uma das vantagens de ter menos trabalho ( ainda que nos últimos dias tenha tido bastante trabalho, concentrado de mais), é ter tempo para a família.
Acompanhei a sogra a uma reparação da dentadura. Ontem, 90 kms para trás e para frente, com tentativa de comprar roupa e sapatos. Apetece-me desistir. Vou coleccionando todos os bocadinhos de paciência, para passar horas ( horas que me fizeram muita falta!), a entrar e sair de lojas, calçar, descalçar, e no fim nada.
A incapacidade para tomar qualquer decisão é impressionante. Apenas sabe se não gosta, mas nem sabe porquê, nem do que gosta. Não desisto, porque amo o filho dela, e como tal, tenho de a tratar como uma mãe para mim.
Hoje tinhamos de lá voltar, e para poupar os 90kms, trouxe para dormir em nossa casa. O fim do mundo, uma experiência complicada. Tudo o que sai da rotina dela ( qual será a consequência , naquela cabecinha, de termos saído de casa com as camas por fazer???) é uma catástrofe, uma impossíbilidade um não sou capaz...
Queria dar-lhe uma injecção bem forte de genica. De personalidade. De afirmação.
Não tenho tal medicamento. Mas não desisto. Bufo, esperneio, barafusto, mas não desisto.