Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

30
Set 11

Fui adepta tardia, confesso, mas fiquei conquistada.

 

A lista de amigos é reduzida, é certo, porque ainda que goste muito de falar, acho que nem todos estarão aptos ou serão desejáveis, para o que eu digo, escrevo ou exponho.

 

De vez enquando procuro colegas da escola ou da Universidade, ou chegam-me de mão beijada por serem amigos de amigos .

 

Olhar para muitos daqueles perfis e ver a situação profissional de muitos têm-me feito pensar, e admitir que fiz muitas escolhas erradas na minha vida. Acima de tudo, escolhas profissionais.

 

Ao que parece, sucesso profissional é coisa que não falta. E vêm-se os amigos sorridentes, em fotografias tiradas em diversos destinos de férias por todo o mundo, as amigas sorridentes com o seu bando de filhotes de uniforme da escolinha, os bem sucedidos cá, os bem sucedidos no estrangeiro...tudo parece ser maravilhoso.

 

E eu aqui...numa micro empresa que já só tem o nariz de fora para respirar, e pouco mais. Com férias no campismo  e já vou com muita sorte!

 

Falhou tudo. Tudo. Só tenho a minha dignidade e a a minha família. E, pela primeira vez , desde que comecei a trabalhar, há 13 anos, vivo à custa do ordenado do marido. Isto está a deixar-me doida.

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:13

Ontem, navegava num site de leilões, e encontro um apartamento, igualzinho ao meu, a cerca de 3km. Pelos vistos, o construtor foi muito original...

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:11

29
Set 11

diz que vou dar mesmo aulas...

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 22:45

Era capaz de me fazer bem...

 

Estou a ficar desesperada.

 

A empresa está a correr mal. Muito mal. Pronto, está dito. Não há trabalho, os potenciais clientes não têm trabalho nem dinheiro, está tudo nas lonas e eu também.

 

Tenho feito contactos, entrevistas, o diabo a quatro, e a resposta é sempre a mesma : não há trabalho, nem dinheiro...

 

Desde que comecei a trabalhar, sempre fui independente monetáriamente. A falta de ordenados obriga-me a respeitar o ordenado que o marido trás para casa e usá-lo no que faz falta.

 

Sinto falta de comprar livros, de comprar lingerie, de me mimar. Hoje fui pintar o cabelo, que estava uma lástima, branco, seco, tipo palha de aço, e ainda me estou a recriminar disso. E esta prisão está a dar cabo de mim.

 

O marido anda mal humorado com o trabalho, e deve ser uma grande pressão extra saber que não lhe pode dar na cabeça e mandar tudo à fava, pois iamos nós atrás, logo de seguida...

 

 

Emigrar...é uma hipotese, mas tinhamos de ir todos. Ir todos? e a educação das meninas?e o emprego para os 2? e a famlia envelhecida que cá ficaria, a precisar de nós?

Para onde? a fazer o quê?

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:31

Andava eu tão feliz com a minha poupança/saúde pela manhã, e já me passou!

 Passei a fazer pão na máquina em formato menor ( em altura), mas com o mesmo comprimento - logo dá o mesmo número de fatias, apenas um pouquinho menores, mas como está tudo gordinho, achei que era uma boa opção.

 Arranjei os lanchinhos para as garotas, embrulhei em papel de alumínio para ficar fofinho, arranjei uvas, pus numa caixinha, e, IMEDIATAMENTE, fui deixar no hall de entrada.

Saí de casa a TEMPO E HORAS, e quando estou a chegar à escola ( que não é propriamente ali na esquina, ainda para mais com as obras eternas pelo caminho) e vejo que me esqueci dos lanches em casa. Paragem estratégica em casa da avé, e lá vão paposecos com manteiga para toda a gente...

 

 Duas conclusões:

 

1- lá se vai a poupança, porque logo à noite vai estar tudo duro, a não ser que gaste mais tempo e gasóleo para voltar atrás e ir buscar tudo.

 

 2- definitivamente, partes de mim estão com o prazo de validade a expirar ( isto se já não estiverem estragadas e bolorentas), e o pior de tudo é que o cérebro é uma delas. Dantes, chegava pôr as coisas no hall de entrada. Agora tem de ser pendurada na maçaneta da porta, isto a ver se não me esqueço...

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:30

22
Set 11

Ando "sensível". Tremeliques. De lágrima ao canto do olho.

 

Da incerteza de trabalho , da vida, da subsistência material da família, do imprevisto

 

" He shall Provide".

 

Foi uma frase que ouvi algures, de inspiração bíblica, penso eu.

 

E assim tem sido, He, seja Deus, seja o Acaso, ou o amor daqueles que me rodeiam, têm feito as coisas acontecer. Muitas vezes no último mimuto.

 

Ou então sou eu que não desisto e busco pelas coisas até elas acontecerem.

 

No entanto, são tempos difícieis. Mais difícieis. Não insuportáveis ou desesperantes.

 

Deixam-me mais sensível.É isso.

publicado por na primeira pessoa do singular às 19:17

depois de um sim, não, sim, nim, afinal sempre vou dar aulas. / por semana, + dúvidas,,,um dia de trabalho condensado numa tarde

 

também vou ter aulas. E o mais giro é que havendo outras 4 noites livres, vou ter aulas exactamente na noite em que dou aulas até às 23h. Fabuloso, hein?

publicado por na primeira pessoa do singular às 19:15

20
Set 11

Perguntava-me hoje, aflita, a vizinha da frente, se o meo, em minha casa tinha um canal só para a casa dos segredos, que o dela não estava a dar...não sei, não procurei, sei que tem para o peso pesado. Ah, não é o mesmo, acho que é o 12. Pois não sei.
 Dizia-me ela, que, sozinha em casa, é uma das distrações que tem, para além de palavras cruzadas e sudoku da dica da semana.
 "Sempre dá para fazer companhia".


É triste. Ontem, em plena hora do jantar, entre as notícias e a novela, deu um resumo. Se a televisão da cozinha tivesse mais que 4 canais, até me tinha dado ao trabalho de mudar. Não mudei, não desliguei, logo, ouvi a parvoíce que ia passando atrás de mim, virando-me para trás quando nem queria acreditar no que estava a ouvir ( estou a ficar surda, tinha dúvidas se era mesmo verdade o que estava a ouvir...).
Quando começou o big brother, via. Vi o 1 e o 2, era à 3ª feira à noite, altura em que aproveitava para passar pilhas e pilhas de roupa a ferro. Depois deixei-me disso. Desse e de muitos outros do género que se seguiram. Volta e meia via qualquer coisa que se cruzava comigo, mas deixei de saber quem é quem e o que fazia com qual.


Hoje, abria as notícias o share do programa, batem-se picos de audiências, é o sucesso...
Do que vi,( e que, se se atravessar à minha frente verei de novo), lamento a espécie humana que para lá foi.

 

Espero que seja como as estatísticas, que dizem que eu bebo vários litros de vinho e cerveja por ano, sem  tocar num copo,( e também não bebo com palhinha), e que aquela amostragem não seja exactamente, um retrato de Portugal.

Deslumbrados e inconscientes de que vão ser esfolados vivos,mergulham de cabeça na fama que os vai perseguir para o resto da vida.


Sou das que acreditam na regeneração e nas 2ªs e 3ª e 4ªs oportunidades, não de perdoar 7 vezes, mas 70x7, mas acho que aqueles infelizes vão sair dali com um carimbo na testa que lhes vai dar para umas 300 reencarnações!!!


A verdade verdadinha é que um punhado daquelas aves raras vai-se safar, e eu não. Vão receber de revistas, de televisões e eventos de socialites, ainda terão direito a honras de reis e rainhas dos próximos carnavais, e grão a grão, encherão um papo ( algumas rolas já o têm bem grande, mas enfim...)

 

O facto é que, a entrevista a Souto de Moura, das notícias de ontem, não passa o dia inteiro em canal aberto, nem tem direito a replay e a resumo. E quem diz ele, diz tantas centemas de pessoas interessantes espalhadas por este portugal e pelo mundo, cujas vidas seriam o melhor dos exemplos para ver horas a fio e seguir na nossa vida

 

 

dizia eu, que é triste. É TRISTE que alguém precise de confortar a solidão com tão baixo nível e exemplos de vida.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:58

De há uns dois anos para cá, poucas vezes pude seguir a estrada que liga casa7escola/trabalho.

Primeiro obras dos esgotos, depois da estrada, depois os passeios, agora a ponte.

Isto para dizer o quê? Há um atalho. Sujo, estreito, escuro e poeirento mas eu gosto dele.

Só que o marido pediu para eu não ir por lá...

 

Desde esse dia, faço um exercício múltiplo:

- contrario o meu gosto de atalhar, e sigo a estrada alternativa.

- demonstro às filhas como se deve "obedecer" a uma "ordem"

- obrigo-nos a despacharmo-nos mais cedo para sairmos a horas decentes para chegar à escola

- enche-me o coração saber que sou livre de ir por onde quero, mas só porque ele me pediu, estou disposta a fazê-lo, e faço-o

ainda que haja um bichinho a roer-me cada vez que eu passo ali, a dizer-me, "vira à direita, vira à direita!"

 

ISTO é o que me falta para voltar a ser magra. Se me for "educando" assim, pode ser que um dia destes arranje a força de vontade que me está a faltar.

( o açucar AMARELO já está arrumado na prateleira mais alta, onde eu não lhe possa sentir o CHEIRO nem ver os TORRÕES escuros, e para lá ir buscá-lo tenho de ter muito trabalho...)

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:08

14
Set 11

E de repente, muitos acordamos e voltámos 30 anos atrás, aos aproveitamentos, às reciclagens e reutilizações. Deixou de ser vergonha usar roupas usadas, levar para a escola mochila e material do ano passado. Os amigos agradecem se outro trás alguma roupa ou brinquedos que os filhos já deixaram de usar.

Se calhar, muito do que se correu para tentar apanhar o ritmo dos "paises ricos e evoluídos", foi pura canseira, e de um esforço mal medido, padecemos agora da "dor de burro".

Andámos tanto para a frente, que já estamos a dar a volta...

Só complicámos, pelos vistos sem grandes proveitos.

Temos grandes escolas e universidades, que não estão ao alcance de todos

Temos grandes trabalhadores, pensadores, cientistas, iluminados, que vão procurar o futuro no estrangeiro

Temos muitas fábricas, muita pressão para produzir mais e mais barato, mas não entra dinheiro das vendas, ou não há encomendas para sustentar os trabalhadores

Temos casas melhores, mais bonitas, mas mais longe, mais caras, uma ancora presa ao pescoço de muitos que já não podem suportar o seu encargo

Temos trabalhos de nomes pomposos, com AVAC e WIFI, mas não temos tempo, nem salário que o pague

Temos filhos mais bonitos, mais espertinhos, mas que nasceram cansados, de porta fechada à rua, que quase estão proibidos de se esforçarem, de terem amigos de carne e osso e de terem esperança no futuro.

Se bem me recordo, a vida era mais fácil, com menos contas por pagar, quando eramos um país ilustremente desconhecido e atrasado. Porque ainda não me demostraram que estarmais perto do topo da lista é assim tão melhor...

publicado por na primeira pessoa do singular às 22:32

Ontem , sentei-me no chão e em quase 2 horas fiz 2 conjuntos de lápis de cera, 2 de canetas, 8 de lápis de cor, com bolsinhas de papel e etiqueta, sobrando ainda uma caixa de indíferenciados e sobresselentes. Missão cumprida, pensei.

Errado: hoje encontrei outra caixa cheia de lápis e canetas...

 

Próxima missão: despejar 4 sacos grandes de tralha retirada na limpeza do quarto das garotas e :

- montar pernas e braços, vestir, calçar e equipar milhentas bonecas. O que sobrar : LIXO

- escolher brindes de ovos kinder, cereais, mac donalds e afins

- separar todos os "alimentos" e "compras", "baixelas" e "enxoval" da bonecada

- montar puzzles ( e colar as peças para não haver mais hipoteses de desmontagem!!!) fazer peças em falta

-escolher triliões de folhas rabiscadas, que ainda não me convencia que não são obras de arte

-ver quais são os livros de pinturas e actividades que ainda têm folhas para fazer, e descobrir um arquivo bem morto para os outros

- colar capas e lombadas

 

consequentemente, levar as mãos à cabeça e pensar: PORQUÊ?

 

 

 

muito satisfeita ( ainda que com alguns remorsos) por ter sido de aceitação fácil ( fácil de mais, dá para desconfiar) que as mochilas, bolsas, e material escolar em bom estado são os que vão para a escola, já a partir de amanhã.

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:09

13
Set 11

Antes de mais, agradeço aos cunhados o empréstimo do apartamento no Algarve, que nos permitiu uma semaninha de férias à maneira.

 

 

mas fico por aí!

 

são muito boas pessoas, mas o fundo da carteira não está à vista, ao que parece...é inconcebível o que gastam em paneleirices, revistas cor de rosa, restaurantes!!! e o outro ainda dizia, gaste ou não gaste, no fim do mês é igual

 

fonix!!! lá em casa não é bem assim!

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:45

Depois de uma mini férias ( mas que souberam tão bem, mas tão bem!!!!), nada como regressar a uma segunda feira de trabalho, com reunião marcada loga pela manhã, e ninguém aparecer, nem sequer dar justificação.

Gostei Tanto!!!{#emotions_dlg.skull}

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:42

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