A ùltima pergunta parva foi pedir-me que lhe escrevesse num papel o que devia levar na mala de viagem...vai para onde? quanto tempo? fazer o quê?
A compulsividade, o abrir e fechar o fecho ou botões, puxar as calças para si e para baixo, tirar e por coisas nos armários, sucessivamente, o ficar estática...é tudo normal, certo?
A teimosia, a confusão, a obsessão fora de horas pela vida religiosa, pela mania das grandezas, o ter de ir, ter de comprar, ter de estar inscrita num ginásio, ter de ir para a escola, para a catequese, ter de fazer isto ou aquilo que nunca fez, nem sabe para que serve,...é tudo normal, certo?
O chagar-me o juízo com necessidades repentinas de fazer isto ou aquilo, com vaidades e merdicites de escolha de roupas e sapatos, de roupas e acessórios ( oh mulher, eu não me gaço isso a mim!!!), de preceitos de sei lá mais o quê...é tudo normal, certo?
Sim, normal de quem está doido!! Parece que demência é uma coisa que não sai do papel das consultas...e pronto, é normal.
Ou então, e mais uma vez repito, então a doida sou eu!!! Internem-me. Melhor, dê-me baixa ou reforma. Isso é que era bom serviço.
Depois , a mulher podia continuar a fazer todas as macaquices que lhe ocorressem...
Eu sei que é a doença dela, mas porque me escolheu aturar todas as manifestações e todos os sintomas?