Todos se vão desculpando de não saberem, ou não serem responsáveis, até o ACT diz que já sabia, mas não teve tempo, e daqui a uns tempos vai lá ver ( acho que esta afirmação devia... ser promovida a anedota do século: daqui a uns dias vão lá ver o quê? vão lá ficar à espera deles, é??)
Adiante:
A obra, no mínimo, deve ter um fiscal, coordenador de segurança, técnico de segurança e director de obra. Depois ainda terá encarregados, chefes de equipa....para não dizer todo o tipo de empregados e vários escalões de funcionários que um consórcio tem.
Alguém, um dia, já deve ter ouvido algo sobre esta situação, aliás, praticamente todos devem ter ouvido falar. Comentaram, cochicharam, calaram-se.
Porque já viram esta situação em dezenas de obras.
Por outro lado, quase todos estes maioritariamente homens, devem viver com os tomates entalados, e poucos terão tido a coragem de se chegarem ao seu superior hierárquico e denunciado a questão, e assim sucessivamente até ter chegado ao topo.
E ainda que o tenham feito, mesmo que tenha chegado ao patrão, se calhar levaram um não como resposta e ficaram por aí...
As regras dos alvarás são claras, mas sujam-se depressa.
O anexo I nas propostas do concurso não é para ninguém ler.
Reclamar numa empresa de construção é um risco, um atentado ao emprego. Mas foi sempre um dos poucos riscos que nunca me importei de correr. Nem sempre os resultados foram os melhores, para o meu lado.
Tão culpado como quem põe estes homens nesta situação é quem convive com ela de ânimo leve. Mas isto é só a minha opinião, deve haver outras. Também pode ser porque não tenho tomates, pelo que não ando com eles apertados. Só mesmo o coração...