Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

20
Ago 13

hoje ligaram-me a saber se eu tinha interesse em estar presente num jantar de apoio a determinada candidatura à JF daqui da terrinha.

Por acaso até tinha. Por acaso até nem posso nessa data. Por acaso não deixa de ser uma coisa que penso que pode passar pelas minhas opções no futuro.

Mas lá fui explicando que eu só acredito em factos e no que a minha consciência me aconselha. Que eu não tenho cor. Quem eu não tenho lateralidades. Que o meu CC diz que eu moro noutra freguesia e nem voto aqui.
Aqui, nesta freguesia de onde sou, onde trabalho e onde as minhas filhas estudam. Onde não foi possível encontrar uma casa para morar com qualidade e preço compatível.
Onde pago quase tanto aos SMAS por um wc com sanita, lavatório e um bidé onde encho o balde com água para lavar o chão, onde não vou todos os dias e tenho de levar o lixo para outra rua, porque ali não há caixotes quanto pago pela água de consumo de minha casa durante um mês, com banhos, cozinha e lavagens. 
Onde não há quase nada, em termos de comércio, excepto supermercados.
Onde o posto médico é uma lástima, as farmácias levam caro e raramente têm um medicamento fora do comum.
Onde a maioria dos poucos clientes que daqui tive foram maus pagadores.
Onde há milhentos desempregados, e pior que isso mais milhentos desocupados e outros tantos de ignorantes por convicção . 
Onde é possível dislumbrar tráfico de droga com os suspeitos do costume.
Onde há sítios onde os telemóveis não funcionam, onde a net mal chega, e onde se roubam cabos de cobre das telecomunicações.
Onde ( vá lá! )as escola até tem melhorado, ( mesmo quando há elementos que são chumbo pendurado ao pescoço de quem se está a afogar)
Onde se está a poucos km e poucos minutos de diversas sedes de concelho, e não se aproveita isso.
Onde houve um bairro fabuloso, de uma empresa, que hoje adormece, anestesiado, e poderia voltar a ser um polo de mais valias altíssimas para a freguesia, quer em termos urbanísticos, culturais e desportivos.

Onde até as miúdas foram "convidadas a sair" da catequese, por não morarem cá..

Onde ainda não vi nenhuma vantagem em aqui estar, e mesmo assim não quis daqui sair, e não desisti de tentar que se torne num sítio melhor para viver e trabalhar.

Mas aí está, o candidato até é um bom candidato, um homem que me parece sério e acessível e até tem feito algumas coisas bem feitas..mas imaginem que eu tinha de abrir a boca para apoiar, podiam-me sair coisas inconvenientes pela boca fora...

Fica para outro dia. Se precisarem de apoio técnico chamem-me.

Se precisarem de mim para governar, pensem duas vezes, eu sou altamente democrática para com os que respeitam e cumprem as minhas opiniões e ordens. Às vezes até sou um pouco monárquia, se for eu para rainha.. Não iam querer uma ditadorazinha pois não? É que tenho sérias dúvidas sobre comando partilhado. Talvez seja até inconstitucional. ..

O que eu sei é que sinto cócegas políticas pelo corpo todo. E que passo os meus dias com ideias, e muitas ideias são de "improvement" da minha terra e dos que aqui vivem

Mas fica para outra altura, tá bem?, quando eu tiver mais tento na língua, e mais diplomacia, que o meu estilo é mais de pelotão de fuzilamento.

publicado por na primeira pessoa do singular às 19:57

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