Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

31
Ago 10

São a minha desgraça de Verão, a par de melão gelado. Como eu gosto de fruta de Verão!

 

Dantes, quando ainda havia o barracão dos meus avós, do lagar e do forno, subiamos ao telhado para apanhar  figos roxos. Eramos garotas de 6 ou 7 anos, no telhado a comer figos ao sol. E eram deliciosos. Ou quando iamos ao pinhal na carroça da burra ou da vaca, apanhar caruma para os currais, há borda de um caminho, já no meio do pinhal, também havia uma figueira baixinha, onde era fácil apanhá-los.

 

Só já casadoira é que comecei nos pingo de mel, do sogro e da avó do namorado, e fiquei convencida, muito melhores.

 

Agora, conto os dias para chegar Agosto, porque os figos são do tempo em que nasceram as minhas catitas. As uvas são do início da escola, as cerejas são das festas em Maio, na Batalha. As nêsperas logo a seguir, as ameixas antes dos figos, e ao mesmo tempo que os pêssegos. Os marmelos são para o Outono, pelo que a vizinha é capaz de deixar uma taça de marmelada, um dia destes, na soleira da porta.

 

O ano passado fiz doce de figo, tal como fiz de laranja em Dezembro, de tomate e de maçâ, para oferecer no Natal.

Como faço fiz em outros anos. Agora tenho de experiementar em licor, como os que fiz de leite, café e leite condensado, pêra e mel ( invenção minha) e tangerina. Ando fisgada para fazer um de pêssego, que fique cor de coral... e se é para o Natal, está na hora de começar...

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:28

30
Ago 10

e a semana já está a correr tão mal...

mais cedo que o costume arranquei para uma obra, fiquei descontente com o que vi, mas pronto, menos mal.

Passei para a outra, esperei, como de costume, danei-me com o que vi, f----ram-me o juízo com o que devia estr feito e não estava, e tive de levar nas orelhinhas e calr.

 

Porquê? Porque me lixaram e eu a ver. Porque falharam com prazos, com combinações, e sobrou tudo para mim. Porque  não aprendo que ser boa pessoa nas obras, é meio caminho andado para uma enrabadela de todo o tamanho. E porque andando nisto à quase 12 anos, ainda acredito no Pai Natal . " Oh qui carago!"

 

Como tal, e como digo " para vaca, vaca e meia" ( leia-se puta) fiz uns telefonemas radicais, e uns emails radicais, pelo que terei distribuido o meu stress por muito boa gente, que se me visse neste momento, me dava um tiro. Temos pena. Isto tem de acabar de sobrar sempre para a mesma.

 

Eu estou por tudo! Quarenta e muitos graus e um carro sem ar condicionado também não ajudaram ao meu bem estar físico e psicolágico, mas eu estou tão cansada, mas tão cansada desta vida, que eu nem sei.

 

Tenho de dar ouvidos, ao Muda de vida, se há vida em ti a latejar. A menos que a minha vida já não lateje.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 22:15
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29
Ago 10

Tudo a dormir, e eu aqui no computador.

Dei uma volta pelas notícias, fui espreitar a "fotonovela apaixonante" de dois blogs que tenho cuscado ( gostava de ter uma paixão assim!), e comi dois figos deliciosos, enquanto mais ninguém acorda.

 

O dia ontem foi menos mau do que esperava, e noite foi ainda melhor do que eu poderia esperar, e hoje o dia acordou lindo.

 

Adoro manhãs assim!

 

E como hoje é domingo, haverá panquecas para o pequeno almoço..........Procurem a receita, que ela anda por aí no blog, há uns meses atrás.

 

Ups! Acordaram os passarotes. Tenho que ir dar comer à filharada.

 

Lá se vão os grande os planos de concluir as apresentações para as próximas duas aulas. Está bonito, sim senhor!

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:18

27
Ago 10

Os dias voam e sugam-nos a vida e a alma.

 

Todos os dias, tem sido 10, 11, 12h por conta do trabalho, eu e o R, e sobra pouco tempo para as filhas, que se queixam. Estão saturadas de estar em casa da avó e anseiam pela escola. A avó deve ansiar muito mais que elas....

 

Os stresses do trabalhos têm potenciado discussões em casa, e se o mês passado foi passado em lua de mel, este é mais lua de fel. Estou a tentar ser paciente, mas custa-me um bocado ouvi-lo sempre rabugento, sempre insatisfeito, sempre irritado, sempre amuado, a roer-se de inveja do que não tem ou que não faz e que outros têm e fazem. Com um bocado, quero dizer ESTOU FARTA até à ponta dos cabelos!

Tudo é motivo para amuar. E porquê? Porque não tem tomates para chamar  o chefe ou o patrão e dizer-lhes que assim não dá, nem pode ser e que não está disposto a continuar assim.

Sinceramente, o que me apetece é agarrar no telefone dele , ligar ao patrão e dizer-lhe com todas as letras  que o seu funcionário tal tem isto e aquilo para lhe dizer, e que esta situação está a tornar a vida cá de casa num inferno.

Imediatamente , a vida cá de casa passaria a ser dois infernos e três purgatórios!

 

Por mim, não tenho muito bom trabalho, mas tinho tido muito trabalho chato, o que não faz de mim a pessoa mais satisfeita. Chegar ao fim do dia e juntar uma estourada, um amuado e duas parvinhas, é uma mistura explosiva.

 

No meio disto tudo, durante este mês ainda conseguimos acumular energia e completar o ramalhete  com as festas de aniversário das duas garotas, do bisavô e da prima , o batizado da outra prima e o piquenique familiar. Mais ainda, consultas de pediatra e GO, tudo no espaço de menos de um mês.É dose!

Ter a cabeça a mil à hora com trabalho e ainda conseguir arranjar tenho para toda a organização, compras, cozinhados, viagens, roupas, deu cabo da minha "força anímica".

 

Amanhã é sábado, mas vai sobrar trabalho para amanhã, e chatices.

 

Porque eu vou levantar-me cedo, e mais ninguém se vai levantar. Mas depois ele irá queixar-se que não vamos à praia, ou fazer geocaching, sem se lembrar que é o mais demorado a fazer tudo, a despachar.se, com horas na casa de banho, e coisas imprescindíveis no computador, como longas comparações de coisas sobre as quais não tomará qualquer decisão, e que quando finalmente essa decisão ocorrer, achará que estará errada. E quando eu estiver cansada  e um pouco mais atrasada, depois de me ter arranjado a mim, às miúdas, roupas, extra, lanchinhos, roupas a lavar e a secar, ele vai estar a meter a chave à porta e a queixar-se do meu atraso, e como nunca conseguimos fazer nada, e como ele não vai ao karting há meses . Como se fosse eu que tivesse avariado o karting. Como se fosse eu que tivesse de o arranjar. Como se eu o tivesse proibido de ir andar noutro alugado, o levá-lo a quem o arranje. Não me peça é para ficar horas à chapa do sol ou a raspar frio, num kartodromo, a tomar conta das garotas, e não corram, não saltem, vão cair, vão magoar-se, fiquem quietas, estou cansada, tenho fome, tenho chichi, enquanto ele anda às voltas, debaixo de um ruído ensurdecedor.

Porque no momento em que ele não estiver a fazer nada de jeito e eu ligar o computador para trabalhar, vai prender o burro porque queria exactamente ir fazer qualquer coisa nesse momento.

Porque depois vai andar de trombas o resto do dia, a falar pelos cantos, com voz sumida, meias frases, para eu ouvir mas de modo que eu não perceber. Como sempre irei furiosa atrás dele para ele me dizer na cara ou que resmunga entre dentres, e a discussão e a gritaria vai instalar-se.

 

Às vezes, são mesmo assim os nossos dias em que estamos todos juntos.

 

É fod.......

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:10

26
Ago 10

As miúdas andam na Escola Pública. Eu também andei, na escola primária, e do 9º ano até ao fim da universidade.

 

Durante o infantário, nunca tive nada a apontar, achei que correu tudo muito bem, dentro das possíbilidades e contingência orçamental.

No entanto, descontentou-me e grandemente, a entrada da mais velha para a Escola primária ( e vou abster-me de usa as novas terminologias quer de anos lectivos , quer de funcionários, porque lá por terem mudado de nome, é tudo a mesma coisa).

 

Entrei para a Associação de pais, para o Conselho Escolar, faço das tripas coração para participar e colaborar em tudo o que me é pedido, apresento propostas para o que acho que é preciso mudar,mas mesmo assim, continuo a achar aquilo tudo de uma pobreza de espirito, camuflada sempre pela resposta  "não temos verba", Não tenmos meios", etc... assim de tudo não têm boa vontadae!!( embora existam as honrosas excepções).

 

Entretanto, arrasta-se há anos a guerra com uma das probessoras, que, felizmente, não é das minhas filhas, mas poderá vir a ser da mais nova. E eu não quero. Até pode vir outra pior, mas aquela, eu sei que não quero.

 

Se, ao contrário do previsto, ela não sair, e não querendo que ela calhe a nenhuma das minhas filhas, tenho de as mudar eu de escola. E se as escolas públcas deixarem de ser opção, e digo, estou mesmo desiludida com a escola primária, têm de ir para um colégio. Ora isso quer dizer que ao fim do mês, terei gasto cerca de 700€ entre escola, cantina e actividades, mais um monte de extras que nem estou a conseguir contabilizar, em colégios de freiras, que ainda vão sendo os menos maus, por aqui por este lado. Nem é a questão das freiras, se bem que preferisse um ensino menos religioso, mas é muito dinheiro!É que se eu mudar uma, tenho de mudar as duas!

 

Pelo sim pelo não, telefonei a um monte de sítios, para constatar que, de facto, não há vagas.

 

 

Se daqui a 15 dias passo na escola e vejo lá aquela mulher, eu nem sei o que diga, mas decerto terei uma conversinha com o director do agrupamento. Pamonhas do "c........"

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:40

25
Ago 10

Eu gosto de sapatos, os meus pés é que não.

 

Mas gostam de crocs, os sapatos mais horríveis e mais confortáveis de sempre.

 

Sempre me lembro, de ser garota e andar com bolhas nos pés sempre que a minha mãe me comprava sapatos.

Depois, teenager jeitosa, comecei a andar de saltos altos, botas, botinas, sandalinhas mimosas, socas e cunhas, tudo era bom e bonito, para me deixar ainda mais jeitosa.

 

Agora, sonho com os meus sapatos das obras no meio de um casamento. Anseio pelos crocs, que descalcei há minutos atrás.

 

Não tenho fabulosas colecções, mas tenho sandálias bonitas, sapatos charmosos, e nãoos consigo calçar. Doem me os pés. Muito, muyito, um autentico suplício. Só aguento coisas rasas, e com algum amortecimento. Desconheço marcas, e tanto compro em sapataria, como no supermercado ou na feira. Procuro alguuma qualidade, materiais mais naturais, mas não a qualquer preço.

 

As minhas chinelas douradas, lindas de morrer, ainda não foram usadas este ano, As prateadas, por algns momentos, as vermelhas, raramente. Comprei umas sandálias super na moda, com plataformas e quase 10 cm de salto, que ao fim de 5 minutos estou pronta a desmontar . Além de que são um atrofio para andar, em especial, a descer.

 

Só sei que , se um dia perder de peso, e os sapatos não sairem da moda, terei uns vinte pares à minha espera, praticamente por usar.

 

Enquanto isso, vou destruindo por excesso de uso, alguns pares que nasceram com a culpa de serem só confortáveis.

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:07

20
Ago 10

Ainda esta semana fiz análise e em todos os valores diz que eu estava em fase Folicular. Assim sendo, porque é que ,em simultâneo, se verificou o fim da fase luteinizante?

 

Eu sou mesmo uma maravilha da natureza. Um fenómeno melhor que o do Entroncamento.

 

Por favor Dra. A, receite-me os comprimidos e as injecções para eu voltar a engravidar, que depois pode aproveitar a cesariana e tirar tudo, incluindo banha.

 

Enquanto não engravidar não consigo fazer um tratamento radical para emagrecer em tempo útil. Enquanto não fizer esse tratamento, não emagreço. Enquanto não emagrecer as hormonas não vão ao sítio. Enquanto as hormonas não forem ao sítio eu não engravido. Em quanto não engravido vou engordando.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 16:06

Quando era pequena, sempre ouvi dizer das intrigas familiares que, nessa altura envolviam os irmãos da minha avó materna ou umas primas do meu pai. E sempre em tom reprovador, os meus pais comentavam e eu cresci a pensar na tristeza que não seria uma família assim.

 

Mais tarde, comecei a assistir às tricas entre a minha sogra e a sogra dela, entre a minha sogra e a cunhada, o mesmo que dizer entre o meu sogro e a irmã.

 

Entre colegas, irmãos que não falavam com irmãos, pais que não falavam com filhos, filhos que não falavam com pais, pais separados que nem se quer se falavam, avós que não conheciam os netos...

 

Eu e R decidimos estar neutros, porque no meio dessas guerras, nenhum dos lados é inocente

 

E não é que agora, entre os meus pais e os meus tios está para o mesmo? Irmã com irmã e irmão com irmão! "Oh qui carago!".  Tento manter-me de fora, mas outro dia mandei um coice, que pensei que desta ia passar a ser também pais contra filha mais velha.

 

Mas o que eu não posso admitir é que as minhas filhas andem a rolar pelo meio! Matem-se, esfolem-se, mas livrem-se de as usar para qualquer que seja o motivo da guerrilha.

 

O que me lixa no meio disto tudo, é que há uns anos, eramos todos uma família modelo, e quem vinha de fora e entrava na família admirava-se e gostava.

 

Agora, cada dia mais me parece tudo uma fachada, e desgosta-me um demembramento contínuo. Não bastava as voltas da vida, os casamentos distantes, as vistas só de fim de semana, agora são mais estas merdas, que mais dia menos dia hão-de sair do campo dos pais e passar para os filhos e primos.

 

Assusta-me ainda mais na medida em que eu já estou a acumular emoções e discursos, e no dia em que abrir a boca, tudo me vai sair sem pensar, e mesmo que todo o meu cérebro, todo o meu coração, todo o meu corpo, todos à minha volta diagam: Cala-te, é melhor deixar como está!" e eu vou falar, falar, falar, reclamar acusar, consciente de que estou a partir a louças e que talvez não seja possível compor todos os cacos. Mas parto na mesma.

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:46

O que é que eu estou aqui a afazer a trabalhar, com toda a gente de férias?

Não consigo orçamentos

Não consigo fornecedores

Ninguém está, ninguém atende, ninguém nada! E no entanto, continuam a telefonar-me e tudo era para ontem!

 

Serei eu a burra?

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:42
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19
Ago 10

A minha pequenina faz 5 anos. É a coisa mais linda deste mundo. A minha Linda I.

 

No seu mau feitio, revejo-a como uma extensão de mim, o que eu acho que fui quando tinha a idade dela, e penso no que ela possa ser quando for da minha.

 

O meu coração derrete-se por ela, e há meses que anda apertado só de pensar que daqui a uns dias vai fazer um cateterismo para tapar um buraquinho no coração...

 

Papanique, a mamã ama-te muito. Deliciosa! Gulosa! ( de chocolate, mimos e massagens!)

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:29

18
Ago 10

A aplicabilidade das Leis de Murphy ( e outros). ( desde já obrigada, a quem compilou o meu fado..)

 

Os dias têm corrido a um ritmo alucinante e ressinto-me disso amargamente. Não bastassem os erros que acabo por cometer, há dias em que tudo conjura contra mim, e há semanas e meses em que esses dias ocorrem com demasiada frequência.

 

1- Tenho a despensa quase vazia.

2- A minúscula faz anos amanhã.

3- Tenho algum trabalho atrasado.

 

 Domingo não deu para ir às compras, e eu pensei, "amanhã à noite, quando chegar de Lisboa"

Segunda feira Fui fazer análises que me confirmaram o que eu já sabia e não queria saber (paguei os olhos da cara por serem sem receita!), e, estando atrasada, ainda tive de esperar sossegadinha 20 minutos. Tão sossegadinha que pensaram que eu tinha saído e passaram pessoas há minha frente, pelo que me atrasei ainda mais.

Fui ao escritório buscar papelada e segui para as obras. Chegada lá, esperei, esperei, esperei, e por fim a fiscalização chegou. Já eram 14h, quando estavamos para ir almoçar, e chega a protecção civil para uma vistoria da obra ao lado, do mesmo encarregado e fiscal. Ficaram eles, fui almoçar, paguei um balúrdio e voltei. Ainda lá estavam, e voltei a esperar. Perto das 16h terminaram, e pudemos seguir para outra obra. Eu segui, eles pararam para almoçar, e eu esperei, esperei, esperei, Saí de lá perto das 20h, cheguei a casa depois das 21, cansada, estourada e ainda fui fazer o jantar, e já não fui às compras.E eu pensei, "amanhã à noite, quando sair do escritório"

 

Terça feira, fui cedo para o escritório e perdi que tempos a preparar papelada para uma reunião à tarde, de assuntos que me andam a remoer e a perturbar há alguns tempos. Fui almoçar a correr, voltei ao escritório, arranquei para a reunião, e o homem estava em Lisboa sem se lembrar de mim, e eu em Alcobaça, à espera... Nesse entretanto, um parvalhão qualquer decide que o seu carro cabe entre o meu e outro, e estaciona, batendo, batendo, batendo e voltando a bater, à frente e atrás, no meu e noutro carro. E vai-se embora, deixando o carro literalmente montado em cima do meu. Dizia a recepcionista: oh engenheira, aquele carro vermelho não é seu? Era sim senhora...

Para sair ,fez o mesmo e eu feita "c...." a olhar e ainda fui puxar o meu carro para trás! 

Voltei para o escritório e o trabalho atrasado continuou até depois das 20h, o altura em que o meu cunhado telefonou a perguntar se jantávamos em casa da minha mãe, estavam lá todos e ele ia buscar frango. Pronto, está bem.O R ainda está mais atrasado.

Cheguei lá, e todas as irmãs à espera dos homens, a tomar conta das filhas. Chegam eles quase uma hora depois com o frango, tinham ido a outro lado e tiveram de ficar à espera. Jantámos a correr, mas mesmo assim já era tarde de mais. Entretanto a luz de STOP da carrinha avariou, e o  ainda teve de a mudar...

Chegámos a casa, foi despachar as garotas, dar uma arrumadela a meia dúzia de coisas, apanhar roupa, pôr roupa a lavar, um duche rápido e entretanto era quase 1 da manhã.

 

Hoje foi levantar cedo, despachar tudo, porque às 8 chegava a Dona São, deixar tudo arrumado camas feitas e sair. Deixei as miúdas em casa da avó, levei o carro do marido à inspecção, fui buscar o resto das análises, e não estavam prontas. Fui buscar um vestido à lavandaria e ainda não eram 10h já estav no escritório a responder a emails. Chovia.E eu com o cabelo para pintar. Lá fui. Porque qiando eu arranjo o cabelo, chove sempre para estragar tudo. Mas estava mesmo a precisar de pintar. 35 anos e o cabelo quase todo branco!

Voltei para o escritório e ainda fiz mais hora e meia de trabalho. Fui almoçar a correr, porque tinha médico de medicina do trabalho, e foi então que me lembrei que faltava o boletim das vacinas. Fuck! Fui deixar a roupa para passar na Alzira.Voltei a casa e segui para leiria, com o IC2 em obra, cortando-me o acesso ao consultório onde nunca tinha ido, e apenas tinha um vaga ideia de onde fosse. Atrasada, telefonei, e estava longe... ou seja, cheguei tarde, lembraram-me  de minha obesidade, a balança marcou mais que nunca e eu ia-me passando. A seguir, era suposto ir ao AKi, ao Imaginarium e ao Continente, mas a bicha era enorme, o telemóvel não parava, tinha um cliente às 18, e ficou tudo sem efeito. Segui para o escritório, e quando cheguei era o caos no router e na internet, tudo dava erro, e assim foi até depois das 19h. Imprimi os convites da I a preto e branco, porque sem a rede a funcionar a impressora a cores estava marada, e fui buscar as miúdas para ir distribuir convites. pelo meio ainda telefonei para saber onde morava este ou aquele, e com as horas contadas, fui buscar as meninas, distribui convites ( e quase tudo de férias!), fui buscar a roupa passada, e estando atrasada para um compromisso à 20h, telefonaram a desmarcar. Telefonei ao marido , para irmos à compras, e ele respondeu-me torto e apresssado, hoje não vai dar, tenho de entregar o trabalho, vai andando para casa! E eu fui, contrariada, mas fui. A luz da gasolina acendeu, e eu parei nas bombas para abastecer. Tudo em piloto automático, absorvida por tanto atraso junto e tanta coisa para fazer. ia para pagar e não dava com o cartão. Paguei com outro. Estava a entrar na estrada , aparece uma senhora a correr , porque tinha o tampão do depósito no tejadilho e o depósito aberto. parei o carro na berma, saí, fechei o depósito e voltei para o carro. E ele pegou? Não. Telefonei ao marido, agora não, telefona ao T, faz assim, faz assado,conclusão, "olha, põe o triangulo e vai com as menonas a pé para casa, já é perto" . De facto, assim parece, mas a verdade é que ainda deu quase 25 minutos estrada fora, com as garotas. O carro ficou lá. Logo se há-de ver...

Chegada a casa, a tarefa cozinhar para o jantar mostrou-se coplicada, com tão poucas opções. massa com salsichas e está a andar. Que se lixe.

 

Amanhã terei o trabalho atrasado na mesma, e seguirei para o escritório. E irei à compras à hora de almoço, porque às 18h terei de ter a festinha da I preparada, e o jantar a caminho para não sei quantas pessoas, porque agora é tudo muito fino, todos precisam de convite especial, mas depois ninguém sabe se vem ou não. Isto se tiver carro. Se não tiver, não sei bem como fazer 10 km de casa ao escritório, fazer compras, voltar, ou então tendo eu o carro, ir levar as miúdas, levar o marido, voltar, trabalhar, ir às compras, ir buscar o marido, preparar a festa, etc..etc...

 

De que me serve ser a minha "patroa", se a gestão do meu tempo, em vez de me facilitar, está cada vez pior?

 

Um dia deste, fico maluca, a sério que fico.

É que isto é apenas uma pequena amostra dos meus dias.

 

E agora que as miúdas já jantaram, tenho de as despachar, e R continua por chegar. Terei de fazer doces sozinha, apesar de estar estourada, porque amanhã não vai dar.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 21:37

Estou na profissão errada.

 

Devia arranjar uma roulote e percorrer todos os locais onde a chuva faz falta.

Chamava a cabeleirieira local, e em troca de cabelo arranjado e uma comissão per capita da população, ficava jeitosa e deixava toda a gente feliz, porque, sem dúvida nehuma, dia em que eu vá à cabeleireira é dia de chuva. No mínimo dia de vendaval.

 

Hoje voltou a ser assim.

 

 

Imagem do Google imagens

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:10

17
Ago 10

E que tal, mais de mil visitas, ( em não sei quantos meses! Âh?( minhas visitas incluídas)

E o número estonteante de comentários , hein?

 

Sou mesmo um caso de sucesso na blogosfera!

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:10

Há que tempos que ando com desejos de sair com o marido, sozinhos, à  noite, e sentir o frio, a pele a arrepiar, a excitação do que está para vir, e namorar de mão dada pela praia, ou pela cidade iluminada.

 

Já não seria a mesma menina de corpo gostoso, com uma mini-saia colegial atrevida, de pregas ao xadrez, meias de liga e salto alto  ( e insegura), e talvez esta situação reduza os arrepios de frio e "medo", mas a verdade é que quero sentir outra vez as borboletas no estômago, o tremer de vontade de ser agarrada, e beijada e outras coisas mais , com a mais valia de toda a experiência adquirida, por ambos, em quase 19 anos de corpo a corpo, pele na pele.

 

e sem carjacking, se faz favor, que aos 35 anos já não tenho idade por passar por coisas dessas.

 

Tenho que o  desafiar, entretanto

 

E RÁPIDO, ENQUANTO AS NOITES ESTÃO BOAS, E MESMO A PEDIR...

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:55

No final de semana foram as festas da Batalha e levámos as miúdas, depois de jantar, para ver o Festival de Folclore, no sábado, Rui Veloso no domingo.

 

Continuamos a achar que todas as experiências culturais, quer sejam do nosso agrado ou não, as vão ajudar a crescer. E no fim, ainda ficaram fascinadas pelo corridinho! Vá-se-lá saber porquê.

 

Preferi Rui Veloso. Estava a gostar de ouvir, até começarem com o" tenho xixi", "tenho sono", e lá voltámos a casa depois de uma das minhas favoritas

 

 

 

(Faz de conta que foi lá, o cenário era o mesmo, só estavamos um pouco mais perto)

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:46

13
Ago 10

Estou KNOCK OUT.

 

Um mal estar geral abateu-se sobre mim, mas já não é de hoje.

 

Nos últimos 15 dias já gastei quase 40 euros em testes de gravidez, mas sou burra e não entendo, ou não quero entender, que se apesar de um grande atraso aquilo diz não, é porque é não. E será outra coisa qualquer.

 

Sinto calores, suores, cansaço ( eu sei, está calor, tenho trabalhado muitas horas, dormido pouco, mas não é SÓ isso).

 

São muitos meses à espera... e parece que ainda vou ter de esperar.

 

De qualquer modo, já marquei a revisão na GO do costume, que me vai dizer que sou louca, que tenho duas filhas lindas, uma vida complicada e trabalhosa, para quê outro filho, blá blá blá, aproveitar a vida,  conversas de quem já me conhece desde os 16 anos (e vou nos 35...).

E vai ouvir a conversa do costume, que eu quero, e que não vou ficar mais nova, e que quanto mais tarde mais riscos, e que com duas cesarianas ela limitou-me a 4 e eu só peço 3...e lembrá-la que faz na próxima semana 5 anos, debaixo de uma epidural e com uma bonequinha cabeluda acabadinha de sair da barriga, marquei encontro com ela naquele bloco operatório para o ano de 2007, para ir buscar um Alexandre, e já estamos em 2010 e nada.

 

Nesta guerra estou quase sozinha. É do conhecimento geral de quem convive comigo que eu quero ter mais filhos. Sorriem e dizem que é preciso ter coragem, ou dizem que estou doida, que a vida está difícil, e mais isto, e mais aquilo.

 

Ele , nem apoia nem deixa de apoiar. Acho que me diz que sim com um misto de não me querer ver triste , mas com medo do que virá, com vontade de ter mais um minúsculo nos braços, mas que cinco na mesma cama já são muitos. Mas pelo menos já deixou de dizer não. E garante que , se vier, será muito amado. Chega-me saber isso.

 

Pelos meus sogros, imagino eu que podiam vir mais 5 ou 6 e eram poucos.

Pelos meus pais, não tenho qualquer dúvida do amor e carinho que mais um bebé iria receber, como as irmãs e primas recebem, mas iriam suspirar e falar e  mandar pensar duas vezes , nas dificuldades da vida, nas incertezas e como tomar conta de mais um...é claro que aqui eu tinha de arranjar uma empregada para ajudar a minha mãe, porque ficar com 4+1ia ser uma dose . Por isso, nem abro a boca, nem comento ou desabafo, para evitar sofrimentos antecipados, a ambas as partes.

 

Nunca falei muito destes assuntos com as minhas irmãs, porque em solteira não era suposto haver "actividade", e depois de casada, continuei sem ter muit à vaontade para abordar estes assuntos.

Com amigas, no geral ( e também porque não tenho assim tantas), não falo. Porque invejo aqueles que, como diz a D,  só precisam "dar meia"...

Com a I, às vezes ainda falo qualquer coisita, mas nunca fui de entrar muito em pormenores, esses são só meus e do R.

 

(Além de que ainda me podem cobiçar o homem, se eu contasse as suas habilidades, e não posso arriscar-me a perdê-lo para uma invejosa qualquer!)

 

O que eu sei é que temos treinado, e bem!, diga-se de passagem, mas como uma selecção à portuguesa, os golos não surgem.

 

E se isto não fosse suficientemente mau, não sei quando me vem o período, e pode aparecer a qualquer hora! De enxurrada, como de costume! Nas obras, longe de casa ou de uma casa de banho ou de uma muda de roupa estratégica.

 

E já nem sequer vou entrar pelas hipoteticas doenças a que isto pode estar ligado, já nem vou por aí, senão...

publicado por na primeira pessoa do singular às 19:33

12
Ago 10

Hoje o meu avô Zé faz 85 anos.

De duro e tirano passou a um velhote doente e indefeso, que admite às 4 bisnetas o que nunca admitiu aos 10 netos(as) e muito menos às 2 filhas.

 

Picuinhas, se lhe doi um dedo já está a morrer, diabético, insuficiente cardiaco e renal, e outras coisas mais, típicas da idade, saltita de casa de uma filha para casa de outra, quero dizer atravessa o carreiro do quintal, como se de 15 em 15 dias emigrasse para a Austrália.

Vive de rotinas e restrições, e um dia sem Orações, Terço no rádio e Preço Certo não é dia. Arrasta-se como um comboio a vapor, com suspiros e "ai jesus!" com sotaque do Norte.

Preconceituoso. Religioso. mais infeliz do que a conta porque nunca quiz , ou nunca conseguiu abrir os olhos para além do que umas linhas rigorosas que lhe traçam limites à esquerda e à direita. Mais à limitada à esquerda do que à direita, é certo, porque os de esquerda, ui "Balha-me Nossa  Senhora!".

Foi agricultor, polícia, militar, segurança. Nunca chegou a rico.

 

 

A avó Tina morreu há 8 anos, e foi nesta data a enterrar. O oposto do marido, franzina, pequena, magrinha, encarquilhada, doente toda a vida, e no entanto, activa até ter ficado confinada ao sofá e à cama, no últimos anos de vida.

 

A avó Matilde morreu à 17 anos, o avô Quim há mais de 30.

 

Fica para outro dia falar mais sobre eles.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:50

11
Ago 10

Ontem fui em trabalho para o Alentejo.

Tive a oportunidade de ir sem horas de regresso e sem ninguém a condicionar.

 

Há anos que não saía de casa antes do sol nascer, para conduzir até ao Alentejo, e foi tão bom quanto eu me lembrava. É chato ser tão longe, tantas horas de viagem, mas por outro lado, sair aquelas horas, conduzir pelo fresco em direcção ao sol, agrada-me, e muito.

 

Moura é um boadinho antes do fim do mundo. Antes, parei na barragem do Alqueva, e até tentei uma visitinha à obra. Sem sucesso.( Volatrei à carga um dia destes...)

A barragem não é tão grande quanto eu imaginava, ou pelo menos tão grandiosa.

 

Depois da obra, fui dar uma volta: Amareleja ( quente, mas pensei que fosse pior), Central fotovoltaica (grande mas pensei que fosse maior), Aldeia da Estrela, Aldeia da Luz ( desilusão), Mourão, Reguengos de Monsaraz.

 

Achei tudo muito sub-aproveitado, embora me pareça que muitos se aproveitaram e bem. àquelas horas tudo estava deserto. A Aldeia da Luz pareceu-me uma terra fantasma, e pensei, "para que foi isto tudo para estar neste estado?" e segui viagem. Imaginei grandes resorts e turismo associado a um grande lago, e nada vi. Vi vinhas, melões, oliveiras e pouco mais, quando pensava em laranjais e estufas que ficariam ali tão bem.

 

A Barragem há-de, um dia, valer a pena, se deixar de ser um lago estagnado, onde o pouco aproveitamento turístico que tem abusa nos preços, digo: aluguer de barcos a preços escandalosos, alojamento e refeições só para classe alta. Valerá a pena se aquele deserto de palha passar a ser mais verde e variado.

 

A uma coisa grande que vi, que esperava, foi o calor, em kilometros a perder de vista.Tudo o resto me soube a pouco

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:24

05
Ago 10

A minha Princesa Grande faz hoje 7 anos, cheios de beleza, inteligência e meiguice, dentes a abanar e cabeço comprido e brilhante

 

 

e birras de roupa e de cabelo

e malcriação e resmunguice

e Maria-vai-vai com as outras

 

E eu AMO-A TANTO

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:32
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