Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

26
Jan 12
dia 21 nas notícias da SIC, deu uma reportagem sobre "cosleeping".

Coisa muito má, dizem os especialistas, coisa muito boas, diz esta mãe.
Permite que os pais que trabalham horas a mais disfrutem dos seus filhotes, nem que seja só o calorzinho deles no meio da cama.
permite que os filhotes disfrutem dos pais, que estiveram longe todo o dia, nem que seja pela confiança que lhes é transmitida...
Permite às mães amamentarem em conforto, e, por muito mal que se durma, é sempre menos mal que andar a levantar dia e noite ( isto porque esta mãe é radicalmente contra o deixa chorar que logo se há-de calar...)
Permite controlar os filhotes, quando estes estão doentes, sem ansiedades.
Obriga os pais a repensarem e serem criativos nos afectos e intimidades, o que não é mau

 

Há uns anos escrevi para a Pais e Filhos, porque depois de investigar, aprendi que, na maior parte das culturas do mundo, os pais e os filhos dormem juntos nos primeiros anos das crianças, uma grande parte da população mundial. Filhos sozinhos é uma questão de cultura ocidental de países europeu e de influência inglesa e francesa. Há cerca de 200 anos os "nobres" e endinheirados começaram a ter criadas para tratar dos meninos e expulsaram as criancinhas da cama, com fins mais lúdicos do que outra coisa qualquer. Não podiam dormir com os pais, mas com a criada já podia ser. Se formos ver, os nossos pais e avós relatam que dormiam os irmãos todos juntos, ou quando muito, rapazes para um lado raparigas para o outro, e terão sido gerações perdidas, de coitadinhos frágeis e inseguros?



E um dia eles vão-se embora da cama do pai e da mãe, garanto!!! As minhas já foram, mas voltam quando estão doentes, quando estão mimosas, ou só porque sim. E esta semana já houve um porque sim e ninguém morreu...

Ansiosas, perturbadas, dependentes? devem estar a falar de outras filhas...
 
E assim de repente, estou a lembrar-me de mais uma série de criancinhas na mesma situação...e nenhuma me parece assim tão afectada, excepto por uma grande dose de miminhos e amor
 
E de repente, também, consigo lembrar-me de outras, escorraçadas desde o primeiro dia ( quase) da cama dos pais, e que...
 
Não dá para generalizar, excepto numa coisa: o que o nosso coração nos disser que é o melhor para eles, então é isso que lhes devemos transmitir.
publicado por na primeira pessoa do singular às 12:33
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comentários:
Lá está! 100% de acordo :)
Daniela a 26 de Janeiro de 2012 às 13:31

Pois eu mesmo que não concorde, de vez em quando lá tenho uma presença no meio da cama. E adoro cehirá-lo e mimá-lo assim que acordo!!!
Guida a 26 de Janeiro de 2012 às 16:50

Gosto deste post - muito! tenho uma luta diária (diria antes noctívaga) para que os meus , principalmente o mais velho se mantenha na cama dele...mas isso é outra história. O que gostei mesmo foi de ler alguém que fala do assunto sem medos, que assume sem dúvidas e que explica tudo tão bem na última frase do post:« Não dá para generalizar, excepto numa coisa: o que o nosso coração nos disser que é o melhor para eles, então é isso que lhes devemos transmitir.»
Cada caso é um caso e mesmo que não queira que partilhe a minha cama a dose de mimos e amor fica garantida...convido-te a ler a minha experiência de ser mãe
Teresa
energia-a-mais a 1 de Fevereiro de 2012 às 22:57

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