Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

27
Mai 15

Se eu tivesse patrão, já estava despedida. Mas a patroa sou eu, e a patroa sabe que há qualquer coisa de errado para a empregada andar a tombar de sono. Nem que seja mesmo só isso, sono, muita falta de horas a dormir sem sem acordada, sem acordar sozinha.

 

Não contente, amanhã começo com 3 medicamentos que ameaçam tornar as próximas semanas de adaptação numa desgraça.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:37

Por isso é que para curar uma série de coisas me mandam tomar medicamentos que provocam efeitos que coincidem com algumas das coisas que me queixo: cansaço, dores, edemas, sonolência...

 

Toma lá uns comprimidozinhos que ainda fazem mais, mas pode ser que passe...e eu "tá bem". Burra, conas...é assim que eu me sinto! mas olha, eles é que são os médicos...

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:00

26
Mai 15

estava sol, secou-me as lágrimas

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:07

Às vezes, a vida é estúpida como o caraças.

Às vezes somos nós. Porque mesmo sabendo que não nos devemos deitar com problemas por resolver na almofada do lado, fazêmo-lo. 

E um dia tudo estoira na nossa cara.

 

O crítico de serviço não tem tacto. Às vezes parece-me que espera por uma falha para poder criticar, ou para poder mandar pratos com força para dentro do lavalouça, ou largar os talheres com força na bancada. Para que a sua irritação se ouça. Porque o garfo tem um bocadinho de comida agarrado, porque a bancada tem migalhas, porque limpei/lavei/passei (ou não) mal qualquer coisa, porque não varri ou aspirei, porque pareço indiferente a pó que se acumula nos cantos ou móveis, porque adormeci no sofá, exausta, porque não tenho ordenado certo, porque não ter ordenado certo cortou-nos as asas, porque a sopa está aguada, porque não está saborosa, porque não fiz sopa, porque fiz jantar, porque não fiz jantar, porque comi, porque lhe fiz comer, porque estou gorda, porque o faço engordar, porque cheguei tarde, porque cheguei mais tarde, porque me esqueci, porque não o lembrei, porque lhe doi o braço...porque as filhas não treinam tanto quanto seria desejável, porquese deitam tarde, porque se demoram a despachar...

 

Tudo é bom motivo para resmungar, e resmungar sem modos. Ou andar a resmungar baixinho, como se mais ninguém ouvisse, que é a pior coisa. Ou ignorando-me quando falo. Ou pondo em mim coisas que não lhe disse, amuando como o puto mais birrento.

 

Hoje estamos num dia destes, ontem também estávamos. Às vezes estamos. São dias que me matam por asfixia. E depois passo-me e digo com todas as letras o que andava a poupar.

Que às vezes também deixa louça mal lavada, e migalhas  na bancada, e não limpa ou lava tão bem quanto acha, e que não me lembro de ter assinado um contrato que tenho de ser eu a varrer ou aspirar quando alguma coisa não está bem. E que se ele se sente incomodado, pode ser ele a fazê-lo. E que se acha que estando eu adormecida ele está a ser obrigado a arrumar a cozinha, que não arrume, que de certeza que não é por isso que a casa vai abaixo. E que se está gordo, bem, eu só lhe faço o jantar! o pequeno almoço é ele que az, os lanches são como ele pede...e se ele sai tarde, e se eu saio tarde, e se com compras, actividades das filhas, reuniões, chegamos tarde, pois bem, os dias não chegam para tudo e há que haver prioridades. E se não há orçamento para empregada, e se quase não estamos em casa, parece-me consequente que existam coisas que fiquem por fazer. E que durante anos eu tive um ordenado maior, e nunca foi problema. E que um dia desisti de uma carreira que me podia trazer bons ordenados, para ter tempo para os nossos filhos, para os pais dele, para os meus. Para que as filhas tenham todo o acompanhamento na escola e nas actividades.Para poder durante 24 sextas feiras num ano a mãe dele à terapia, para lhes fazer limpeza, fazer compras, levar às consultase exames médicos quando estiveram sem empregada, para continuar a apoiá-los agora que têm uma empregada que eu perdi tempos infinitos a recrutar. Perdendo o ordenado bom e certo que recebia. Tendo de lutar diariamente por uma empresa num sector em crise. Passando horas e horas sozinha, desanimada, assustada, quando não estou nas obras. 

 

Ou então,  não digo. Fico pela conversa do costume do tens que ter mais tacto a falar...e ele birrento e evasivo e eu a chorar por dentro, assustada, enraivecida, com vontade de lhe dizer tudo, e com tanto medo de o perder. E ele sabe.

 

E então choro e choro e volto a chorar, sozinha, para que as meninas não vejam, para que ninguém perceba. Para descomprimir e abafar esta vontade de abrir a boca e deitar tudo a perder. Arrasada. Devastada. Exausta. Asfixiada.

 

E eu não o quero perder.

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:16

25
Mai 15

Hoje ( 23 de Maio)  fala-se, luta-se, alerta-se, apela-se. É a obesidade e os riscos associados que estão no centro da questão. As doenças cardiovasculares, a diabetes, doenças musculoesqueléticas...tanta coisa que vem com a obesidade.
O sedentarismo, as calorias, as gorduras, a fast food, as porcarias light encapotadas - os suspeitos do costume.

Isto que hoje escrevo, é só em meu nome, não tenho a pretensão de falar por mais nenhum gordo ou gorda deste mundo.
Falam da obesidade como se fosse uma roupa que nos fica mal. O gordo escolhe aquela roupa e continua a usar e a vestir outras ainda mais feias, mais largas por cima, apesar de todos os conselhos que lhe dão.

Vamos por partes:

- os conselhos: todos os dias alguém me diz que devia fazer dieta / ginástica e emagrecer. Eu emito opiniões desse género com os meus filhos/ filhas: tens de comer mais, estás a ficar tão madrinha, ou não comas isso estás a ficar gordinha...por enquanto sou a principal responsável pela alimentação deles, compete-me. Às vezes também abordo o meu irmão, mas acredito que isso faça parte dos estatutos e minhas competências . Ora eu não ando por aí a dizer a toda a gente se concordo ou não com o seu tamanho e o que devem fazer. Acredito que, tal como eu, estão conscientes dessa realidade ( a menos de uma doença que lhes distorça a capacidade de avaliação da sua condição). Acredito que, tal como a mim, cada comentário seja uma facada com lâmina romba, ferrugenta...

- as dietas: a primeira dieta que fiz, há uns 18 anos, custou-me 24 contos. Sendo eu apagar, custou-me muito. Ao fim dois meses tinha perdido cerca de 400g. esqueci-me de dizer que todas as dietas que fiz até hoje foram receitadas por profissionais de saúde, e que rejeitei sempre " comprimidos" milagrosos. Até porque acho que é uma coisa que eu tenho de poder controlar, sem medo de me faltar qualquer substância adjuvante. Da primeira dieta até hoje, vão cerca de 50 kg. A mais. E recordo todos os kg perdidos e ganhos com cada direitista, nutricionista, endocrinologista, médico. -1+10-7+9-3+6-9+12-3+6....e pelo meio outros ganhos em interregnos de desistência. Já fiz coisas que vão de comer metades de coisas pequenas não sei quantas vezes ao dia, chás disto ou daquilo, doses seleccionadas, ementas destinadas a determinados dias, caldos, caldinhos, com coisas magras, sem coisas magras, com leite, sem leite, com sopas de tudo menos batatas...coisas que durante uns dias ainda funcionam e depois deixam de funcionar. E então corta-se a dose, reafinam-se horários e quantidades, paga-se a consulta e marca-se para daqui a 15 dias. E depois, um dia desiste-se, e recomeçam as asneiras. O que ficou? O leite magro com vestígios de café, o fiambre de aves, os iogurtes magros nos lanchinhos, as saladas ( já disse que detesto salada de alfaces, detesto o sabor, mas vou comendo, normalmente sem tempero). E cozinhar praticamente sem adicionar qual gordura, quando muito, o mínimo dos mínimos de azeite. O que não ficou: as sopas deslavadas de couve flor e outros substitutos de batata. As minhas sopas já são más de mais para as conseguir fazer ainda pior. E ainda outra coisa: quando cozinho, não sou só eu que como, e não tenho nem tempo nem dinheiro para fazer pratos alternativos. E também não tenho paciência para a guerra que essas sopas davam direito. E suponho que nenhuma dieta funcionará com jantares perto das 10 da noite, em que tudo o que apetece depois é descansar, no fim de um dia de trabalho, de canseiras, de problemas para resolver.

-tratamentos e ginásios: enquanto paguei uma fortunazinha por drenagem linfática, a dieta associada funcionava. É um dia disse à senhora que o meu orçamento para essas massagens maravilhosas tinha terminado. E a dieta associada deixou de ter qualquer efeito. Enquanto paguei por acupuntura para emagrecer, não emagreci. Mas dormia uma sestinha maravilhosa às terças feiras à hora do almoço, que eram um sonho. Há 45 kg atrás, quando eu andava no ginásio, a moçoila saltitante de trunfa aos caracóis, uma simpatia de rapariga, com muito sucesso nos ginásios da zona e eventos desportivos, tinha dificuldade em perceber porque é que eu não conseguia saltar ao mesmo ritmo e velocidade. Não percebia bem que eu, só nas pernas, pesava mais do que ela no corpo todo. Mas eu tentava, e meses depois, nada tinha sucedido. Há 30 kg atrás quando fui para o ginásio, de companhia, quem não percebia era eu, porque é que o meu circuito era o mais duro, o mais pesado, o mais longo. Mas eu fazia-o. E eu tentava, e meses depois nada tinha sucedido. E depois a R. começou a jantar. À hora em que eu estava no ginásio. E pareceu-me que deixá-la em casa da avó antes do pequeno almoço e ir lá buscá-la depois do jantar várias vezes por semana, não era a solução. Quando há 20 kg atrás me inscrevi num ginásio que era perto, não tinha condicionantes de horário, nem eu estava condicionada por um patrão, pensei que estava aí a solução dos meus problemas. Curiosamente, o circuito das máquinas era feito sem uma gota de esforço, sem uma gota de suor. Sem ponta de efeito. Sem uma grama a menos. Já a aula seguinte, era feita a engolir lágrimas. Com dores na coluna, nos tornozelos, na planta dos pés, com falta de ar, com um permanente sabor a sangue na boca. Já vos disse quanto é que meses assim reverteram em kg? Zero. Já em euros...
A Wii tem um perfil de desporto iniciado. A bicicleta elíptica teve algum uso. Depois parei. Caminhadas? Antes das 6 da manhã ou depois das 11 da noite? Ou quem sabe, em vez do almoço? Imaginem que vão caminhar. Antes enchem uma mochila com água. Imaginem que eu vos peço para levarmos a minha mochila, para saberem o que eu sinto. Nessa mochila poderão encontrar 8, 9, 10 garrafões de água...quantos de vós conseguiriam dar um passo em frente?

- hábitos: eu sou uma comedora social.gosto de comida e de comer em socialização. Nesses dias, gosto de fazer e comer coisas, algumas não muito saudáveis.mas no meu dia a dia não faço nem como bolos, não vou ao café comprar croissants...num dia de reunião de trabalho muito desgastante, é provável que antes coma um chocolate, mas depois podem passar-se semanas que não volto a provar outro. Não bebo o cafezinho da praxe com o respectivo pacote de café, mas alguns dias gosto de beber café sem nada com bolachas. Gosto de hambúrgueres, mas normalmente são feitos em casa. Fast food? Às vezes comemos, mas nem sequer numa base semanal! Nem sequer mensal, muitas vezes! Sumos? Normalmente não existem em casa, mas gosto de sumo de laranja natural. E de sumol, mas fica para dias de excepção. Na verdade, água também não bebo muita, um dos erros que assumo. Bebidas alcoólicas estão 100% fora da minha dieta ( se calhar falta-me o copo de vinho tinto....). Comidas pré cozinhas, são também inocentes, cá por casa. Fazem parte das excepções de última hora. Problema? Como muito. Muita quantidade. Mas no dia que me apanharem a dizer: é pá, estou a rebentar!, avisem-me e eu dou-vos uma prenda a gosto. Sob pena de se eu vos apanhar, fazerem o mesmo a mim. Imagino que ficaria a ganhar. Outra coisa má: como depressa. Este sim um péssimo hábito.

- fome: eu acordo cheia de fome Todos os dias. Todos, todos, todos. O pequeno almoço é tomado todos os dias em família, sentados há mesa, com variação ao domingo, o dia das panquecas. Duas horas depois, nada resta do pequeno almoço. Esforço-me por fazer lanchinhos. Se estiver nas obras, muitas vezes passa a hora de comer e até me esqueço o tolero a fome. Se estiver no escritório, em dias de trabalho mais intelectual, às vezes parece que vou desmaiar se não comer. Mas a partir do momento em que comer o iogurte, ou a fruta ou o pao ou o que seja, estou desgraçada. Daí a meia hora a fome volta, e mais uma e outra vez. A lancheira que preparo em casa para todo o dia arrisca-se a ficar vazia antes do almoço.e depois vira o disco e toca o mesmo, até ao fim do dia.

- taxas e impostos para comida menos saudável: venham eles a ver se me fazem mossa...

- o que perco: não sei se estão conscientes do que é ser gordo e precisar de ir comprar roupa com orçamento limitado. Não sei se têm noção da variação de tamanhos de marca para marca, e invariavelmente não haver o número que é preciso. De ser quase impossível encontrar umas botas e calçado fechado. Da tortura que pode ser um dia de salto alto. De deixar de encontrar roupa interior bonita a preços que possa pagar. Da resignação de se comprar o que serve e não o que se gosta. E de voltar às mesmas lojas de sempre comprar roupa quase igual à que deixou de servir, porque mesmo nessas, o modelo é sempre o mesmo , muda a cor. E sabem o que acontece a um gordo quando se senta numa cadeira de praia? Ou num banco de plástico? Ou quando usa um fato de banho mais reduzido? Às perneiras das suas calças?

- por favor: não me digam que é fácil. Ou não estaria o mundo cheio de gordos, nem de oportunistas com tratamentos dispendiosos de eficácia duvidosa. Não me digam para fechar a boca, porque isso é admitir que todos os magros comem sempre pouco e de modo saudável, e não é essa a realidade que me rodeia. Todos o que se exercitam seriam magros, todos os magros sedentários seriam gordos...não quero mais médicos que olhem para mim e digam: rissois, croquetes, croissants, enchidos, bolos, sumos...desfiando uma lista que conheço há anos e que, de facto, não são a base do que como diariamente...

Sou gorda, mas sou gente. Hoje senti-me uma indigente, tanta notícia e comentário que ouvi sobre o assunto, sempre no mesmo tom que criticaria um criminoso condenado justamente a prisão perpétua.

Não vim aqui defender obesidade. Se fosse uma coisa que se escolhe, eu continuaria a escolher minissaias e saltos altos...e o meu corpo de 1998

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:34

20
Mai 15

Às vezes estou a subir as escadas para o escritório e penso se não é nesse minuto que vou desaparecer neste buraco negro.
Se percebesse muito do assunto, diria que este edifício é uma coisa anti matéria, ou anti empresas, pequenos negócios.

Estou aqui desde o final de 2007/início de 2008. Quando cheguei, diversas placas de publicidade anunciavam negócios que já cá tinham estado, mas nunca os cheguei a ver. Com o passar dos anos, que não têm sido fáceis, vejo nova gente a chegar, a partir, a chegarem outros para os substituir, a partirem também, e um dia, ninguém os substitui, a não ser uma placa na porta ou na janela com um " arrenda-se" ou "vende-se", ou nem isso, apenas uma porta ou vidraça fechada.

O sítio é bom, e não acredito em bruxarias ou maus olhados. Então a culpa é da freguesia, grande, mas tão pequena em tanta coisa, tão perto dos arredores, tão longe do centro, e depois concluo que não...não deve ser, porque se passarmos às 3 ou 4 capitais de concelho que a circundam, o cenário é igual!

Não é do edifício, não é da freguesia, do concelho...será do distrito? Vejamos: central, servido de estradas e linhas férreas, a menos de duas horas de distância das principais cidades do pais, encaixado entre o mar e a serra, dotado de um mercado empresarial variado e reconhecido...e no entanto...logo ao lado é igual ou pior!

Será do país? o paraíso dos low costs para grandes bolsas internacionais? o paraíso de estrangeiros em busca de sol, comida boa, diversão, casas "baratas"? O pais no topo de todos os guias de viagens e turismo internacionais por todos os motivos que nos possamos lembrar? Será?

SERÁ DAS GENTES? será de nós que tentamos, tentamos, tentamos, e depois de levar porrada de todos os lados, encostamos às boxes por já não termos meios para pagar a mais pequena peça sobresselente ou de substituição? que não temos um tostão para ir gastar em mais do que o básico, já subtraído da bela promoção do hipermercado?

Não sei, mas a coisa não está fácil! em especial para quem todos os dias tem de pensar: o que é que esta empresa vai ter para fazer amanhã? ( pensar no próximo mês, no próximo ano, nos próximos dez, seria a atitude correcta, mas como as coisas estão, "amanhã, sabes bem, é sempre longe demais"!

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:03

19
Mai 15


Gostava que todas as crianças pudessem ouvir todos os dias o quanto gostam delas, o quanto são grandes e capazes, e que neles existe a capacidade de fazer tudo.
Gostava que os miúdos, de todas as idades, fossem para a escola sabendo ter uma missão: aprender, aprender, fazer melhor.Gostava que a escola os acolhesse e dissesse a cada um: tu és a coisa mais preciosa desta escola, estimamos-te, temos grandes esperanças em ti!
Gostava que cada professor soubesse despertar o potencial de todos os meninos, nas suas diferenças, e consciencializá-los que independente do resultado dos testes, tem coisas boas e únicas.
Que em cada dia na escola houvesse um desafio, e que cada desafio os fizesse pensar, encontrar soluções, debatê-las, experimentá-las e melhorá-las. Que todos os dias houvesse lugar a debates, comentários, de assuntos do interesse dos miúdos, de uma notícia qualquer, de um problema do mundo, ou de uma coisa boa.
Gostava que cada um se sentisse responsável pelos outros, e estivesse consciente do quanto as atitudes podem afectar os outros. E consolidasse claramente, mais do que letras ou números, que há regras: não se agride, não se rouba, não se engana,não se discrimina, estima-se, protege-se, ajuda-se, pensa-se, aceita-se, debate-se, faz-se, lê-se, ouve-se, fala-se.
E que aprendessem a fazer, vendo como se faz, praticando até saber fazer, inovando em como se poderá fazer.

Eu gostava...daí a ter, vai uma grande distância!
( na falta de escola assim, tento em casa. Uns dias com mais sucesso, outros ( mais) com muito pouco...)

 

Acho que as notícias iam passar a ter outros assuntos.

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:23

Não posso com uma gata pelo rabo.

 

Assim de repente, gostava que alguém me dissesse: "é só sono", ou " daqui a 2 meses vais de férias e recuperas" ou mesmo " tens hipotiroidismo, vais tomar um remédio que isso passa".

 

oU QUE NÃO ME DISSESSEM NADA, E SIMPLEMENTE ISTO PASSASSE.

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:57

12
Mai 15

Então diz-que a partir de amanhã tenho que passar a enviar os meus trabalhos de acordo com o acordo com o qual não concordo...
Seja. Em coisas de trabalho, se não me esquecer, lá terá que ser.

Mas nas minhas coisas, minhas minhas só minhas, hão- de ver se me apanham a escrever como eles agora dizem que é...

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:19

08
Mai 15

Obviamente, estou velha.

Quando era teenager e comecei a namorar, os meus pais eram ( velhos) da idade que tenho hoje, mais mês menos mês.

Nessa altura, os meus avós (eram muito velhos) tinham pouco mais idade que os meus pais hoje têm.

Os meus pais eram adulto há que tempos, com quatro filhos. A mim, parece-me que sou uma garota, com três. Os meus avós, velhinhos, velhinhos, destilavam morais e bons costumes , azucrinavam a minha mãe sobre o meu namoro ( ó senhores, eu casei com o primeiro e único namorado "quase " virgem, pela igreja, tudo como deve ser, ao fim de 9 anos de namoro , está quase a fazer quinze anos!). 

A minha mãe amochava à frente deles e chateavam-me o juízo a mim. Raramente os contrariou. Quando agora é a azucrinar-me em relação aos meus filhos, umas vezes finjo que não ouço, outras respondo-lhe como me parece melhor. Umas vezes tem razão, outras nem por isso. isto quer dizer que a contrario muitas vezes.

Por essas alturas, os meus pais eram independentes. Nós também, mas parece-me que eles tinham conquistado maiores vitórias. A casa, por exemplo, uma grande casa, e nós um pequeno apartamento. Eles um bando de filhos que chegaram todos à universidade, nós a fazermos contas à vida como será daqui a 6 anos quando a mais velha levantar voo em direcção à universidade. Eles sem estudos para além do secundário, nós com universidade e cursos e recursos.

 

Para todos os efeitos, os meus pais pareciam saber sempre tudo, o que fazer, a melhor decisão a tomar...e eu tenho dúvidas, tantas e tantas vezes, e hesitações... e dores de barriga.

 

Os meus pais não ficavam até tarde na cama ao fim de semana, não andavam pela casa em pijama ou em roupa interior, não partilhavam a casa de banho com os filhos. Os meus pais não preguiçavam no sofá ao final do dia.

Eu olho para trás, e eles parecem ter tido sempre a mesma cara, tal como os meus avós que já morreram há uns anos.

Custa-me a acreditar que eu tenha essa cara.

 

No fim de semana passado, mais um daqueles em que apanhámos chá de cadeira a ver actividades desportivas das garotas, olhava para outros pais e mais, mais ou menos da minha idade, e descobria em todos rugas, cabelos brancos ( hoje não tenho, pintei ontem a miséria do cabelos), e só pensava como tinham ar envelhecido. E que eu não estou assim, ( baixinha, gorducha, com papada, de cabelo quase todo branco se não o pintar, barriga saliente, coxas grossas, pernas inchadas, dói-me tudo, mas não estou velha!!! que ideia!!! Pudera, se fujo dos espelhos, para não me ver mais do que o estritamente necessário, tirando a excepção do espelho do carro onde se vêm bem pelos a arrancar no queixo e pontos negros no nariz).

 

O esposo ouviu a mais velha falar dos pais estarem velhos com uma amiga. ia-lhe dando uma coisa má. Que raio, cheguei agora aos 40!!!

a REALIDADE é uma coisa qe pode ser mesmo muito feia!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:14

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