Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

30
Mar 11

Há anos que tenho uma paranóia com os dias difícieis. Nãos "os dias difíceis", mas o tempos difíceis. Foi excesso de "uma casa na Pradaria", eu sei..

De há três ou 4 anos anos para cá que essas coisas não me saiem da cabeça. Treino mini agricultura de sobrevivência da varanda ( não muito bem sucedida, confesso, mas como digo é treino, ainda) e tenho tentado aprender métodos tradicionais de fazer coisas. Como o pão ( fiz farinha de trigo recentemente e vai ser aplicada esta noite!), o iogurte, truque caseiros dos tempos das bisavós. Tenho sementes de linho para semear, e já tenho projectos para um dia tentar construir um tear. Ando a dedicar-me à máquina da costura. Adoro gadgets de culinária, mas tenho procurado arranjar coisas independentes de energia. Procuro descobrir como é que as coisas funcionam, para um dia tentar reinventar.Na calha das aquisições, um dutch oven, um moinho de cereais manual, panela de ferro fundido e uma trempe.Quando, e SE um dia tiver uma casa, um fogão a lenha e forno, e os poços não funcionarão apenas com bomba eléctrica. Lentamente, preparo-me para o fim do mundo ( em sentido figurado, é claro). O para o fim de uma vida tal como a conhecemos de há um trinta anos para cá. Fatalista? Talvez. Desesperada? nem por isso. Em muitos cantos do mundo ainda estamos no início do século passado. Em muitos sítios de Portugal, o tempo deixou de passar há 50 ou 60 anos, E vive-se. Outro dia pensava, numa das minhas viagens, como seria o estacionar de uma carroça, e se estava na hora de arranjar um burro.Ainda não, concluí. Depois pensei num atrelado para a bicicleta. Até me doeram as pernas, só de imaginar.

 Posso ser doida, e alguém bem perto de mim, vira a cabeça na almofada e pensa , está maluca, a mulher, mas isto não quer dizer que eu queira viver assim, quer dizer, que se um dia eu tiver de o fazer, não ficarei desesperada, desanimada e de braços cruzadas há espera que haja o milagre do maná caído do céu. Se calhar, nos primeiros dias até poderei ficar com calos e dores de costas.

E quem se riri, não terá direito a vir cá comer pão com chouriço nem galinha assada no forno. Sim, caseiras, daquelas do quintal que hei-de ter. Ou não..

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:02

comentário:
Lool adorei! também concordo com esse estilo de vida embora esteja longe de adoptáa-lo mas um dia... um dia!
Só Sedas a 9 de Abril de 2011 às 16:38

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