Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

30
Jun 10

desde manhã cedo que me doi a cabeça. Sem qualquer motivo aparente. Não doi muito,mas doi.

 

Mais frequentemente do que desejaria, nada me apetece fazer, porque não tenho nada de interessante para fazer.

Todos os dias me convenço cada vez mais, que se calhar, até nem gosto de ser engenheira.

 

Tenho algum trabalho, mas mal pago e desinteressante, e tudo que recebo é absorvido por impostos e despesas obrigatórias.

Os meus pais estão quase sem trabalho e com risco da empresa fechar. E sabe-se lá o que mais, a seguir...

Uma irmã, profissional liberal, com pouco trabalho

A outra, funcionaire publique a contrato, passou um ano a fazer um excelente trabalho elogiado por toda a gente, e está a ver-se na iminência de ser substituida no final do contrato por uma estagiária recém licenciada

 

acho que temos de ir à bruxa! eu não disse isto!acho que tenho de me tornar bruxa, é capaz de dar mais dinheiro...e não paga impostos.

 

Como é que eu faço isto? Terei de começar a consciencializar-me que a minha micro empresa pode estar destinada a colapsar em poucos meses?

 

E que os meus pais se arriscam a ficar sem nada? e que a nossa vida de classe média remediada vai passar ma média baixa desesperada? parece que não falta muito para isso...

 

Lá continua o adiar de sonhos, lá continua a semana de férias em tenda de campismo em parque barato, lá ficam adiadas viagens, a casa, e carro para substituir os nossos chassos velhos...um dia destes a carrinha morre e já não haverá nenhum santo que a ressucite!

 

 

Mas será possível continuar a trabalhar, sem receber de clientes, sem me pagar a mim, e ainda a roubar de mim própria para pagar os impostos a tempo e horas? será que vamos continuar lá em casa a contar tostões, porque me devo o equivalente a 9 meses de ordenado  ?

Sabendo que, se os clientes pagassem as contas estariam praticamente saldadas? Sabendo que, com 12 anos de prática reconhecida , diversos cursos de actualização, estaria a levar para casa, se recebêsse, menos do que um enfermeiro que acaba a escola e começa a trabalhar?

 

Porque é que, há 12 anos eu não aceitei a merda daquele emprego na Câmara da Marinha Grande? hoje estava lá de horáriozinho a cumprir, poucas chatices, ovelhice qb e mais de 3500€ de ordenado antes de chegar o fim do mês!

 

Burra, Burra, Burra, muito Burra

 

Totó!

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:42
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