Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

27
Ago 10

Os dias voam e sugam-nos a vida e a alma.

 

Todos os dias, tem sido 10, 11, 12h por conta do trabalho, eu e o R, e sobra pouco tempo para as filhas, que se queixam. Estão saturadas de estar em casa da avó e anseiam pela escola. A avó deve ansiar muito mais que elas....

 

Os stresses do trabalhos têm potenciado discussões em casa, e se o mês passado foi passado em lua de mel, este é mais lua de fel. Estou a tentar ser paciente, mas custa-me um bocado ouvi-lo sempre rabugento, sempre insatisfeito, sempre irritado, sempre amuado, a roer-se de inveja do que não tem ou que não faz e que outros têm e fazem. Com um bocado, quero dizer ESTOU FARTA até à ponta dos cabelos!

Tudo é motivo para amuar. E porquê? Porque não tem tomates para chamar  o chefe ou o patrão e dizer-lhes que assim não dá, nem pode ser e que não está disposto a continuar assim.

Sinceramente, o que me apetece é agarrar no telefone dele , ligar ao patrão e dizer-lhe com todas as letras  que o seu funcionário tal tem isto e aquilo para lhe dizer, e que esta situação está a tornar a vida cá de casa num inferno.

Imediatamente , a vida cá de casa passaria a ser dois infernos e três purgatórios!

 

Por mim, não tenho muito bom trabalho, mas tinho tido muito trabalho chato, o que não faz de mim a pessoa mais satisfeita. Chegar ao fim do dia e juntar uma estourada, um amuado e duas parvinhas, é uma mistura explosiva.

 

No meio disto tudo, durante este mês ainda conseguimos acumular energia e completar o ramalhete  com as festas de aniversário das duas garotas, do bisavô e da prima , o batizado da outra prima e o piquenique familiar. Mais ainda, consultas de pediatra e GO, tudo no espaço de menos de um mês.É dose!

Ter a cabeça a mil à hora com trabalho e ainda conseguir arranjar tenho para toda a organização, compras, cozinhados, viagens, roupas, deu cabo da minha "força anímica".

 

Amanhã é sábado, mas vai sobrar trabalho para amanhã, e chatices.

 

Porque eu vou levantar-me cedo, e mais ninguém se vai levantar. Mas depois ele irá queixar-se que não vamos à praia, ou fazer geocaching, sem se lembrar que é o mais demorado a fazer tudo, a despachar.se, com horas na casa de banho, e coisas imprescindíveis no computador, como longas comparações de coisas sobre as quais não tomará qualquer decisão, e que quando finalmente essa decisão ocorrer, achará que estará errada. E quando eu estiver cansada  e um pouco mais atrasada, depois de me ter arranjado a mim, às miúdas, roupas, extra, lanchinhos, roupas a lavar e a secar, ele vai estar a meter a chave à porta e a queixar-se do meu atraso, e como nunca conseguimos fazer nada, e como ele não vai ao karting há meses . Como se fosse eu que tivesse avariado o karting. Como se fosse eu que tivesse de o arranjar. Como se eu o tivesse proibido de ir andar noutro alugado, o levá-lo a quem o arranje. Não me peça é para ficar horas à chapa do sol ou a raspar frio, num kartodromo, a tomar conta das garotas, e não corram, não saltem, vão cair, vão magoar-se, fiquem quietas, estou cansada, tenho fome, tenho chichi, enquanto ele anda às voltas, debaixo de um ruído ensurdecedor.

Porque no momento em que ele não estiver a fazer nada de jeito e eu ligar o computador para trabalhar, vai prender o burro porque queria exactamente ir fazer qualquer coisa nesse momento.

Porque depois vai andar de trombas o resto do dia, a falar pelos cantos, com voz sumida, meias frases, para eu ouvir mas de modo que eu não perceber. Como sempre irei furiosa atrás dele para ele me dizer na cara ou que resmunga entre dentres, e a discussão e a gritaria vai instalar-se.

 

Às vezes, são mesmo assim os nossos dias em que estamos todos juntos.

 

É fod.......

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:10

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