Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

30
Jan 14

À entrevista de emprego faltaram as senhoras marcadas para a manhã.

 

Telefonam interessadas, pedem , imploram, marca-se a entrevista, faltam e não dizem nada.

 

 

E eis que a meio da tarde, com todas as senhoras a comparecer, se muda a situação, e o emprego já não é o que era, e eu fico baralhada...

 

E eis que a meio da tarde, surge uma excelente hipótese, e afinal,a senhora parece pouco interssada, e eu sem carta branca para ir atrás dela...

 

E eis que depois de uma tentativa mais apurada de persuação, eu começo a pensar se terei feito bem, e se a minha avaliação não está correcta...

 

 

Eu não fui feita para isto...e não sei o que me passa pela abeça quando aceito estes desafios...

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:48

29
Jan 14

Acho que estou a precisar de 2 noitadas bem feitas, a ver se a coisa vai...( e está frio de noite, caraças, será que quero? e sinto-me cansada, será que consigo?)

 

De há uns tempos para cá, parece que me assusto só de pensar em tocar, abrir uma pasta, retomar um ficheiro com trabalhos começados, e adio...adio... Azio...só de pensar em pegar-lhes.
Ocorre-me tudo e alguma coisa para fazer no entretanto, e no entanto, não consigo deixar de pensar que devia fazer, entregar...ainda assim, continuo a adiar...e a Aziar...


Carrego atrás de mim, há semanas, pastas com coisas que deviam ser feitas, mas há sempre um agora não, agora isto, agora aquilo, e eu a saber claramente que tenho de fazer e não faço.


De repente, é como se me tivesse esquecido de tudo o que está feito dos trabalhos começados ( duvido, se me lembro de coisas de há tantos anos atrás, e se documento tudo o que faço, para mais tarde recordar...), como se não soubesse recomeçar uma coisa que sabia exactamente o que era para fazer até ter de, por uma razão ou outra parar de fazer o que estava a fazer.

 

E, por estes dias, compreendi que me estou a deixar vencer por isso. O que não me posso admitir. E ainda assim, estou aqui a escrever isto...

 

Bichos ruins!!! ( eu, o meu mau feitio e eu outra vez)

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:23

28
Jan 14

1ª consideração -Todas as manhãs faço uma pesquisa no sapo e vejo a capa dos jornais e revistas. Se alguma coisa me desperta a atenção nos JORNAIS, procuro mais detalhadamente.

2ª Consideração - Adoro ler, e se pudesse comprava muitos livros todos os meses. Uma boa maneira de ter possibilidade de comprar um livro de tempos a tempos, é não gastar dinheiro noutras coisas, como revistas cor de rosa, que NUNCA compro, mas admito que quando as apanho por aí, leio, como todas as revistas em que pego, de trás para a frente, e apenas o que me chama a atenção

3ª Consideração- Quando começou o Big brother, há mais de uma década, talvez, e dava à 3ª feira, eu via, enquanto passava a ferro pela noite dentro, e talvez tenha visto a primeira e segunda séries, quando tinha pessoas mais ou menos normais , mas depois deixei-me disso ( mas continuei a ter a 3ª feira como dia de ir passando qualquer coisa a ferro). Actualmente, ao fim do dia, o canal 4 da televisão lá de casa é ignorado, até as filhas sabem que é para passar em frente, e não dar a menor confiança, e alguns dos bons programas que até gostávamos de ver foram esquecidos, por termos abolido o canal

4ª Consideração - Há uns anos, vi o Minority Report ( afinal, sempre tenho que ir vendo a evolução da carreira do actor! ) e achei o conceito horrível, hediondo, o julgamento e punição prévio à ocorrência dos factos.

5ª Consideração - Pior que o conceito de Minority Report, era o de " A máquina do tempo" de H. G. Wells, que vi , FASCINADA, a primeira vez na televisão nos anos 80, quase 100 anos depois de ter sido escrito, e se tornou para mim o símbolo do medo e dos pesadelos, com os terríveis Morlock. A versão actual do filme é muito menos assustadora, muito mais soft.

6ª Consideração - Muitas vezes tenho pena, dó mesmo, ao passar em determinadas estradas, e ver mulheres sentadas, em modo de "espera". Umas mais ousadas, outras mais discretas, algumas mesmo com ar de quem tem vergonha.

Como é que eu relaciono isto tudo?

De há 3 ou 4 anos para cá, as capas das revistas cor de rosa foram tomadas de assalto por fotos e notícias de bandos de aves raras, género masculino ou feminino, com as notícias mais cabeludas, oriundas do departamento de recrutados para as mais diversas "casas" da TVI, departamento esse que parece tem a habilidade de escolher a escória, o degredo, os parasitas e os mais mal formados de entre os portugueses. Deve ser um departamento competentíssimo, e fará, sem dúvida o que lhe compete. Daí eu ter sido assaltada por uma ideia que tem evoluído, secretamente...

Porque não usar esses recrutadores para criar uma comissão de Minority Report e caçar, encerrar, fazer desaparecer do mapa estes espécimes estranhos, por exemplo usando Morlocks para o cumprimento da função?

Eu poderia olhar para as capas das revistas com um ar de curiosidade, em vez de nojo...

Eu poderia continuar a olhar humanamente para homens e mulheres que vendem o corpo para suprir necessidades básicas de sobrevivência...

Mas não, continuam aquelas *&%$s coloridas a saltar das capas, à vista de toda a gente, como se a P$utice fosse o mais alto desígnio e objectivo de vida a que o ser humano pode ascender e desejar. E ou as revistas mentem, e é crime, ou são esses e essas infelizes da vida que "são vítimas" de crimes ( não, as prostitutas e clientes não são considerados criminosos, apenas os proxenetas ). Agora se a polícia entra por aí em determinados estabelecimentos e apanha não sei quantas mulheres estrangeiras, recambiadas para os seus países de origem, por exactamente as mesmas práticas, porque é que não se agarra nestas e as enfia na caverna dos Morlocks?

Não percebo. Acordei azeda...

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:05

27
Jan 14

Li a triologias das 50 sombras de Grey e sobrevivi.

 

Os titulos parecem-me mal escolhidos, não há Christians nesta vida, e eu não tenho nem o corpo nem a cabeça da Anastasia.

 

Respeito todo o espectro de opiniões, mas formei a minha.

 

Termino com um sorriso, e com a "minha deusa interior" a congeminar coisas para futuros não muito distantes que incluem um marido que conhece a mulher que tem em casa.

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:22

Detesto a palavra "desconstruído". Eu, que sou da construção...

 

A semana passada, um circo ambulante visitou a aldeia. A escola recebeu dois meninos que cativaram atenções, e logo aí me arrepiou: meninos que saltitam de escola em escola, com aparente normalidade, sem birras ( aparentes), sem problemas de fazer ou deixar para trás amigos, sem fio condutor na aprendizagem. Admirei-os, por isso, por serem uns homenzinhos fortes, mas arrepiou-me.

 

Depois, chegou a hora do espectáculo, sexta-feira à noite, num local gelado. O preço era baixo, assim como as espectativas.

Apesar de quase todos os meninos ( com bilhetes oferecidos) estarem lá, com pais, avós, tios, não foi difícil fazer contas de cabeça e concluir que a bilheteira, incluido pipocas sofríveis e um leilão oportunista, não deve ter feito quatrocentos euros. Extrapolando para a realidade envolvente, das outras aldeias da redondezas, posso imaginar que não seja muito melhor, e contando cerca de dez espectáculos parecidos, em cada mês, chego aos quatro mil euros. Um pai, uma mãe, um casal mais velho que presumo serem avós, e dois meninos lindos, ensonados e friorentos. Desconto licenças, combustíveis, aluguer de espaço, publicidade, alimentação, escola, e não parece sobrer muito. Fico com pena.

 

O espectáculo inicia com som manhoso, uma locução sofrível, uma partner ansiosa, e um homem stressado, a distribuir funções, a rodar botões nas máquinas de som e luz, a dar instruções à mulher e filhos em surdina, enquanto o palhacito de arranja, e o irmão pequenito se encolhe num canto, a tiritar. Aflige-me.

 

Sem grande qualidade, fazendo "pendant" com o local, os números sucedem-se, com maior ou menor sucesso, com alguma brejeirice que reprovo mas parece agradar ao público. Eu não faria melhor. Eu não o faria, na verdade.

 

Não consigo olhar para aquilo de outra maneira, não consigo ver a beleza que encanta os garotos, nem me incomoda o tosco da coisa, que salta aos olhos dos mais velhos ou mais atentos.

 

Só me deixa a remoer na dúvida que tantas vezes tanto, em tantos assuntos: continuo a pagar para que estas coisas subsistam, ou deixo de pagar, para que se extingam?

 

Na dúvida, opto por pagar. Vi uns paiz preocupados e atentos aos filhos, dois meninos cansados a ajudar os pais, dois avós rabugentos na máquina das pipocas. Quais as suas hipóteses de outro tipo de vida? não sei, ( na verdade, nem quero saber, e isto torna-me igual a tantos decisores que há por aí...).

 

Sei apenas que, por muito que me queixe, sou bastante afortunada...

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 09:35

24
Jan 14

Preparem-se, a lista é longa.

 

  • Dormir mal, acordar quinhentas vezes por noite, com dores nas costas, mãos dormentes, ansiedade...coisas que me dão dores pela manhã e sono pelo resto do dia.
  • Acordarem-me quando dormito no sofá.
  • Barulho do exaustor
  • Aspirar, passar a ferro, tirar a louça da máquina e arrumar, lavar o fogão
  • Taças e tupperwares com ou sem tampa que não se arrumam no armário, que caiem quando se abre a porta
  • Roupa que não seca e fica a cheirar a mofo
  • Olhar para os números da balança. Não encontrar sapatos que me sirvam no peito do pé, Não encontrar roupa de gente para o meu tamanho. Não encontrar sequer roupa para o meu tamanh, que é grande, mas não tão grande como outros que se vêm por aí
  • A treta dos 20€ no pingo doce
  • Subir a sítios altos nas obras com escadas de alumínio
  • Cães e bichos que andam de volta das pessoas e que tentam lamber e babar
  • As birras matinais e do final do dia de duas pré adolescentes com roupas, posses, merdicites sem jeito nenhum, coisas de comadres parvas da escola
  • Ter de ir ao correio levantar coisas
  • Clientes que não pagam
  • Cumprir um horário, a muito custo, e concluir que fui a única
  • Funcionários do sector das obras das Câmaras; fiscais municipais presumidos; "desenhistas e projectistas" sem carta, que se acham os melhores condutores do mundo...
  • Dias inteiros em pavilhões desportivos delados e desconfortáveis em dias de provas desportivas das filhas
  • Inundações mensais
  • Lâmpadas económicas que demoram eternidades a dar uma luz de jeito; lâmpadas fluorescentes que demoram eternidades a arrancar
  • As minhas brigas com as impressoras
  • As minhas guerras com softwares pouco intuitivos e com smartphones e outros touchscreens que me atrofiam dos dedos e o cérebro
  • Vira casacas, freis Tomás desta vida, moralistas imorais, sindicalistas chupistas, patrões prepotentes, preconceituosos
  • Picadinhos na estrada
  • Novo acordo ortográfico; erros de escrita que não detecto
  • Esquecer-me de ondo ponho coisas, de coisas que ia fazer, de sítios onde estava a ir, piloto automático na condução

Num nível mais requintado e frustante de coisas que me chateiam, e me moiem:

 

  • Ter tido um futuro brilhante na minha área de trabalho, e ter trocado tudo por um sonho [ eu trabalhava por conta de outrém, tinha um bom ordenado, um péssimo horário, as filhas não tinham mãe. Abri uma empresa minutos antes da crise da construção rebentar, passei a ter horário, mas deixei de ter ordenado. As filhas voltaram a ter mãe que as acompanha à  escola, às actividades, tem tempo para as ajudar, mais aos sogros, ajudar na actividades da escola e dos tempos livres, fazer voluntariado, desenrascar irmãs quando o horário está complicado....mas ao fim do mês...{#emotions_dlg.cry} ]
  • Ter tido uma hipótese brilhante na minha área de trabalho, e ter trocado tudo por um sonho [ eu tinha a hipótese de ter ficado a trabalhar numa câmara, desisti e fui trabalhar para uma empresa, dei a minha vaga a uma "amiga", que foi seleccionada e hoje é chefe da secção, tem um ordenado chorudo, mesmo que não seja a mais competente e disponível pessoa no seu cargo, e que me deu um pontapé no cú à primeira oportunidade{#emotions_dlg.angry}]
  • Ter sido magra, bem magra, e agora ser gorda, bem gorda, e já não ter pachorra para as dietas que, ao serem interrompidas ainda me deixam ainda mais gorda{#emotions_dlg.secret}
  • "Ter de enfrentar o futuro sem dinheiro no bolso", com pais e sogros a envelhecerem e a sofrerem de maleitas diversas, que não irão evoluir para melhor, a precisarem de cada dia mais cuidados, mais tempo, mais atenção, mais paciência{#emotions_dlg.barf}
  • Pensar numa situação, imaginar que, se não fizer isto ou aquilo, pode haver esta ou aquela consequência, que se não arrumar a chave ali vou deixá-la em casa, que se não arrumar o telemóvel ele vai ficar não sei aonde, que ne não mexer  o tacho, o recheio vai colar...fazer o que acho necessário, e depois constatar que as consequências acontecem, que me esqueci de ondo guardei as escadas, e não consigo encontrar o telemóvel que deixei em silêncio, e que o recheio colou, a leite entornou, o prato partiu...{#emotions_dlg.annoyed}
  • A minha procrastinação permanente: depois de um inicio empolgado, a saturação, o adiamento, o inventar de coisas que me levam a arrastar trbalhos monótinos ou desinteressantes [ e no entanto, estou sempre tão empolgada e com vontade de começar coisas...]{#emotions_dlg.evil}

 

E fico por aqui, antes que as coisas descambem para níveis ainda mais personalizados...por exemplo, dizendo que ando TÃO CHATEADA comigo quer até dá vontade de chorar

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:53

Era um homem que tinha um cavalo, e que com ele lavrava o campo, puxava a carroça, movia os engenhos, competia em provas e passeava a família.
O cavalo era de utilidade e valor, pela versatilidade, fiabilidade e bons resultados obtidos.
Contudo, comia. E ao comer gastava, diminuía os lucros do dono. Pelo que o proprietário foi diminuindo a ração, progressivamente, uns dias mais agressivo, noutros mais lento, intercalado, na esperança que o bicho respondesse positivamente. O que aconteceu, e o dono resplandecia de felicidade, pelos resultados económicos verificados, ainda que o cavalo pudesse, em alguns dias, ostentar alguma má vontade, algum cansaço, falta de lucidez, ou, pior!, eventual preguiça!!!
Um dia, consternado, disse à mulher: Olha, agora que tinha deixado de comer, morreu".

Não sei a nacionalidade do dono, dizem que era inglês. É irrelevante. É universal. Era burro. Ou xico-esperto, não sei.

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:53

23
Jan 14

A dieta, igual a mais não sei quantas que já fiz, vai resultar no primeiro mês, e pronto, fica-se por aí, e eu ficarei ainda mais gorda.

 

A parte boa é que as 2 balanças ( diferentes, em divisões diferentes, e uma delas toda artilhada com percentagens e teores de tudo e mais alguma coisa) que há cá em casa dão automaticamente 3 kg a menos que a da nutricionista. Fico automaticamente mais magra, só de chegar a casa.

 

Eu bem lhe disse que que a dela está errada...

 

Como quem não quer a coisa, são mais 16kg que em agosto de 2007, mais 67kg que eu agosto de 1993. Mais que dupliquei nos últimos 20 anos.

 

 

Ohh, que felicidade! isto e o trabalho que tenho para hoje, tornam-me a mais feliz das gordas...  {#emotions_dlg.skull}

 

 

mas pronto, sempre é 5ª feira, e é o único dia em que não tenho NADA de actividades de filhas a oerem-me o juizo e o tempo. Menos mal...

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:08

detesto chá. ( grumpy me!)

( excepto limão e lúcia lima carregado de açucar, mas por estes dias, está fora de questão...)

e é tudo.

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:07

17
Jan 14

na minha sincera opinião, acho um desperdício.

 

 

Para mim não há grandes dúvidas em 4 pontos:

 

1- uma criança, em princípio, está bem melhor numa família disposta a amá-la do que numa instituição.

 

2- uma família é um grupo de pessoas que se ama e coabita , e mesmo não coabitando, ama e zela pelo bem estar dos outros membros dessa família. Nessa família não há membros que sejam mais membros do que outros. Um pai não é mais que um filho, uma mãe não é mais que um pai, um filho não é mais que um irmão. Independentemente do número de pais, ou mães ou irmãos.

3- Não me ocorre nenhum razão lúcida para negar a adopção plena a um casal homossexual que tenha demonstrado ter as condições,idoneidade, interesse e amor necessários a adoptar uma criança, pequena ou mais crescida, muito menos dizer que só um dos membros do casal é que é pai ou mãe dessa criança.

4- o referendo é só para empatar, e pôr o povinho pseudo moralista a dizer que não pode, ai os maricas, ai coitadinhas das crianças ficam traumatizadas. Como se ser privado da oportunidade de ter o amor e segurança de um lar fosse menos importante do que o que quer que seja que alguém pense sobre isso.

 

 mais!! se o democrático povo nem vai votar para o seu governo, que legitimidade tem para votar no governo da casa dos outros?

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:08

16
Jan 14

Há dias assim...e não é o fim do mundo

 

Comigo, esses dias arrastam-se há semanas ( demasiadas). Começa, então a ser o desmoronar de cantos do meu pequeno mundo.

 

Ando absolutamente desanimada, com os trabalho ( o que há e o que não há), com a vida, com os dias.

 

Pode ser falta de sol, noites mal dormidas,  dores no corpo todo, stress de um trabalho para o qual já não consigo olhar, e que devia estar entregue ( vai ser um alívio, nesse dia). Pode ser os horários parvos, os discussões parvas.

 

( má semana para começar dieta, que em dois dias só me tem dado ganas incontroláveis de comer - TENHO RESISTIDO, A CUSTO, A QUASE TUDO -, e ainda deu direito a discussão com o marido).

 

O que é certo é que isto me persegue há tempo demais. E já me apercebi que está alguma coisa errada, talvez tudo isto não passe da tal depressão, a que espero e suporto à muito tempo, ainda que encha a boca a dizer que não me posso dar ao luxo deste tipo de fanicos.

 

( porque a imagem decadente dos "depressionados" que me rodeiam/rodearam, mais do que compaixão e compreensão, desperta-me instinto de raiva, por tanta " coitadinhez", por tanto depender dos outros para escolher nem que seja a cor das cuecas)

 

Hoje, a certa altura, apeteceu-me largar tudo, telefonar ao marido, e dizer que ia dar uma volta para espairecer e pensar, sem hora de chegar.

Tinha acabado de chegar uma guia de pagamento para mais um imposto, e restavam-me 17€ na conta da empresa. Eu com o meu ordenado atrasado desde março de 2011, e mesmo recebendo em migalhas , nem uma migalha entrou na conta nos últimos 4 meses. Eu a sentir-me um lixo. Dependente do ordenado do marido. Atada de pés e mãos. Sentindo-me culpada de todos os cêntimos que gaste em mim. Sentindo-me absolutamente derrotada. Felizmente, o telemóvel estava sem saldo ( está assim há dias, e eu sem coragem para o carregar, e gastar dinheiro com isso). Não liguei logo.

 

Telefonei a um cliente. Consegui que ele me pagasse de imediato, com uma transferência, ainda que uma pequena quantia. Foi suficiente para pegar num papel e fazer uma lista de coisas pendentes ( eu e as listas!! funcionamos bem assim), e começar a FAZER e a riscar. Telefonou outro potencial cliente. Chegou um cheque pelo correio. Senti-me mais aliviada. Sei que, pelo menos, para os impostos, vou ter dinheiro.

 

Fui almoçar ( um desatino, pensar no que posso ou não posso, devo ou não devo, quanto  comer...e acabar com fome)

 

Regressei cansada, com sono, apesar do café, que de há uns tempos para cá tide de começar a beber ( sem açucar, que desolação!).

 

Da lista para hoje pouco sobra, mas a sensação é que Ainda não fiz quase nada. É nisto que dá a minha tristeza, e inércia, relutância em pegar no resto que falta do trabalho maior que tenho em mãos.

 

Com isto tudo, tem-me faltado a inspiração, e apertam-se os prazos para as minhas " escritas", que tenho que entregar daqui a dias e ainda nem comecei, e não quero falhar. Até para ler me tem faltado ânimo, coisa que nunca pensei que me pudesse acontecer, nem em 10 reencarnações.

 

 

E TENDO EU COMIDO AS GRAMAS DE PÃO COM QUEIJO A QUE TENHO DIREITO PARA ESTA TARDE HÁ 45 MINUTOS, SINTO_ME COMO SE ESTIVESSE EM JEJUM. Eu a ressacar de comida!!!

 

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 16:01

14
Jan 14

Mau feitio, para acabar o dia...vá massacrem-me a seguir, que eu deixo ( até porque vou desligar o PC entretanto e não sei quando vou ler os insultos...)

Quando as minhas filhotas fazem provas, e de algum modo ficam bem classificadas ou merecem distinção, seja na escola, no desporto, na música, ou no que se tenham decidido a fazer bem feito, fico babada, orgulhosa, são minhas.
É como se as horas que lhes dedico, as oportunidades que lhes dou, o tempo que passo em deslocações para treinos, as horas sentadas em bancadas frias , as vezes que ouço as mesmas músicas vezes sem conta em altos berros, durante aqueles treinos fossem a minha contribuição para o bom resultados delas. E, abusivamente, tomo a vitória delas como um bocadinho minha, ainda que o esforço tenha sido delas, e a distinção lhes seja 99.999% atribuível.

Já do moço que ganhou a bola de ouro, não posso dizer isso. O moço joga bem, e tem sido importante para as equipas em que joga, mas eu não o levo aos treinos, não tenho nada para lhe ensinar, nem sequer pago quotas aos clubes por onde já passou. Não sou colega de equipa, não participo nem colaboro no seu esforço de excelência. E até acho bem que ele tenha ganho.

Daí a sair de casa, (ou mesmo dentro dela), e andar por aí a dizer que "somos os melhores", "Portugal é o melhor", " conseguimos" e coisas do género, parece-me altamente usurpador. É como se o" zé das esquina" fosse para astronauta e saísse nas notícias, o "zé é o primeiro astronauta a chegar a plutão" e eu dissesse: sim senhor, estou satisfeita, consegui, sou a melhor!!

Posso ficar feliz pela vitória e felicidade dos outros, e dizer:" parabéns, pá, trabalhaste e mereceste!!!", mas chegar ao pé do homem , dar-lhe um abraço, umas pancadinhas no ombro e dizer : " sim senhor, pá! conseguimos, somos uns portugueses do caraças, merecemos esta bola, até os comemos..." parece-me enriquecimento ilícito, e acho que isso é crime , ou não? ( pelo menos, devia ser...)

Ainda ia dizer coisas sobre pessoas que vão trabalhar para o estrangeiro, sentindo-se escorraçadas do seu país, e depois....mas é melhor não...fico por aqui

(Hoje)

publicado por na primeira pessoa do singular às 21:38

10
Jan 14

esta notícia, pela manhã, deu-me a volta ao estômago, depois deu-me a volta ao coração, e agora anda às voltas na cabeça

http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/13-da-populacao-activa-esta-desempregada-ou-so-trabalha-2h-dia

imagino só a loucura de ordenado, quem sabe uns 100 a 120€ por mês!

O que seria uma coisa excelente, para se dizer a um jovem estudante," olha, vai lá fazer umas horitas, sempre ganhas uns trocos para as tuas coisas, e vais ganhando experiência e hábitos de trabalhos", está a ser dito de uma forma cruel a pessoas desesperadas :" temos isto e é se quer!!!"

mas o obsceno da questão, é os decisores públicos transformarem isto em propaganda mentirosa.

10h por semana não é um emprego ( vou refazer: 10h de trabalho semanais com o ordenado de um mês completo era o meu sonho de emprego, mas um número tipo 40€/h, no mínimo, já depois de descontos...). 
10h por semana, é um pequeno part-time, para alguém que pretende complementar o seu salário de um outro trabalho.
10h/semana é um frete que alguns POCs fazem, obrigados e contrariados, num trabalho para o qual não têm vocação ou jeito, muitas vezes.

10h/semana deve ser o tempo máximo de funcionamento do cérebro de quem tem estas ideias. Já o coração, deve estar no desemprego, de longa duração...

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:22

09
Jan 14



-vamos supor que eu estou numa grave situação financeira e deixo de pagar os seguros que cobrem a casa, o carro, a empresa...( coisa que a lei nem me deixa fazer, já que o apartamento está hipotecado ao banco, se a policia me apanha sem seguro no carro estou lixada, e se me acontece alguma coisa no trabalho e eu não tenho seguro, nem é bom pensar).
-vamos supor, que na porta ao lado, o vizinho também está em grave situação financeira, mas mesmo assim, faz um esforço e paga todos os seus seguros, com acréscimos de custos para cobrir até catástrofes naturais...
- vamos supor que a vizinha do outro lado não tem quaisquer necessidades, tem os seguros pagos, tudo como deve ser...

vem a catástrofe natural, rebenta com tudo, e o estado vem com a ajudinha prevista , mas só a mim ( que tenho necessidades e não tenho seguro). Por mim, maravilha...mas o que acharão os vizinhos

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:25

08
Jan 14

Não desejo morte de ninguém, mas fico a aguardar com expectativa a homenagem fúnebre a pessoas que, de facto, contribuíram para o bem estar, qualidade de vida, saúde, justiça e prosperidade económica dos Portugueses e do de outros povos Mundo. 

Suponho que serão épicas.

Ou nem por isso..

 

Não me incomoda que amem o homem! Eu deixo! daí as minhas maiores expectativas para quando se tratar de alguém realmente importante para a a vida diária dos portugueses.

 

Não é da minha conta o que cada um faz, mas...a mim, impressionou-me...que haja tanta gente desempregada com tempo para passar a véspera ou o dia à espera, ou com patrões benevolentes que tenham dado o dia, ou a tarde, sem qualquer justificação de falta, que a saúde de tantos milhares esteja de pedra e cal para aguentarem à chuva as horas que for preciso, a paciência e bondade de todos os que esperaram ordeira e calmamente em horas de filas, ( é que nem quando é para receber algo conseguem ser tão pacíficos e filantropos),que os contribuintes batam palmas perante indicações de transladação milionária ...mas pronto, o pessoal anda feliz, ou triste, nem sei bem.

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 14:55

07
Jan 14

depois das espectaculares imagens das ondas por este país fora, resta-me um pensamento mau:

BURROS!

No meio da tempestade, e achando eu que quem filma ou fotografa está numa posição arriscada, eis que conseguem sempre apanhar nas imagens alguém coladinho à linha de rebentação, atrás de um muro, atrás de um carro, atrás de uma esquina, com a veleidade de pensar ( ou não pensar, suponho que o cérebro já foi arrastado pelas ondas) que estão a salvo...

Preocupante é também ver que algumas dessas imagens mostram pirilampos azuis ( de bombeiros ou polícia, suponho) numa linha recuada em relação às filmagens. O que me leva a pensar que, se as forças de segurança e autoridade não fugiram e abandonaram os veículos, estão impávidas e serenas a observar a "valentia" de tais personagens...

INCOMPETENTENTES! ( é um segundo pensamento...) , a não ser que queiram surgir na próxima imagem como O HERÓI que salvou o coitadinho do senhor arrastado inadvertidamente pelas ondas...

Ainda se podia dizer..." ai eu estou aqui, é a minha casa, estou a "defender" o que é meu..."

Porquê? vai dizer ALTO, e a onda amocha, faz uma vénia, pede desculpa e volta para trás?

Não me lixem! e não me peçam mais impostos porque não há verbas para meios de socorro e segurança... bem chegam quando o azar bate à porta de quem se vê nelas sem saber, no trabalho, ou em casa...

publicado por na primeira pessoa do singular às 20:28

06
Jan 14

Li 28, e soube-me a pouco. Isto não contando com livros de trabalho e infantis.

 

Este ano, quero ler muito mais.

Comecei bem, com a "Hora má", de  GGM, e entretanto começo a tratar por tu os personagens dele...tantas vezes me aparecem pela frente.

 

Falta-me o último do JRS e o 3º das sombras ( mas porque é que é assim tão mau ( dizem-me!), sendo certo que não é uma maravilha literária, se for como os outros 2...)

 

Certo é que vou comprar menos, ainda menos, que é das coisas que mais me custa desde que a crise bateu à nossa porta. E certo é também que vou fazer muitas releituras, e ressuscitar alguns que ficaram pelo caminho, numa página qualquer quando perdi toda a paciência ( tenho dois Saramagos iniciados, um Eça ( que vergonha, deixar um Eça a meio!), um S Fitzgerald, um W Faulkner, dois Hemingways - OMG, será que estou a perder o dom da leitura de coisas eventualmente boas?...), quem sabe dar uma hipótese ao Lobo AntunES

 

ACIMA DE TUDO, QUERIA CHEGAR AO nATAL, E PODER OFERECER UM LIVRO MEU!

Será que vou conseguir? 

2013 já teve o meu nome em 2 publicações, perdido entre muito outros. Será que desta vez consigo ser só eu na capa?

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:55

02
Jan 14

2013 foi uma banhada.

 

Desde os ossos partidos do sogro, para começar, e agora, para acabar o ano; a taralhouquice da sogra; o trabalho e a escassez dele; os stresses da filhas que mnasceram e do filho que ficou por nascer; eu, o meu mau feitio e o meu mau e feitio e eu juntos...

 

 

O Natal foi deslavado

 

O Fim de ano, nem sei como descrever de tão amorfo, desinteressante, frete que foi. Sim, foi ainda muito pior do que isso que possas pensar...

 

Começo 2014 como não me lembro de alguma vez ter começado um ano. E não me parece nada bem, esta atitude...

 

 É que não me parece mesmo nada bem! nem nada de bom pode sair deste espírito...Vamos ver quanto demoro a recuperar...

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 17:13

Selo concurso
limetree
mais sobre mim
Janeiro 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
11

12
13
15
18

19
20
21
22
25

26
31


Selo concurso
limetree
blogs SAPO