Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

24
Mar 10

 

 

Lera assim na Wikipédia:

 

O '''Sonho Americano''' foi inventado pelo histórico James Tuslow Adams em 1931. Apesar de o significado da frase ter evoluído ao longo da história, para algumas pessoas, o sonho americano é a oportunidade de alcançar uma maior prosperidade material que não foi possível, no antigo país, ou no país de origem; para outros, é a oportunidade para os seus filhos se desenvolverem a receberem uma educação e oportunidades de emprego; para outros, é a oportunidade de fazer as escolhas individuais, sem os constrangimentos da classe, de geração, religião,raça, orientação sexual, ou grupo étnico.”

 

Concluiu que era de uns e de outros, neste mapa rectangular, mas que tinha de ser mais que isso. Tinha de ser outro o conceito...

Não almejava a maior das prosperidades, apenas um pouco mais que o suficientes, nunca tivera problemas de emprego, não se arrumava em classes, não era nem rica nem pobre, a raça, religião, escolha sexual, tudo do mais típico e insuspeito.

De facto, e pensando melhor, não sofria de “sonho americano”.

Era mais uma vontade de “back in time”, (mas com internet e todos os modernos apetrechos de cozinha).

Voltar a quando as senhoras eram donas de casa ( mas agora por opção, e sem marido a mandar e desmandar), e morar no campo ( rodeada de acessos à cidade).

Fazia a lida da casa, levava os meninos à escola, às actividades no fim do dia, cozinhava e às seis da tarde a família reunia-se à mesa a jantar. Fazia ginástica.

Trabalhava em part-time, na sua empresa bem sucedida, ( de pequena dimensão, amiga do ambiente e modelo de responsabilidade social) e o ordenado nem era o mais importante, porque o quintal era frutuoso e o marido garantia o resto que faltava. Ainda dava tempo para benfeitorias...

Seria a chefe exemplar, e os funcionários da lucrativa e bem gerida empresa seriam mais um elemento da família, já de si numerosa, trabalhando com afinco, em horário flexível, altamente motivados para o sucesso de um projecto comum.

Os dias eram formatados e sem grandes sobressaltos, e passavam assim...

A criancinhas, em escadinha,não faziam birras, arrumavam os quartos e estudavam um bocadinho ao fim do dia. Brincavam na rua com os vizinhos, subiam às árvores e andavam de balouço, num jardim meticulosamente aparado, por um jardineiro reformado, que apanhava as frutas, apanhava os ovos, matava as galinhas e os coelhos.

Tomavam banho e jantavam de tudo, de todos os vegetais do quintal, tudo comidinha caseira ( apesar de os peixes e algumas carnes puderem ser de “aviário”).

As visitas dos amigos eram constantes.

Ao pôr do sol, as criancinhas iam para a cama e dava tempo para ficar a ler na varanda ( sem mosquitos, sem frio), ou a ver televisão – sem adormecer .

Se fosse Verão, quem sabe um banho nocturno na piscina morna, um marido meigo por companhia!

Todos as noites, os lençóis seriam de linho, lisos e perfumados, e o sono seria profundo e relaxante,

 

Os Domingos seriam de roupa nova e toalha branca na mesa, e um belo assado no forno, sobremesa especial.

Quando se saísse da missa, enquanto os miúdos brincavam e corriam, os vizinhos poriam a conversa em dia.

Os sábados de brincadeira, limpezas e jardinagens.

Os outros dias, bom, seria dias sempre bons...

 

Oh, man!, já passou o corte, vou ter de ir à outra portagem e voltar para trás! Mais quarenta e sete cêntimos e mais dezoito minutos que não tenho!.

É sempre a mesma treta. Isto de vir em piloto automático...

Chega prá lá, pá, eu já ia nesta faixa!

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:48

 

 

O homem é gordicho, e de uma cor castanha reluzente. Careca, de cara redonda, bigodinho e com óculos redondo,os dentes amarelos num sorriso de boca carnuda.

Veste um improvável casaco de fazenda grossa, com xadrez verde, castanho e amarelo, camisa esverdeada, calça castanha, e usa bengala. Anda como o Charlot.

Tem um ar satisfeito, de quem tem as pazes feitas com a vida.

Não vai sozinho!

De braço dado, uma senhora, negra, também, mas cujas feições não consigo recordar, se era baixa ou alta, gorda ou magra, de comum que era, junto de figura tão espampanante.

Ainda mais dois miúdos com cara de netos, de bicicleta com rodinhas,

Os quatro ocupam a estrada, que não tem passeio, e seguem tranquilos, sem pressa , e tenho de me chegar para o lado quando passo por eles.

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:46
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mas não foi a minha casa

 

mais um balde de água fria ( como se não bastasse a chuva):

 

há 3 anos tivemos 12 dias de férias

há dois anos tivemos 7+7

o ano passado, tivemos 7+4+2

 

fins de semana incluídos, é claro...

 

daqui a quinze dias , supostamente, teriamos 4 dias de férias, uma promoção fixe, que por todos os quatro ficariam em 250€ + alimentação.

 

Já não vamos ter.Tem ir para a China.

 

F----se....

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:36
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