Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

06
Jan 11

Não vou falar desse livro fantástico, não, por muito quer aprecie o Sr Eça.

 

A semana passada tive que ir á vila da Batalha, sítio onde sempre imaginei que gostaria de viver. Uma vila pequena, com tudo ali à mão e para onde se pode ir a qualquer a pé. Fomos à farmácia, ao banco, a uma lojinha, sempre a pé, e lembro de achar muito agradável e que se morasse ali, poderia fazer caminhadas assim mais vezes, com uma filhota de cada lado. Mas não moro, e até poderia morar, não fosse a Batalha ser um sítio muito caro. Mas que gosto do sítio, gosto sim senhora.

Dois dias depois, uma colega dizia que queria vender a sua moradia nos arredores de Aveiro e comprar uma casa velha para remodelar na cidade. Queria deixar de andar de carro, e passar a andar a pé, era um dos argumentos. Voltei a pensar nisso.

 

Todos os dias há "chicos espertos a cagar postas de pescada" sobre transportes públicos, e que não quem não usa é snob, e armado em fino....quando trasnportes públicos são um luxo para uma minoria de portugueses.

Quando fui a Paris, não precisei de carro. Quando morava em Lisboa, não tinha sequer carro.

 

Eu quero ir viver para o campo. O campo onde eu espero poder morar nos próximos anos não tem transportes. Ainda que os tivesse, não me permitiria. Mas se calhar o que eu quero mesmo é deixar os dias agitados, e gozar a reforma...mas não me parece viável, aos 35 anos.

 

Depois vi fotos do meu tio em Angola, e lembrei-me do Quénia, e tive vontade de ir para um país onde tudo está por reinventar. mas sou egoista e acho que ainda não o posso fazer em segurança para mim e para as filhotas e que estaria a priva-las de oportunidades que merecem ter, cá por estes lados. Enquanto as privo de outras oportunidades que teriam por lá.

 

E dou por mim a pensarem em e se.. e se... a pôr em dúvida tudo o que quero ou não quero...

 

Como dizia o outro, "estou bem, aonde não estou, porque só quero ir aonde não vou..."

 

Soulção ideal: ir morar para o campo perto da Batalha? Quem sabe ali na Quinta do Fidalgo? Ou no Moinho de Vento? ou ir curar-me para o hospital das Brancas?

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:43
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comentários:
Acontece-me tanta vez pensar "e se", nunca estamos bem como estamos...
Quanto a mudar...por mim seria uma cidade num país com calor e com segurança, claro.
Será que existe?
geriatriaaminhavida a 7 de Janeiro de 2011 às 09:13

Leio este texto e vejo-me a mim e às minhas frustrações. Faço; não faço. Vou; não vou; enfim...
Eu quero ir morar no campo.
Não sei como fazê-lo... Terei de deixar a família e seguir o meu rumo?
Sim, porque não posso obrigar ninguém a ir comigo.
Mas, por outro lado, terei de me sentir "preso" até quando?
Porque é que tudo é tão complicado? E tão simples, ao mesmo tempo.
Quanto à letra do António Variações, bom.... de certeza que foi escrita para mim....
Margarida, espero que já tenha conseguido ir viver para o campo.
João a 26 de Agosto de 2012 às 18:34

Eu moro no campo, às portas da cidade, num apartamento.

Sonho em mudar para outro campo, ainda mais campestre, e no meio do terreno, construir uma casa.
E cultivar e usufruir dos 5000m2 que sobrarem

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