Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

30
Nov 11

http://economico.sapo.pt/noticias/aumento-do-horario-em-meia-hora-ameaca-empregos_132631.html

e vá-se lá explicar aos srs ministros que trabalhar mais só é importante se houver quem compre o que se produzir a mais nesse período de tempo...é que se calhar o problema das empresas não é a capacidade de produzir, mas sim de escoar produção...

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:19

Ontem à noite, estava a passar a ferro, olhei para uma camisola, pareceu-me do avesso e virei-a. Mal acabei de virar vi que afinal até estava bem, e a primeir coisa que me ocorreu, quase como se eu tivesse uma visão da setinha a andar para trás foi clicar em "UNDO". Senti-me tão burra!
Outro dia, estava a fazer uns cálculos no excell, e tinha que entregar os resultados a uma fiscalização na reunião de obra. Já era quase madrugada e a impressora estava passada. Só depois de muito desespero é que me ocorreu que eu tinha mãos, caneta e papel e que podia copiar os resultados

o que é que a informática me está a fazer ao cérebro?

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:18

29
Nov 11

Costuma dizer-se que quando Deus fecha uma porta, abre uma janela mesmo ali ao lado.
Suponho que, comigo, é mais correntes de ar, que apanhando portas ou janelas abertas , as tentam fechar com estrondo.
Vamos lá ver se engano o vento, abrindo janelas e portas "de correr".
Hoje apresentei O meu projecto mais querido, um que preparo e imagino há anos. Hoje não ouvi não. Voltei a ouvir difícil, complicado, demorado. Mas também ouvi interessante, conhecimento, desenvolvimento, colaboração, parceria, e por fim, vamos apresentar à administração...
Se a porta for de correr, pode ser que se mantenha aberta, indiferente às correntes de ar...

publicado por na primeira pessoa do singular às 16:25

28
Nov 11

http://www.ted.com/talks/lang/pt/sarah_kay_if_i_should_have_a_daughter.html#.Ts19T0wq36s.facebook

 

 

Qualquer dia, eu também irei a um TED TalK, e falarei de uma maneira ainda mais apaixonada

 

Um dia deste publicarei livros meus- não apenas 1, muitos

 

Um dia destes, haverá um menino em minha casa, nem que seja um namorado das filhotas, ou um neto

 

Um dia destes, terei um quintal fértil, de flores, legumes e árvores, com capoeiras e currais com criação, e farei muita comida para a família e amigos, os melhores doces e conservas, o melhor pão e a melhor morcela. E todos caberão à minha mesa...

 

Um dia destes, volterei a ser magra e elegante, e atlética, e poderei amar ainda mais intensamente.

 

Um dia destes vou ser grande e poderei olhar para trás e saber que fiz coisas que fizeram os outros felizes e que foram úteis para o mundo

 

Um dia destes um dos meus aluno virá ter comigo e dirá que foi numa das minhas aulas que descobriu aquilo que gostava de ser, e o que eu lhe disse marcou-o e ajudou-o a ser mais e melhor

 

Um dias destes tenho de começar, se quero apanhar o comboio que pare em todas estas estações

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:25

novembro rima com amor

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:56

24
Nov 11

Foi outra Margarida que escreveu ( A minha casa é o teu coração, de Margarida Rebelo Pinto), mas gostava de ter sido eu...é claro que que os problemas começariam logo no falar, pouco e nunca alto...se calhar é mesmo por aqui que começam todos os meus problemas...

"Fala pouco, nunca alto. Fala devagar e com cuidado, fala menos do teu coração do que gostarias porque nunca sabes se tu, ou ele, te mentem. Mantém serenas as tuas palavras e nunca murmures o que queres dizer. Mostra o que vales com o que dizes, sem nunca te comprometeres. Sê fria e fugidia como uma gota de chuva, bela e fresca como uma flor de manhã, sê quem sonhas e quem desejas, mas guarda os teus segredos na despensa como um cesto de cerejas.

Fala pouco, nunca de ti, do teu passado e dos teus medos. Fala dos sonhos e dos desejos, mas cala os mais ousados e perfeitos. Não partilhes lágrimas nem tristezas, são coisas só tuas que assustam os homens. Nunca mostres medo de perder o teu amado, nunca lhe digas o quanto lhe queres.

Usa a sensatez como escudo, guarda a tristeza numa caixa. Não abuses da sinceridade nem te escondas na verdade. Segue sempre o teu caminho e não olhes para trás. Quem hesita cansa-se mais e esquece os seus objectivos. Sê dura com os outros na justa medida em que eles são duros contigo. E se sentires por perto a faca de uma traição, ataca primeiro o outro coração. Não tenhas medo dos homens, mas lembra-te de que eles podem ter medo de ti. Tenta ouvi-los quando não falam, deixa-lhes espaço para respirar. Não queiras tudo de uma vez, não peças o que não te podem dar.

Mostra calma e segurança, mas não vás dois passos à frente. Aprende a ficar quieta quando o mundo te pede que te movas. Aprende a calar se queres que se calem. Aprende a ouvir nos gestos quem te quer bem quando te abraça e quem te quer mal quando te beija.

Ouve a voz do teu coração, mas não deixes mais ninguém ouvir. Lê muita poesia, mas evita os livros de auto-ajuda, só te vão dizer coisas que já sabes. Dorme muito e come bem, trata da tua pele como se fosse uma jóia e da tua alma como se fosse o teu coração. Nunca te esqueças de arrumar as gavetas da tua memória antes de deixar entrar alguém na tua vida.

Fala pouco, devagar, para teres a certeza de que serás ouvida. Fala de tudo e de nada, não te cales se fores interrompida. Fala do mundo e do tempo, pouco dos outros e nada de ti. Elogia quem te faz bem, afasta do teu caminho quem te quis fazer mal. Lembra-te de que o orgulho tem mais força que lágrimas e suspiro. Guarda as dores dentro do peito, ou transforma-as em risos.

Sê sensata e delicada, tranquila e generosa. Sê discreta e calada, sê bonita e graciosa. Caminha como quem plana, senta-te como uma princesa. Sai antes do tempo, para que nunca se cansem de ti. Volta quando não te esperam, fica apenas quando te pedem. Ri-te das piadas dos outros, mesmo que não tenham graça. Trata bem quem não conheces, desconfia de quem te quer bem de repente. Fica atenta aos sinais, nunca baixes a guarda; pede conselhos aos velhos, mas não faças o que eles dizem.

Fala baixo, mesmo quando é contigo e ninguém te pode ouvir. Fala com o teu coração, mas não esperes que ele te diga sempre o que queres ouvir. E quando não souberes que caminho deves seguir, descansa por um momento e pede o que queres ver, ouvir e sentir. Vais ver que consegues, se o mundo te ouvir. "

publicado por na primeira pessoa do singular às 14:27

 

Um gráfico de interesses e aptidões, há 22 anos, no relatório da psicóloga:

 

++ ciencias, engenharias, literatura, arte

+ exactidão matemática, actividade física

-- actividades burocráticas, actividades persuasivas, música, agricultura, pesca, silvicultura

 

 

A escolha: engenharia civil.

A paixão: obras em construção

 

O amor da minha vida: a leitura e a escrita

O guilty pleasure: a culinária e a agricultura de varanda

 

Dois amores, em nada iguais.

 

 

Resultado: um nível profissional bom, a rápida ascensão e glória, e a queda, lenta e de olhos abertos, sem paraquedas, apoiada nas teias de aranha que se agarram às paredes laterais do abismo.

Não cairei estatelada no chão, não me matará. Mas ficarei com muitas nódoas negras. E sem Hirudoid ou Trombocid

 

 

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:01

Parece-me que só vai sobrar tristeza, coração despedaçado e contas para pagar.

 

Abandonar um projecto de vida, a empresa que criei está a dar cabo de mim. Não abandonar vai dar cabo do "nós"

 

Fecho as portas, dentro de dias.

 

Espero mais 2 respostas, e o dinheiro que os clientes me devem. Pagarei a quem estiver a dever .

 

Recomeçarei. Não sem muito bem quando, não sei muito bem como.

 

 

Entretanto, preparo uma lavagem ao cérebro e ao orgulho, para o downgrading na actividade.

 

 

Acho que, e à velocidade a que as coisas se estão a desenvolver, tirando ir para puta, dentro de dias aceitarei qualquer emprego, que me permita pôr dinheiro em casa e ficar perto da família.

 

 

São dias como o de hoje que me puxam para baixo. Que me fazem esquecer o valor que tenho, as ideias que me surgem diariamente.

 

Todos os dias lido com pessoas que apreciam a minha garra, a minha atitude, o meu desenrascanço, o fazer de tudo um pouco ( e todos os dias lido com pessoas que não gostam assim tanto, é verdade..)

Esta noite, terei o ego massajado por mães e pais que estarão (ou fingirão estar, não sei,,,) radiantes com a peça de teatro que estou a acabar de adaptar e que irei ensaiar até à actuação de 17 de Dezembro. Ficarão entusiasmados e eu cá estarei para os liderar, incentivar e fazer produzir, coisa que até faço bem.

 

O que me sugere que a bipolaridade do relatório da psicologa, aos 14 ou 15 anos me conduziu exactamente para o lado errado...

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:48

23
Nov 11

 

Hoje acordei inspirada, e isso não costuma da bons resultados.

 

 E as questões são:

 

1-Imaginem que dentro de 15 minutos o tempo para em todo o mundo, e todos ficam à mesma hora ( imaginem que serão 10AM em todo o mundo ao mesmo tempo).

E que ao mesmo tempo todo o dinheiro que temos no banco, em casa, no colchão, no mealheiro, é colocado num monte: o nosso, o das empresas, de todas as instituições e todos os bancos.

Que todas as casas e carros e tudo o que é material, incluindo o mealheiro e o colchão, que têm um valor estipulado se materializam em notas e moedas e vão para o monte ( de facto já algum dia foram trocados por dinheiro, pelo que este deve existir).

E tudo o que está em produção e crescimento também.

O mesmo para todas as reservas e stocks de materiais e matérias primas . O mesmo para todas as acções, seguros, fundos e outras aplicações financeiras.

 

Ora bem, esse dinheiro existe no mundo, fisicamente, na totalidade?

 

2- Vamos supor que eu tenho uma macieira biológica no meu quintal, que dá milhares de maças lindas e saborosas.

Durante o ano  tive que a podar, regar, tratar, e por fim apanhar os frutos.

Como já fiz doce, já fiz conserva, já guardei, e já comi, e continuo a ter maça, decido vender as restantes à comunidade.

Ponho num cestinho de verga e monto uma bancada no quintal à beira da estrada.

Vendo a maçã a 0,65€/kg e fico muito satisfeita.

Todos adoram as maças, compram-nas e levam para casa no saquinho que trouxeram.
A meio da manhã, vem o sr das finanças, e em vez de comprar a maça, aplica-me umas taxas e uma coima. 

 Vem o Sr da ASAE e diz que a bancada não tem condições, e lá tenho de fazer outra.

Vem o senhor da segurança social, e aplica mais uma taxa.

Vem a senhora da segurança e a da higiene alimentar e mandam-me por luvas, capacete, colete reflector, deitar a maça numa tela fofinha, colocar rótulo, analisar as características.

E o sr das estradas de portugal ainda me aplicou uma taxa por ter um letreiro na bancada a publicitar as maças.

Neste vai e não vai, tive de ir pagar as taxas e coimas, comprar o material em falta, por tudo como deve de ser.

Como também aproveitei para vender compota e conservas, imaginem toda a burocracia, com testes, papeis, certificações, teores de açucar e o diabo a quatro ( mal eles sabem que fiz licor, senão....)

No entretanto, a fruta começa a apodrecer, de tanto esperar, tenho de comprar uma arca gigante onde a guardo, com consumos enormes de energia, e quando, finalmente tenho tudo legalizado para vender ( também tive de licenciar o espaço na câmara!), faço as contas e afinal tenho de vender a maçã, igual à do primeiro dia, a saber ao mesmo, com todas as vitaminas, e proteinas de lagarta que no primeiro dia por 2,00€/kg.


Passam os clientes e não param. E os poucos que compram não voltam, pois a esse preço, a maçã não sabe tão bem quanto isso.


Baixo o preço, mas depois não posso continuar a pagar tudo o que me impuseram, e um dia concluo que é melhor abater a macieira, que só me trás prejuízo, e no fim ainda tenho de entregar o quintal ao banco.

 

A maçã ficou melhor, mais bonita, mais saudável e mais saborosa no fim de tanta reviravolta? É mais maçã do que no primeiro dia?

 

a maçã que não vendi e apodreceu, tive de pagar aos senhores dos resíduos para a deitar fora.

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:02

22
Nov 11
Hora de pelotão de fuzilamento: ( a mim)

Hoje recebi um email, para que eu como assistente convidade numa escola superior, faça greve, com todas as razões e mais alguma. Razões de elite, de expectativa, de acusação, e de "venha a nós".

Por acaso, nesse dia não dou aulas. Mas se tivesse, ia.
...
Porquê? porque a greve, que até é justa, não me parece ser pelos motivos certos.

-porque para os professores fazerem greve, as minhas filhas vão ficar sem aulas em casa da avó, mas podiam não ter avó...
- porque para outras crianças que não têm avó não fiquem abandonadas, as senhoras do ATL têm de trabalhar mais horas, ou os pais não podem ir trabalhar
-porque se os pais trabalharem no sector privado, é complicado fazerem greve, pelo estigma, pelo precedente, e por mais dois outros motivos: nas empresas onde há trabalho, é necessário produzir e todos os minutos contam, nas empresas onde não há trabalho, procuram-se motivos para despedir os funcionários, e se a greve não serve como motivo, serve de ignição.
- porque uma greve motivada apenas nas coisas de uns não querem perder, não resolve os problemas daqueles que nada ganham
-porque muitos dos grevistas não se manifestarão, mas usarão o dia de greve para o lazer, para arrumar a casa, ou para ir tratar de assuntos pendentes. Ou tomar conta dos filhos.
-porque alguns grevistas irão dirigir-se a determinado sítio, para fazer alguma coisa, e vão deparar-se com a porta fechada, e hão-de dizer "Carago, logo hoje que eu tive tempo para vir aqui e estão fechados!"
- porque muitos grevistas terão o ordenado acabadinho de cair na conta, no dia da greve, mas há muita gente que nem no fim do mês, nem no fim do ano, nem em dia nenhum vão ter ordenado, subsídio ou o raio que o parta para comer, vestir, sobreviver.
- porque muitos dos reformados, com uma vidinha sossegada, e com reforma razoável ( não as reformas miseráveis), parecem esquecer-se que os seus filhos não terão essa reforma, e que muitos filhos não levam esse dinheiro para casa.
- porque os grevistas esquecem-se que neste país as pequenas empresas, que estão atoladas de dívidas e sem crédito, são as que vão pagando os impostos, e que são esses impostos que sustentam o país, e que nem todas as empresas têm gestores milionários, administrações corruptas, e vivem à tona da água, para além de todas as suas forças, para manter empregos e contas com o estado em dia, pois senão, tudo estará perdido
- porque muitos grevistas votaram em quem tomou estas decisões, e muitos grevistas não se quizeram perder uma hora para ir votar num domingo, mas podem perder um dia de trabalho
-porque uma greve de gasolina faz mais efeito que uma greve geral ou uma greve de fome, e isso é estranho

e quando é que eu iria a uma greve?

-se ela fosse por direitos fundamentais
- se fosse para exigir igual para todos, e não para os mais iguais que outros
-se fosse para exigir que se fizesse uma revisão das opções do estado dos 20 últimos anos, isenta, com prazo, com identificação clara dos erros e das motivações em tempo útil
-se desse para fazer um reset ao Mundo

Como tal, e na fraca expectativa de ver estas razões acontecerem, vou dando o meu melhor, todos os dias, na vida profissional e pessoal, sem medo de expor a minha opinião e de me sujeitar à crítica e ao debate. Porque se tiverem explicações melhores que a dos outros do email, estejam à vontade para as demonstrar, porque se tiverem razão, até peço desculpa e sou a primeira a assinar por baixo
publicado por na primeira pessoa do singular às 16:27

Faz hoje 20 anos,  por esta hora, aguardava que começasse a aula de matemática.

 

Aquela, a dos exercícios que tinham servido de desculpa para que se desse o encontro. Dúvidas existenciais num exercício do 11ºano, que foram esclarecidas com o nosso primeiro beijo, no pátio da escola.

 

O pátio não sobreviveu à obras da E S Calazans Duarte.

 

Nós estamos aqui.

 

Amo-te, R

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:18

18
Nov 11

Ia ser mais do que a chuva que está a cair.

 

Ia juntar o misto de felicidade e tristeza, porque uma amiga está grávida, e é uma notícia feliz, mesmo que tenha sido por acaso, triste, porque me parece que dificilmente irei ser eu a voltar a dar essa noticia, muito menos por acaso

 

ia juntar o misto de felicidade e tristeza, porque tenho obtido alguma receptividade às minhas propostas e ideias, e, um dia, passam de novo a esquecidas.

 

porque não tenho um tostão na conta da empresa, e a segurança social e o irs para pagar, o iva paguei com dinheiro de casa e ainda tenho o resto para pagar. E sem receber.

 

E porque...

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:28

16
Nov 11

Não. O saramago não me inspira. E irrita-me

Até tenho alguns livros por aqui: Memorial do Convento, A jangada de pedra, os Cadernos de Lanzarote e mais qualquer coisita. E já estive mesmo para comprar outros, eu que sou uma devoradora de livros.

 

No entanto, e por mais interessantes que sejam, não consigo passar das primeiras páginas. Eu não sei ler aquela lingua, falta-me o ar ao ler algumas frases, não consigo.

 

E o mesmo com o António Lobo Antunes. Tal e qual, tanto livro começado...nenhum por acabar.

 

E eu não gosto de deixar livros por acabar

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 21:59

15
Nov 11

 

Há coisas confortáveis, na vida. As botas que trago hoje, por exemplo.
Têm 11 anos, são castanhas, tipo montanha, da Ritex. Já não se fazem. Um dia destes entrei numa sapataria e o dono perguntou-me onde as tinha comprado. "oh, já foi há muitos anos, no mercado de Pataias...", Pois, queixou-se ele, isso é do melhor que já se fez em Portugal, e agora não se encontra. Fiquei vaidosa da minha compra......
São as botas dos dias de chuva, e dos fins de semana em qua conseguimos fugir para algum sítio mais campestre, para a neve. São botas para caminhar e para ter os pés quentinhos.
Ao fim deste tempo todo, estão impecáveis. Volta e meia levam um bocado de sebo, e voltam a estar novas.
Hoje, vão-me acompanhar neste dilúvio, e fazer-me pensar em coisas boas, quando, pela meia noite, estiver a deitar fumo pelo olhos, fogo pela boca, depois daquela aula sempre tão desesperante, para a qual foram destinadas as minhas noites de segunda feira...
publicado por na primeira pessoa do singular às 10:08

10
Nov 11

 

ontem tive de ir entregar uma acta à segurança social. A senhora que me atendeu olhou para mim com ar desolado, respondeu às minhas questões, suspirou, e no fim disse:
" A senhora nem sabe o que eu vejo por aqui! Estou quase a reformar-me e nunca vi nada assim..."
E continuou, sabendo o que um pequeno empresário sente na pele, pois tem o exemplo em casa, pelos vistos, explicando-me uma série de ca...sos que conhece, enquanto fazia os registos no computador.
E, por fim, terminou:
" mas sabe o pior disto tudo? É que todos os dias vêm aqui trabalhadores reclamar de tudo e mais alguma coisa, mas o que nós vemos, é que, na maioria dos casos, os patrões é que estão a ficar mal e a perder tudo para conseguirem cumprir com os seus funcionários..."

Se uma simples funcionária de atendimento sabe, as suas chefias deviam ter conhecimento, e por sua vez as instâncias que os tutelam.
Mas isto não vem nas notícias, e todos os empregadores, sem excepção, parecem ser os bichos-papão que querem explorar e dizimar os trabalhadores.

lembrem-se que, a maioria dos patrões portugueses não conhece, nunca ouviu falar nem nunca legitimou a palavra áqueles que negoceiam em nome das entidades patronais, empresários e industriais...o que é uma coisa que me faz muita comichão...
publicado por na primeira pessoa do singular às 10:07

08
Nov 11

 

acho que não era suposto ser assim, este não é o ritmo da vida!! 00:25h e bicha a sério para sair da ESTG. Um polício berrava, barafustava, gritava, apitava, estava passado. Perguntei-lhe se não podia sair por aquele lado, e ele rosnou que sim, mas que estava tudo parado. Segui para o estacionamento, e tinha o carro trancado pela bicha dos que tentavam sair. Finalmente chegou a minha vez, e quando... cheguei ao primeiro cruzamento, fiz pisca para a esquerda, mas o raio do homem apitou e mandou-me ir para a direita. Então não quer ir para Leiria, perguntou. Não, quero ir para sul, respondi-lhe. Riu-se apitou e gesticulou a mandar-me para Norte.
Mais uma vez, a via sacra dos camiões a desviar para o lado da barosa, santa clara, parceiros, maceira...à 1 da manhã o marido manda uma mensagem a perguntar por mim....
pelo caminho, atrás do camião das galinhas, tive muito tempo para ir pensando na vida:
O que faço eu e toda aquela gente àquela hora na escola, e todos os que ainda lá ficaram pela noite dentro?
Depois o polícia, stressado
Os topógrafos a marcarem alinhamentos nas obras, à luz do holofone, e as centenas de homens a trabalhar nos últimos dias do emaranahdo de pontes e autoestradas, e os holofotes a cegarem quem vai de carro, com vidro molhado da chuva e da condensação.
Dezenas de camiões em fila indiana, a percorrerem estradas estreitas, a cruzarem-se e encolherem-se mais do que o fisicamente expectável.
Trabalho de dia, trabalho de noite, trabalho de dia e de noite para tanta gente.
Não compreendo!! a cegueira de trabalhar mais e mais, fazer mais e mais depressa e mais barato, onde já nem as empresas ganham, quanto mais os empregados.
A noite foi feita para dormir...e no entanto só me parece que se esteja a caminhar para o esgotamento do homem enquanto humano. Se calhar a ficçao científica está enganada, e os laboratórios também. Não vale a pena investir em robots, porque a evolução da espécie para aí caminha, a passos largos. Estamos a ficar autómatos reféns do trabalho e afastados do coração e da humanidade.
Definitivamente, não me parece que a vida dos homens tenha sido talhada...
publicado por na primeira pessoa do singular às 10:57

Esta à noite, saí das aulas, perto das 00:20h.

Está a ser frustrante ter um número tão grande de alunos tão heterogéneo, onde uns fazem tudo sozinhos, e outros nem o básico consegue, nem mesmo com ajuda, pelo que fiquei a ajudar, acabar, explicar de novo e de novo e de novo...

A certa altura, deixo de repetir as mesmas frases vezes sem conta, e escrevo a vermelho no canto do quadro.

Faço o exercício 1, 2 ,3 4 vezes. Repito, repito, repito, e ainda vou explicar um a um, aos 30% da turma que nada vêem daquilo.

 

De repente, já nem eu conseguia fzer o exercício, de tão baralhada que estava. Apaguei tudo, respirei fundo , recomecei, as palavras a engasgarem-se. Desenhei tudo de novo. Calei-me, escrivi no quadro o que tinha feito.

Têm os pontos, acham as projecções das rectas concorrentes, procuram o traço das rectas e é aí que passa o traço dos planos. Ou ao contrário. E o mesmo se tiverem um ponto e uma direcção. ....Blá blá blá. mais blá blá blá..e ainda outra vez.

 

Porra, ou sou muito incompetente, ou alguns são mesmo burros!!!

 

E depois, ter metade da turma a entrar aos cochichos, hoje um, para a semana outro.. e as 4 horas semanais seguidas serem transformadas em 3, porque a primeira meia hora é a esperar que a professora de física saia, e a segunda é com eles a pararem para jantar...não está com nada. Não está a ser fácil

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:31

07
Nov 11

Uma réstia de sol ilumina o meu coração.

 

A semana passada publiquei o meu currículum num site de engenharia civil, e uma hora mais tarde tinha um uma proposta no meu email. Vai ser marcada uma reunião. Veremos o que dali vai sair.

 

A semana passada, voltei à carga com mais um projecto, não desisti apesar de todos dizerem que é difícil, que dá muito trabalho. Hoje recebi um email. Vai ser marcada uma reunião. Veremos o que dali vai sair.

 

A semana passada contactei um antigo cliente, por causa de um trabalho. Quer vir ter comigo. Vai haver uma reunião. Veremos o que dali vai sair.

 

A semana passada contactei uma empresa, que ficou interessada nos meus serviços. Veremos o que dali vai sair.

 

A semana passada propús a uma investigadora que me ajudásse uma ideia que surgiu. Pelos vistos, ela e a empresa onde trabalho demonstraram interesse. Veremos o que dali vai sair

 

Tudo isto volta a por em causa a existência da empresa, da qual eu não quero abrir mão, mas que está a ser sugada para o fundo do ralo.

 

Será que conseguirei sair daqui mais forte?

 

O que eu sei é que devo estar a fazer algo certo, mantendo o meu cérebro activo, apresentando ideias, ideias e mais ideias, até acertar...

Parecem-me reuniões a mais e fazer a menos, mas enfim...

 

isto, se entretanto, não cair em mim e verificar que sou apenas mais uma IDIOTA.

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:10

02
Nov 11

Eram seis da manhã, e rebolava na cama há alhum tempo.

 

Ele sentiu-me acordada e abraçou-me. Disse-lhe: Quero fechar a empresa. E expliquei-lhe que o quero fazer antes de ter dívidas, o que será já no final do mês, o o dinheiro continuar sem entrar. E, no telemóvel dele, moostrei-lhe o que há de anúncios para engenheiros, os que já concorri, e tudo mais.

Chorei, desesperei, mas aliviei o coração.

Só me abraçou, e pouco depois voltou a adormecer.

 

 

Senti-me  um pouco mais leve. Um pouquinho, só. Mas qualquer coisa.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 15:04

Desculpa-me, principe Alexandre, porque hoje deixei de te procurar.

 

Não por falta de amor, porque te ano, há muito tempo, e porque te continuo a mar, ainda que não não existas em mais nenhum lugar , excepto o meu coração.

 

Não por falta de paciência ou vontade, porque espero por ti há anos, e estou disposta a esperar outros tantos.

 

Deixei de tomar os medicamentos que poderiam melhorar as probabilidades de um dia vires a nascer, porque estamos quase sem dinheiro, e eu quase sem emprego. É só isso. Um motívo tão fútil como desprezível, mas real.

 

O pai tem medo, do que te pode faltar e às manas. Os avós acham que seria uma loucura. E eu estou de rastos...e choro, ainda que ninguém veja.

 

No entanto, a porta está só encostada. Podes vir quando quiseres, e eu vou estar de braços abertos para te receber.

 

 

e se não fores um principe, mas a mais pobre aldeã, o abraço será igual.

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 14:48

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