Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

24
Nov 11

Foi outra Margarida que escreveu ( A minha casa é o teu coração, de Margarida Rebelo Pinto), mas gostava de ter sido eu...é claro que que os problemas começariam logo no falar, pouco e nunca alto...se calhar é mesmo por aqui que começam todos os meus problemas...

"Fala pouco, nunca alto. Fala devagar e com cuidado, fala menos do teu coração do que gostarias porque nunca sabes se tu, ou ele, te mentem. Mantém serenas as tuas palavras e nunca murmures o que queres dizer. Mostra o que vales com o que dizes, sem nunca te comprometeres. Sê fria e fugidia como uma gota de chuva, bela e fresca como uma flor de manhã, sê quem sonhas e quem desejas, mas guarda os teus segredos na despensa como um cesto de cerejas.

Fala pouco, nunca de ti, do teu passado e dos teus medos. Fala dos sonhos e dos desejos, mas cala os mais ousados e perfeitos. Não partilhes lágrimas nem tristezas, são coisas só tuas que assustam os homens. Nunca mostres medo de perder o teu amado, nunca lhe digas o quanto lhe queres.

Usa a sensatez como escudo, guarda a tristeza numa caixa. Não abuses da sinceridade nem te escondas na verdade. Segue sempre o teu caminho e não olhes para trás. Quem hesita cansa-se mais e esquece os seus objectivos. Sê dura com os outros na justa medida em que eles são duros contigo. E se sentires por perto a faca de uma traição, ataca primeiro o outro coração. Não tenhas medo dos homens, mas lembra-te de que eles podem ter medo de ti. Tenta ouvi-los quando não falam, deixa-lhes espaço para respirar. Não queiras tudo de uma vez, não peças o que não te podem dar.

Mostra calma e segurança, mas não vás dois passos à frente. Aprende a ficar quieta quando o mundo te pede que te movas. Aprende a calar se queres que se calem. Aprende a ouvir nos gestos quem te quer bem quando te abraça e quem te quer mal quando te beija.

Ouve a voz do teu coração, mas não deixes mais ninguém ouvir. Lê muita poesia, mas evita os livros de auto-ajuda, só te vão dizer coisas que já sabes. Dorme muito e come bem, trata da tua pele como se fosse uma jóia e da tua alma como se fosse o teu coração. Nunca te esqueças de arrumar as gavetas da tua memória antes de deixar entrar alguém na tua vida.

Fala pouco, devagar, para teres a certeza de que serás ouvida. Fala de tudo e de nada, não te cales se fores interrompida. Fala do mundo e do tempo, pouco dos outros e nada de ti. Elogia quem te faz bem, afasta do teu caminho quem te quis fazer mal. Lembra-te de que o orgulho tem mais força que lágrimas e suspiro. Guarda as dores dentro do peito, ou transforma-as em risos.

Sê sensata e delicada, tranquila e generosa. Sê discreta e calada, sê bonita e graciosa. Caminha como quem plana, senta-te como uma princesa. Sai antes do tempo, para que nunca se cansem de ti. Volta quando não te esperam, fica apenas quando te pedem. Ri-te das piadas dos outros, mesmo que não tenham graça. Trata bem quem não conheces, desconfia de quem te quer bem de repente. Fica atenta aos sinais, nunca baixes a guarda; pede conselhos aos velhos, mas não faças o que eles dizem.

Fala baixo, mesmo quando é contigo e ninguém te pode ouvir. Fala com o teu coração, mas não esperes que ele te diga sempre o que queres ouvir. E quando não souberes que caminho deves seguir, descansa por um momento e pede o que queres ver, ouvir e sentir. Vais ver que consegues, se o mundo te ouvir. "

publicado por na primeira pessoa do singular às 14:27

 

Um gráfico de interesses e aptidões, há 22 anos, no relatório da psicóloga:

 

++ ciencias, engenharias, literatura, arte

+ exactidão matemática, actividade física

-- actividades burocráticas, actividades persuasivas, música, agricultura, pesca, silvicultura

 

 

A escolha: engenharia civil.

A paixão: obras em construção

 

O amor da minha vida: a leitura e a escrita

O guilty pleasure: a culinária e a agricultura de varanda

 

Dois amores, em nada iguais.

 

 

Resultado: um nível profissional bom, a rápida ascensão e glória, e a queda, lenta e de olhos abertos, sem paraquedas, apoiada nas teias de aranha que se agarram às paredes laterais do abismo.

Não cairei estatelada no chão, não me matará. Mas ficarei com muitas nódoas negras. E sem Hirudoid ou Trombocid

 

 

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:01

Parece-me que só vai sobrar tristeza, coração despedaçado e contas para pagar.

 

Abandonar um projecto de vida, a empresa que criei está a dar cabo de mim. Não abandonar vai dar cabo do "nós"

 

Fecho as portas, dentro de dias.

 

Espero mais 2 respostas, e o dinheiro que os clientes me devem. Pagarei a quem estiver a dever .

 

Recomeçarei. Não sem muito bem quando, não sei muito bem como.

 

 

Entretanto, preparo uma lavagem ao cérebro e ao orgulho, para o downgrading na actividade.

 

 

Acho que, e à velocidade a que as coisas se estão a desenvolver, tirando ir para puta, dentro de dias aceitarei qualquer emprego, que me permita pôr dinheiro em casa e ficar perto da família.

 

 

São dias como o de hoje que me puxam para baixo. Que me fazem esquecer o valor que tenho, as ideias que me surgem diariamente.

 

Todos os dias lido com pessoas que apreciam a minha garra, a minha atitude, o meu desenrascanço, o fazer de tudo um pouco ( e todos os dias lido com pessoas que não gostam assim tanto, é verdade..)

Esta noite, terei o ego massajado por mães e pais que estarão (ou fingirão estar, não sei,,,) radiantes com a peça de teatro que estou a acabar de adaptar e que irei ensaiar até à actuação de 17 de Dezembro. Ficarão entusiasmados e eu cá estarei para os liderar, incentivar e fazer produzir, coisa que até faço bem.

 

O que me sugere que a bipolaridade do relatório da psicologa, aos 14 ou 15 anos me conduziu exactamente para o lado errado...

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:48

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