POUPANÇA EM OBRAS PÚBLICAS- se fosse eu a mandar era assim: Os técnicos do estado passavam a ter responsabilidade nas escolhas e opções, em vez de andarem acagaçados com o que o vereador e o "Xou Pesidente" vai dizer. Os projectos eram criteriosamente avaliados e isso quer dizer que teriam todas as fases de um bom projecto, onde se estudadria a necessidade, as exigências funcionais, os materiais, e se simulariam custos energéticos e de manutenção. Depois, já com o projecto pago a preço justo, haveria a revisão de projecto, incluindo a devida quantificação. Nessa fase, seriam atribuidos um preço e prazo de execução justos e passaria a concurso, sem ser concurso num regime de excepção qualquer. Tudo o que se gastaria a mais em projecto e em revisão e quantificação, em escolher projectos funcionais em deterimento de algumas "arquitontices" que se têm visto por aí ( Srs. Arquitectos, gosto muito de alguns dos vossos trabalhos, mas não me parece justo que as obras públicas pagas pelos contribuintes paguem algumas "conceptualidades", materiais perecíveis ou inadequados por mais bonitos que sejam, disposições impróprias para o funcionamento dos locais, à custa de uma bela fotografia no port-fólio). Continuando: ao escolher materiais locais, mais convencionais e duradouros, diminui a pegada ecológica, o custo de fabrico, a probabilidade de ocorrência de patologias associadas ao desgaste, e os consequentes custos de manutenção e reparação. os regulamentos da construção também teriam de ser revistos. Por exemplo, quantas escolas novas têm uma bateria de paineis solares, que produzem água quente em excesso para as necessidades da escola, energiaque tem de ser dissipada, e paineis desactivados para não ocorrerem problemas? Quantas escolas novas têm climatização desajustada, e que agora peca por excesso de aquecimento ? Quantas escolas novas estão agora a braços com elevadas facturas de energia e água após as intervenções?. Os edifícios públicos destinam-se a servir o público, e para tal precisam de aptidões funcionais, resistência e durabilidade, algum conforto também, que não precisam de ser dissociados da beleza, mas que também não podem ser escravos de tal. Quantas estradas são feitas sem a conclusão de todas as infraestruturas? Não há verba, dizem. Hoje não há verba, mas há verba para gastas várias vezes mais num futuro próximo! Exemplo: Estrada Maceira- Marinha Grande. Levou alguns esgotos, pavimento, mais esgotos, pavimento, lancil, pavimento, passeios pavimento, gás , pavimento, ramais, pavimento. Já perdi a conta a quantas camadas de pavimento , e respectiva escarificação prévia aquilo já levou nos últimos 2 ou 3 anos.
Com tudo isto, podia pagar-se um pouco melhor aos empreiteiros, (que não são todos uns malandros, áinda existem alguns honestos, acreditem), que teriam melhor margem para colocar melhores materiais, pagar melhor aos seus técnicos e aos seus subemepreiteiros. Que, por sua vez, não precisariam de andar por aí mortos de fome, a fechar empresas, a comprar material de refugo e a ver tudo a todos.
No fim, parece-me que estariamos todos mais felizes