Ontem foi dia de aventuras.
Aproveitámos o dia solarengo e partimos à descoberta. Da asma, nem sinal, ao fim de uma hora a subir um monte, mata cerrada mediterrânica, com carvalhos, pinheiros, silvas e todo o tipo de arbustos e bicharadas.
Não a primeira escolha delas, que são um bocado picuinhas, mas chegar ao ponto de destino e ver o maior e mais bonito carvalho da nossa vida( quem sabe, do mundo!), valeu a pena, o sacrificio da subida, os arranhões no mato, as escorregadelas, as formigas gigantes.
Depois, uma atravessia bem molhada, de galochas Hello kitty, sob uma autoestrada, num dos aquedutos para ir à procura de uma fonte. Chapinhar na ribeira, apanhar limos, afastar teias de aranha.
E para acabar o dia em beleza, uma procura num túnel, uma passagem subterrânea de águas pluviais, à luz das lanternas.
Sujas e malcheirosas? Muito! mas a máquina lava. O que não vai sair é a memória de experências como estas, que a maior parte das meninas ( e meninos) de 5 e 7 anos ( ou de outras idades) não têm.
Para os pais, vale a aventura com os filhos, e o passeio para abater na barriga e descobrir que há músculo no corpo, em locais insuspeitos.
E vale pela alegria nas caras delas, mesmo que sejam medricas, e que uma certa miúda pareça o" Conde Castelo Branco" com queixas e reclamações...
Pode não ser a maneira mais certinha e composta de fazer crescer crianças. Alguns dos sítio visitados talvez não fossem os mais saudáveis. Talvez houvesse muitos espinhos e urtigas ( para elas, é tudo urtigas!).
Mas aventura de ontem tirou medos e inseguranças, cultivou o espirito de descoberta e aventura, educou para a natureza e exercício, e proporcionou horas de actividade em família. Saldo: muito positivo.
A noite de sono foi mais do que merecida. E curta demais...