Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

01
Jan 15

Queria continuar a perder peso. Queria voltar a ter ordenado certo. Queria conseguir mais clientes, trabalhos, quem sabe um funcionário. Queria voltar a ter dinheiro para livros, lingerie e roupa, para além do básico e estritamente de primeira necessidade. E ler muitos mais livros, meus, de preferência, que os últimos têm sido quase todos emprestados. Queria ir de férias sem ter de ser apenas parque de campismo. Queria que as aulas das garotas acabassem mais cedo, que os treinos acabassem mais cedo, que os treinos fossem mais perto de casa. Queria dedicar mais tempo à casa e aos trabalhos manuais e costura. E aprender a fazer malha e renda, entre outras coisas. Falando em casa, queria conseguir começar a construir ou comprar uma casa mais à nossa medida. Se o primeiro querer depende de mim, mais nada depende. Contento-me pois, com saúde para nós todos, amor e felicidade. O resto parece-me acessório.

publicado por na primeira pessoa do singular às 15:51

Na balança, que estava tão bem antes do natal, agora está tudo mal...miséria!! Quero voltar a perder peso, como no ano que passou. Ainda assim com os excessos das últimas semanas e uma gravidez, o saldo está positivo. Vamos ver o que consigo fazer. Cá por casa, o que dizer? Um milagre aconteceu, tenho o filho que me faltava, montes de ternura e fofusura ( e de choros, noites muito mal dormidas, dores, ansiedades, falta de espaço) junto com duas princesas no despertar da adolescência. Uma mistura explosiva...mas eu não tenho medo. Amo-as, amo-o mais do que temo, e olhem que morro de medo dos dias que hão de vir... Quanto ao marido, cada dia mais cansado, mais perfeccionista ( compulsivo?), desejo saúde e resistência para continuar a ser o nosso suporte e pilar, desejo todo o amor do mundo, e desejo muito, mesmo muito! que me volte a abraçar e a beijar como antes, que sinto tanto falta disso... Trabalho? Que não lhe falte, que não o perca. E que eu consiga levar o meu avante, e passe a ter ordenado certo, que isto tem sido coisa que nos abala a carteira e a relação de sobremaneira. Aos irmãos , o melhor. Aos amigos, também. Ao mundo: Juízinho! A tudo mais, que balance, mas não caia...

publicado por na primeira pessoa do singular às 08:51

Era dia 30 à noite, e estas almas nem planos tinham para a passagem de ano. Por fim o marido lá se chegou à frente: o pai tinha convidado para irmos lá a casa. Ainda pensou em dormirmos lá, mas isso já era demais. Conenvencemos os meus pais a irem também. O borrego ficou rijo que nem cornos, mas foi o que se conseguiu fazer. O resto, do que fiz, do que fizeram, do que comi, até nem estava mau, mas independentemente disso, o melhor foi ter passado quase toda a noite no sofá com o pequenino ao colo. As garotas pintaram-se e dançaram, e foi o melhor que fizeram, abençoada wii, senão era o tédio geral. Eu lá fui abrindo e fechando os olhos enroscada no bebé perto da lareira, ouvindo vez sim vez não as cantorias na televisão. O marido conclui que somos bicho do mato, não nos damos com ninguém, a nossa vida é casa e trabalho. Acrescentaria também casa dos pais e actividades das filhas. Acrescentaria também que não há orçamento para jantaradas e saídas. Como tal quer o quê? Milagres? Não faço questão de festas, mas há anos e anos que é sempre o mesmo, ficar com os pais, para que não fiquem sozinhos. Às vezes ainda conseguimos a companhia das minhas irmãs, cunhados e sobrinhas...às vezes! Regressados a casa, eu a conduzir, zerissimo de álcool, fomos para a cama, dormir claro está, eu a usar uma fabulosa peça de lingerie azul chamada protector de mamilos gretados e cheios de purelan em flanela macia, para ter menos dores, ambos de pijama quente, que estava um grizo. E duas mamadelas depois, aqui estou eu a escrever directamente do "trono", pai e filho dormem, das filhas nem se ouve um pio, e eu aqui a penar com dores de barriga, dores de corno, dores de alma, e a esperar que tanta merda junta não seja o prenúncio do ano. É que já vai haver que chegue nas relações familiares e laborais dos meus pais e tios, na falta de trabalho suficiente para eu voltar a ter um ordenado estável, no ano escolar com exames para as duas filhas, para continuarmos a caber todos neste apartamento...e sei lá mais o quê... Pronto, já passou: o ano, a noite, a dor na tripa e no coração. Puxe-se o autoclismo.

publicado por na primeira pessoa do singular às 08:28

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