Ontem fui em trabalho para o Alentejo.
Tive a oportunidade de ir sem horas de regresso e sem ninguém a condicionar.
Há anos que não saía de casa antes do sol nascer, para conduzir até ao Alentejo, e foi tão bom quanto eu me lembrava. É chato ser tão longe, tantas horas de viagem, mas por outro lado, sair aquelas horas, conduzir pelo fresco em direcção ao sol, agrada-me, e muito.
Moura é um boadinho antes do fim do mundo. Antes, parei na barragem do Alqueva, e até tentei uma visitinha à obra. Sem sucesso.( Volatrei à carga um dia destes...)
A barragem não é tão grande quanto eu imaginava, ou pelo menos tão grandiosa.
Depois da obra, fui dar uma volta: Amareleja ( quente, mas pensei que fosse pior), Central fotovoltaica (grande mas pensei que fosse maior), Aldeia da Estrela, Aldeia da Luz ( desilusão), Mourão, Reguengos de Monsaraz.
Achei tudo muito sub-aproveitado, embora me pareça que muitos se aproveitaram e bem. àquelas horas tudo estava deserto. A Aldeia da Luz pareceu-me uma terra fantasma, e pensei, "para que foi isto tudo para estar neste estado?" e segui viagem. Imaginei grandes resorts e turismo associado a um grande lago, e nada vi. Vi vinhas, melões, oliveiras e pouco mais, quando pensava em laranjais e estufas que ficariam ali tão bem.
A Barragem há-de, um dia, valer a pena, se deixar de ser um lago estagnado, onde o pouco aproveitamento turístico que tem abusa nos preços, digo: aluguer de barcos a preços escandalosos, alojamento e refeições só para classe alta. Valerá a pena se aquele deserto de palha passar a ser mais verde e variado.
A uma coisa grande que vi, que esperava, foi o calor, em kilometros a perder de vista.Tudo o resto me soube a pouco