Mas não gosto nada que textos de 10 linhas sejam considerados longos. Que não se tenha de saber a tabuada ( só é preciso percebê-la e saber fazê-la, nem que ...demoro 5 minutos a fazer a tabuada do 8, para se chegar aos 8x7, em vez de gastar um segundo a chegar aos 56...e depois não se consegue chegar aos fins dos testes).
Não gosto de ver os livros das disciplinas desmultiplicados em n livros de exercícios ( que depois não há tempo de completar, e que se repetem, repetem, repetem...)
Não gosto das desculpas de falta de tempo para se cumprir o programa, quando há de sobra para outras coisas.
Não gosto que os trabalhos da escola e o estudo exclusivo dos livros seja considerado factor decisivo para o sucesso escolar.
Não gosto que não se promova o debate, o projecto, a iniciativa, a retórica, o discurso, as apresentações, sob a desculpa de falta de tempo.
Não gosto que a cultura, a vida em comunidade, as vivências fora da escola não possam servir de ponto de partida para complemento dos ensinamentos que vêm nos livros.
Antes, a escola primária era o melhor que a maioria dos portugueses poderia almejar de cultura e conhecimento, pelo que se aprendi muito de cada coisa.
Agora, e porque se supõe que todos estudarão quase eternamente, os conhecimentos são "aprofundados" em pequenas doses, para que sejam bem percebidos e interiorizados.
Mas então porque não são????
Não gosto da escola primária dos dias de hoje, nos moldes em que me é apresentada. Ponto final.