser mais ousada,e tenho que admitir que talvez tenha ajudado a transformar este ano num dos melhores de sempre a nível sexual. E já estou com o R desde 1991, tinha eu 16 aninhos!

 

Prefiro acreditar que percebi mal, porque gostava de continuar a pôr os olhos em cima de dois blogs tão apaixonados.

 

Suponho que não existam muitos artistas destes por aí. Suponho que vão ficar buracos muito grandes dentro de dois corações. Suponho que, se fosse comigo ia ser uma tragédia grega, com direito a ataques de pânico e ansiedade, e a rastar-me do joelhos a pedir para tudo voltar a ser como era.

 

Quem sabe se ela não estava triste, amargurada, e aquilo lhe saiu, mas só da boca para fora, quem sabe para evitar dizer algo mais importante! Quero acreditar que sim, porque em dias maus, porque os há eu eu e R também os temos, pensei nestes dois como um modelo  de algo que eu queria sentir e transmitir, do fundo do meu coração.

 

Espero que fiquem bem, e que a mim me passe rápido! porque eu tenho muito trabalho, e nem sei para que lado me virar, quanto mais ficar a pensar em separações de duas pessoas que nunca vi nem mais gordas nem mais magras...

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:30

20
Ago 10

Ainda esta semana fiz análise e em todos os valores diz que eu estava em fase Folicular. Assim sendo, porque é que ,em simultâneo, se verificou o fim da fase luteinizante?

 

Eu sou mesmo uma maravilha da natureza. Um fenómeno melhor que o do Entroncamento.

 

Por favor Dra. A, receite-me os comprimidos e as injecções para eu voltar a engravidar, que depois pode aproveitar a cesariana e tirar tudo, incluindo banha.

 

Enquanto não engravidar não consigo fazer um tratamento radical para emagrecer em tempo útil. Enquanto não fizer esse tratamento, não emagreço. Enquanto não emagrecer as hormonas não vão ao sítio. Enquanto as hormonas não forem ao sítio eu não engravido. Em quanto não engravido vou engordando.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 16:06

18
Ago 10

A aplicabilidade das Leis de Murphy ( e outros). ( desde já obrigada, a quem compilou o meu fado..)

 

Os dias têm corrido a um ritmo alucinante e ressinto-me disso amargamente. Não bastassem os erros que acabo por cometer, há dias em que tudo conjura contra mim, e há semanas e meses em que esses dias ocorrem com demasiada frequência.

 

1- Tenho a despensa quase vazia.

2- A minúscula faz anos amanhã.

3- Tenho algum trabalho atrasado.

 

 Domingo não deu para ir às compras, e eu pensei, "amanhã à noite, quando chegar de Lisboa"

Segunda feira Fui fazer análises que me confirmaram o que eu já sabia e não queria saber (paguei os olhos da cara por serem sem receita!), e, estando atrasada, ainda tive de esperar sossegadinha 20 minutos. Tão sossegadinha que pensaram que eu tinha saído e passaram pessoas há minha frente, pelo que me atrasei ainda mais.

Fui ao escritório buscar papelada e segui para as obras. Chegada lá, esperei, esperei, esperei, e por fim a fiscalização chegou. Já eram 14h, quando estavamos para ir almoçar, e chega a protecção civil para uma vistoria da obra ao lado, do mesmo encarregado e fiscal. Ficaram eles, fui almoçar, paguei um balúrdio e voltei. Ainda lá estavam, e voltei a esperar. Perto das 16h terminaram, e pudemos seguir para outra obra. Eu segui, eles pararam para almoçar, e eu esperei, esperei, esperei, Saí de lá perto das 20h, cheguei a casa depois das 21, cansada, estourada e ainda fui fazer o jantar, e já não fui às compras.E eu pensei, "amanhã à noite, quando sair do escritório"

 

Terça feira, fui cedo para o escritório e perdi que tempos a preparar papelada para uma reunião à tarde, de assuntos que me andam a remoer e a perturbar há alguns tempos. Fui almoçar a correr, voltei ao escritório, arranquei para a reunião, e o homem estava em Lisboa sem se lembrar de mim, e eu em Alcobaça, à espera... Nesse entretanto, um parvalhão qualquer decide que o seu carro cabe entre o meu e outro, e estaciona, batendo, batendo, batendo e voltando a bater, à frente e atrás, no meu e noutro carro. E vai-se embora, deixando o carro literalmente montado em cima do meu. Dizia a recepcionista: oh engenheira, aquele carro vermelho não é seu? Era sim senhora...

Para sair ,fez o mesmo e eu feita "c...." a olhar e ainda fui puxar o meu carro para trás! 

Voltei para o escritório e o trabalho atrasado continuou até depois das 20h, o altura em que o meu cunhado telefonou a perguntar se jantávamos em casa da minha mãe, estavam lá todos e ele ia buscar frango. Pronto, está bem.O R ainda está mais atrasado.

Cheguei lá, e todas as irmãs à espera dos homens, a tomar conta das filhas. Chegam eles quase uma hora depois com o frango, tinham ido a outro lado e tiveram de ficar à espera. Jantámos a correr, mas mesmo assim já era tarde de mais. Entretanto a luz de STOP da carrinha avariou, e o  ainda teve de a mudar...

Chegámos a casa, foi despachar as garotas, dar uma arrumadela a meia dúzia de coisas, apanhar roupa, pôr roupa a lavar, um duche rápido e entretanto era quase 1 da manhã.

 

Hoje foi levantar cedo, despachar tudo, porque às 8 chegava a Dona São, deixar tudo arrumado camas feitas e sair. Deixei as miúdas em casa da avó, levei o carro do marido à inspecção, fui buscar o resto das análises, e não estavam prontas. Fui buscar um vestido à lavandaria e ainda não eram 10h já estav no escritório a responder a emails. Chovia.E eu com o cabelo para pintar. Lá fui. Porque qiando eu arranjo o cabelo, chove sempre para estragar tudo. Mas estava mesmo a precisar de pintar. 35 anos e o cabelo quase todo branco!

Voltei para o escritório e ainda fiz mais hora e meia de trabalho. Fui almoçar a correr, porque tinha médico de medicina do trabalho, e foi então que me lembrei que faltava o boletim das vacinas. Fuck! Fui deixar a roupa para passar na Alzira.Voltei a casa e segui para leiria, com o IC2 em obra, cortando-me o acesso ao consultório onde nunca tinha ido, e apenas tinha um vaga ideia de onde fosse. Atrasada, telefonei, e estava longe... ou seja, cheguei tarde, lembraram-me  de minha obesidade, a balança marcou mais que nunca e eu ia-me passando. A seguir, era suposto ir ao AKi, ao Imaginarium e ao Continente, mas a bicha era enorme, o telemóvel não parava, tinha um cliente às 18, e ficou tudo sem efeito. Segui para o escritório, e quando cheguei era o caos no router e na internet, tudo dava erro, e assim foi até depois das 19h. Imprimi os convites da I a preto e branco, porque sem a rede a funcionar a impressora a cores estava marada, e fui buscar as miúdas para ir distribuir convites. pelo meio ainda telefonei para saber onde morava este ou aquele, e com as horas contadas, fui buscar as meninas, distribui convites ( e quase tudo de férias!), fui buscar a roupa passada, e estando atrasada para um compromisso à 20h, telefonaram a desmarcar. Telefonei ao marido , para irmos à compras, e ele respondeu-me torto e apresssado, hoje não vai dar, tenho de entregar o trabalho, vai andando para casa! E eu fui, contrariada, mas fui. A luz da gasolina acendeu, e eu parei nas bombas para abastecer. Tudo em piloto automático, absorvida por tanto atraso junto e tanta coisa para fazer. ia para pagar e não dava com o cartão. Paguei com outro. Estava a entrar na estrada , aparece uma senhora a correr , porque tinha o tampão do depósito no tejadilho e o depósito aberto. parei o carro na berma, saí, fechei o depósito e voltei para o carro. E ele pegou? Não. Telefonei ao marido, agora não, telefona ao T, faz assim, faz assado,conclusão, "olha, põe o triangulo e vai com as menonas a pé para casa, já é perto" . De facto, assim parece, mas a verdade é que ainda deu quase 25 minutos estrada fora, com as garotas. O carro ficou lá. Logo se há-de ver...

Chegada a casa, a tarefa cozinhar para o jantar mostrou-se coplicada, com tão poucas opções. massa com salsichas e está a andar. Que se lixe.

 

Amanhã terei o trabalho atrasado na mesma, e seguirei para o escritório. E irei à compras à hora de almoço, porque às 18h terei de ter a festinha da I preparada, e o jantar a caminho para não sei quantas pessoas, porque agora é tudo muito fino, todos precisam de convite especial, mas depois ninguém sabe se vem ou não. Isto se tiver carro. Se não tiver, não sei bem como fazer 10 km de casa ao escritório, fazer compras, voltar, ou então tendo eu o carro, ir levar as miúdas, levar o marido, voltar, trabalhar, ir às compras, ir buscar o marido, preparar a festa, etc..etc...

 

De que me serve ser a minha "patroa", se a gestão do meu tempo, em vez de me facilitar, está cada vez pior?

 

Um dia deste, fico maluca, a sério que fico.

É que isto é apenas uma pequena amostra dos meus dias.

 

E agora que as miúdas já jantaram, tenho de as despachar, e R continua por chegar. Terei de fazer doces sozinha, apesar de estar estourada, porque amanhã não vai dar.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 21:37

17
Ago 10

Há que tempos que ando com desejos de sair com o marido, sozinhos, à  noite, e sentir o frio, a pele a arrepiar, a excitação do que está para vir, e namorar de mão dada pela praia, ou pela cidade iluminada.

 

Já não seria a mesma menina de corpo gostoso, com uma mini-saia colegial atrevida, de pregas ao xadrez, meias de liga e salto alto  ( e insegura), e talvez esta situação reduza os arrepios de frio e "medo", mas a verdade é que quero sentir outra vez as borboletas no estômago, o tremer de vontade de ser agarrada, e beijada e outras coisas mais , com a mais valia de toda a experiência adquirida, por ambos, em quase 19 anos de corpo a corpo, pele na pele.

 

e sem carjacking, se faz favor, que aos 35 anos já não tenho idade por passar por coisas dessas.

 

Tenho que o  desafiar, entretanto

 

E RÁPIDO, ENQUANTO AS NOITES ESTÃO BOAS, E MESMO A PEDIR...

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:55

13
Ago 10

Estou KNOCK OUT.

 

Um mal estar geral abateu-se sobre mim, mas já não é de hoje.

 

Nos últimos 15 dias já gastei quase 40 euros em testes de gravidez, mas sou burra e não entendo, ou não quero entender, que se apesar de um grande atraso aquilo diz não, é porque é não. E será outra coisa qualquer.

 

Sinto calores, suores, cansaço ( eu sei, está calor, tenho trabalhado muitas horas, dormido pouco, mas não é SÓ isso).

 

São muitos meses à espera... e parece que ainda vou ter de esperar.

 

De qualquer modo, já marquei a revisão na GO do costume, que me vai dizer que sou louca, que tenho duas filhas lindas, uma vida complicada e trabalhosa, para quê outro filho, blá blá blá, aproveitar a vida,  conversas de quem já me conhece desde os 16 anos (e vou nos 35...).

E vai ouvir a conversa do costume, que eu quero, e que não vou ficar mais nova, e que quanto mais tarde mais riscos, e que com duas cesarianas ela limitou-me a 4 e eu só peço 3...e lembrá-la que faz na próxima semana 5 anos, debaixo de uma epidural e com uma bonequinha cabeluda acabadinha de sair da barriga, marquei encontro com ela naquele bloco operatório para o ano de 2007, para ir buscar um Alexandre, e já estamos em 2010 e nada.

 

Nesta guerra estou quase sozinha. É do conhecimento geral de quem convive comigo que eu quero ter mais filhos. Sorriem e dizem que é preciso ter coragem, ou dizem que estou doida, que a vida está difícil, e mais isto, e mais aquilo.

 

Ele , nem apoia nem deixa de apoiar. Acho que me diz que sim com um misto de não me querer ver triste , mas com medo do que virá, com vontade de ter mais um minúsculo nos braços, mas que cinco na mesma cama já são muitos. Mas pelo menos já deixou de dizer não. E garante que , se vier, será muito amado. Chega-me saber isso.

 

Pelos meus sogros, imagino eu que podiam vir mais 5 ou 6 e eram poucos.

Pelos meus pais, não tenho qualquer dúvida do amor e carinho que mais um bebé iria receber, como as irmãs e primas recebem, mas iriam suspirar e falar e  mandar pensar duas vezes , nas dificuldades da vida, nas incertezas e como tomar conta de mais um...é claro que aqui eu tinha de arranjar uma empregada para ajudar a minha mãe, porque ficar com 4+1ia ser uma dose . Por isso, nem abro a boca, nem comento ou desabafo, para evitar sofrimentos antecipados, a ambas as partes.

 

Nunca falei muito destes assuntos com as minhas irmãs, porque em solteira não era suposto haver "actividade", e depois de casada, continuei sem ter muit à vaontade para abordar estes assuntos.

Com amigas, no geral ( e também porque não tenho assim tantas), não falo. Porque invejo aqueles que, como diz a D,  só precisam "dar meia"...

Com a I, às vezes ainda falo qualquer coisita, mas nunca fui de entrar muito em pormenores, esses são só meus e do R.

 

(Além de que ainda me podem cobiçar o homem, se eu contasse as suas habilidades, e não posso arriscar-me a perdê-lo para uma invejosa qualquer!)

 

O que eu sei é que temos treinado, e bem!, diga-se de passagem, mas como uma selecção à portuguesa, os golos não surgem.

 

E se isto não fosse suficientemente mau, não sei quando me vem o período, e pode aparecer a qualquer hora! De enxurrada, como de costume! Nas obras, longe de casa ou de uma casa de banho ou de uma muda de roupa estratégica.

 

E já nem sequer vou entrar pelas hipoteticas doenças a que isto pode estar ligado, já nem vou por aí, senão...

publicado por na primeira pessoa do singular às 19:33

06
Jul 10

Daqui a 4 dias quero ir de férias, uma semana e meia, o que será um record dos últimos anos.

 

Não está nada combinado, mas queremos ir, para bem da nossa sanidade mental.

 

É claro, e como não podia deixar de ser, calha em fim de obra, até nem podia deixar de ser, nem ser de outra maneira, mas desta vez vou tentar ligar menos e o sr cliente, que me tem lixado sucessivamente, que se lixe ele.

 

Bem sei que nunca vou conseguir desligar-me, mas tenho de tentar. Como tenho tentado, sem sucesso, nas últimas vezes, é verdade.

 

Se não for tão mau como em 7 dias de férias em Junho passado ou tão péssimo como os 3 dias em Setembro, será, de facto, uma bela semana de férias, (se não chover...)

 

É que se repito a dose do ano passado, acho que não vou conseguir enfrentar o R e as miudas, e a empresa estará em risco, pois não sei se aguento outra semana como aquelas. ACho mesmo que iria abaixo em 3 tempos e seria complicado recuperar.

 

Tenho medo de toda a frustração se tornar numa bela m**** de "baixa pressão".

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:55

14
Jun 10

A semana passad a dermite seborreica atingiu proporções desastrosas.Marquei consulta para a dermatologista, mas só consegui para 4 dias depois

Como sempre, quando cheguei lá, apenas ligeiros vestígios.

 

Paguei mais nessa tarde em consulta e medicamentos do que canho em 3 dias.

 

Continuo com uma comichão do caraças

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:00

26
Mai 10

Se hoje chegar cedo a casa, vou retirar quase tudo dos armários e dar todas as roupas que não me servem, as camisolas que sobem para cima do pneu, separar roupas das miúdas, que já não servem a uma e já não servem a outra, e que ainda estão grandes para a minúscula, mas pequenas para a maiuscula, para ficarem para as sobrinah, para tudo, mas em especial dar um rumo áquela casa!

Já não sei onde arrumar, e dou comigo com gavetas cheias de coisas que não uso, e o pouco que uso sempre desarrumado.

 

De há uns dias para cá já nem me consigo ver ao espelho. Está tudo mal, tudo mal. Então a cara , parece ainda mais inchada que a barriga! Além de toda rebentada!

Hoje comprei um spray para por na boca, que diz que tira a fome. Não me parece, do que já experimentei. Mal empregado o dinheiro.

 

Se conseguir fazer o que me proponho, sobra outro problema: o que é que eu vou vestir amanhã? E a seguir?

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:02

19
Mai 10

Estou a enlouquecer, a um ritmo tão rápido que me apercebo claramente da perda de capacidades.

 

Luto diariamente por uns momentos de descanso que consigo, durante um bocadinho, eventualmente ao fim de semana. Estou a esquecer-me, a distrair e não consigo estar concentrada mais do que uns minutos. Tudo o que é leitura técnica é um tortura, começo acelerada, salto linhas, como palavras e chego ao fim e não sei nada do que vi, e constato que foram inuteis os minutos perdidos, e volto a começar.

O trabalho acumula-se porque perdi a vontade e a concentração, e é um esforço enorme que faço para executar tarefas básicas da minha actividade profissional.

Comecei mesmo a duvidar que goste do meu trabalho, situação que sempre defendi. Apetece-me fazer tudo menos isto!

Estou apreensiva, ansiosa, com  o coração disparado todo o dia e já muitas vezes durante a noite.

Há dois dias que não ouço o despertador, sequer, e há meses, talvez anos que não tenho uma manhã em que diga, sim senhora, dormi bem e sinto-me revigorada. Estar na cama é mais uma fonte de dores e inquietação, mais vale estar acordada, contradigo-me.

 

Doi-me o corpo todo! Em qualquer parte há dores, nos pés, nas pernas, mas costas, são as piores e acompanham-se há dias, semanas, meses, sei lá não me lembro de quando não me doeram, afinal! É do peso, dizem e eu sei que sim, também é do peso, mas já estou por tudo e não consigo retomar a ditea. Pior, dou comigo a ir comprar chocolates regularmente, coisa que não era hábito meu, nem chocolates nem bolos ou outros doces.

 

 

Sei que tenho de pedir ajuda, mas estou a prender-me . Receio que começando o processo a minha vida se vá desmoronar eco´nomicamente e que depois venha tudo atrás. E receio também que , não começando, aconteça exactamente a mesma coisa.

 

Preciso de hibernar!

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:14

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