Sobre mim e outras coisas, irreais, ou nem por isso...

27
Jul 12

Há coisas que eu detesto em mim!!!

 

Há dias que ando a adiar um trabalho da treta, que não me demoraria mais de 2 horas a concluir, simplesmente porque, mal o começo, invento logo outra coisa para fazer.

Não é difícil. É apenas extremamente aborrecido. São umas pequenas medições de estruturas, para as quais até já me dei ao trabalho de fazer umas folhas de cálculo que me facilitam a vida grandemente. Mas é uma seca.

 

 E esta particularidade da minha personalidade irrita-me profundamente.

 

 Porque daqui a 15 minutos, quando eu finalmente acabar o que já comecei umas 500 vezes, vou estar livre para, eventualmente, esta tarde não fazer ponta de um corno, e continuo a engonhar...

 

O mesmo se passa cada vez que tenho de agarrar no autocad, e acho que é por isso que a dissertação não está entregue. Tenho de completar uns alçados e cortes, mas como detesto desenhar no autocad, anda a adiar a tarefa, que, por acaso, até já está quase concluída. Era um par de estalos bem pregado...

 

 

 

 

Aplicável ainda a:

 

 Arrumar roupa passada a ferro, dobrar meias e cuecas, montar-me no raio da bicicleta de treino que está a 80cm da minha cama.E outras coisas.

publicado por na primeira pessoa do singular às 15:08

25
Jul 12

São 6:30 da manhã. Os meus objectivos para hoje, são entregar um trabalho até às 13h, e chegar às 22h, tomar um banho de água quase fria, e ir dormir. Muito.

 

Regressei de férias há 17 dias.

 

As dermatites e eczemas que curei em 4 dias de férias, começam a aparecer.

 

O sono de um ano, que curei em 5 dias, já voltou aos níveis anteriores.

 

 

Os pesadelos com as contas da empresa voltaram.

 

 

O calor tem dado cabo de mim, anormalmente. Morro, naquele escritório. Nem uma ventoinha há minha frente me tem ajudado. (Será que estou a ficar menopáusica aos 37?). Não tenho ânimo para nada!!!

 

Chego ao fim do dia com pouco trabalho feito, e a sensação de exaustão. Não consigo concentrar-me, e deixei de conseguir entender-me no meio de tanto Mãe, mamã, ou Guida, tudo ao mesmo tempo, enquanto o exaustor da cozinha faz barulho, a televisão debita notícias e a máquina da roupa centrifuga. parece que o cébro vai explodir, que as mamas vão explodir, que as pernas e os pés vão explodir.

 

Mais uma vez, e para entregar trabalhos ( sim, eu agradeço todo o trabalho que apareça!!!), e não conseguindo concentrar-me o suficiente à luz do dia, opto pela noite. Uma verdade inegável, e a confirmação de que as semanas de férias foram milagrosas, é que hoje foi a terceira noitada seguida, devidamente complementada com um dia de trabalho normal logo de seguida, e eu ainda estou viva. Normalmente não sobrevivo à segunda, mas estou ainda aqui, pelo que as férias fizeram efeito. Tenho dormido 2 a 4h e depois levanto-me, sento-me ao computador, e é até o despertador tocar de novo, para os outros. E depois, o dia recomeça. Pelo que está metade explicado porque me sinto tão mal.

 

Espero que, com uns mimos do marido e uma noite inteira de sono, amanhã esteja tudo bem melhor.

 

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 06:49

23
Jul 12

Trabalhar sozinha, tem sido uma tortura.

Eu gosto de falar, de conversar, de ir ouvindo, e estes 4 anos e tal, quase sempre sozinha, têm dado um nó no meu cérebro.

 

E, como se não bastasse essa solidão, o calor é um desincentivo total à produção.

 

Hoje, comprei uma ventoinha, que me forçou a arrumar a papelada da secretária. É que não me apetece mesmo fazer nada, e o trabalho tem de ser entregue amanhã. Pedi a uma colega, quem vem cá amanhã de manhã, a ela dá-lhe jeito, porque ganha as horas que fizer, a mim dá-me jeito, porque não quero falhar o prazo. Mas a vedade é que eu, com um pouco de incentivo,tinha feito tudo sozinha em três tempos.

 

mas ando tão, Tão, TÃO desmotivada, que o menos dos obstáculos é uma bela razão para eru deixar as coisas de lado.

 

 

preciso de um choque. Bem grande.

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 18:56

18
Jul 12

Ontem à noite fui ao bailarico, em S. Jorge. Quatro dias de festa, a 100 metros de casa, e ainda não tinha visto mais que carros e luzes.

Fomos dar um passeio com as miúdas, que se aperaltaram para a festa, depois do jantar.

Nos últimos anos, raramente temos ido a arraiais, por preguiça, porque sim, porque não, às vezes nem sabemos porquê...

Ao ver o nome da banda, lembrei-me de ser como as filhas e estar sempre a pedir aos pais para irmos às festas.

Quando hoje liguei o computador, no FB aparecia anunciado o aniversário de uma colega de escola. Recordei-me que era um aniversário que quase inaugurava o Verão, e normalmente eu tinha direito a um vestido novo, que seria uma das fatiotas das festas.

Lembrei-me de ir para o balcão da quermesse, de ir em grupo com irmãs e primas e amigas, e percorrermos as festas, sob o olhar dos meus pais, omnipresentes. De ir à festas da Costa, do Arnal, da Martingança, da Burinhosa, dos Casais, do Porto do Carro. Era o que havia de mais parecido com uma ida à discoteca, no meu universo. Mesmo que com fiscalização.

E depois ocorreu-me que tudo isso aconteceu antes de eu ter 16 anos. A idade em que a minha vida deu uma volta gigante.

Em que as saídas deixaram de ser exclusivamente com os pais, e se passaram a encaminhar para a Marinha Grande, para as praias...

Gostei de voltar às festas. E de ver a felicidade das filhas, e pensar que eu devia ter sido assim.

A verdade verdadinha, é que o som estava 5 *, e a escolha musical, ainda que pontuada por um a ou outra musiquinha popular de cariz duvidoso, estava muito bem. E digam lá que não é um luxo ir para a cama já perto da uma da manhã, e estar deitadinha a ouvir Coldplay, Muse e afins...

publicado por na primeira pessoa do singular às 10:37

16
Jul 12

Podem dizer que 6km não é muito, e provavelmente até nem é.

 

( se as miúdas aguentam...).

 

 1 hora e meia.


Mas ser eu a caminhá-los, é um saborzinho de vitória.
Há 12 anos atrás, teriam sido feitos com uma perna às costas.
Hoje, são feitos como, se na altura, eu carregásse uma mochila gigante com uma montanha de garrafões de água lá dentro.

Estão feitos. Venham outros.

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:15

por isso, já aderi

 

1 filho vale 1

 

e acho que o fiz em consciência.

publicado por na primeira pessoa do singular às 11:51

13
Jul 12

Sim, sei qual foi, quando, onde e a que horas.

 

Tinha tudo para ser excelente:uma morna noite de fim de primavera, um cenário com jardim de buganvíleas, uma viagem de fim de ano ao Algarve, OST do "Oceano pacífico", com" Magníficos dias atlânticos" dos Ban, e algumas molezas de Roberta Flack e Peabo Bryason...mas com a pessoa errada do outro lado. Por isso, o sabor não ficou. Ainda que me lembre de algum alcool...e juro que não era meu.

 

Cinco meses mais, a 22 de Novembro de 1991, tinha então 16 anoslá veio o beijo certo e inesquecível, nos bancos do recreio da escola, sem belezas nem romantismos, e que até correu bem mal, dada a minha inexperiência. Mas desta vez, com o homem certo... 18 anos menos 5 dias já contaria como homem, certo?

 

O que é verdade é que, quase 21 anos depois, continuo a ensaiar diariamente, nesses mesmos lábios, os do homem que amo, milhares de vezes mais do que nessa manhã de Outono.

publicado por na primeira pessoa do singular às 16:16

12
Jul 12

 

Uma das notícias do dia é a situação de trabalhadores em más condições numa determinada obra, eventualmente funcionários ou mão de obra alugado de um armador de aço, subempreiteiro de um grande consórcio de construção.

Todos se vão desculpando de não saberem, ou não serem responsáveis, até o ACT diz que já sabia, mas não teve tempo, e daqui a uns tempos vai lá ver ( acho que esta afirmação devia... ser promovida a anedota do século: daqui a uns dias vão lá ver o quê? vão lá ficar à espera deles, é??)

Adiante:

A obra, no mínimo, deve ter um fiscal, coordenador de segurança, técnico de segurança e director de obra. Depois ainda terá encarregados, chefes de equipa....para não dizer todo o tipo de empregados e vários escalões de funcionários que um consórcio tem.
Alguém, um dia, já deve ter ouvido algo sobre esta situação, aliás, praticamente todos devem ter ouvido falar. Comentaram, cochicharam, calaram-se.
Porque já viram esta situação em dezenas de obras.

Por outro lado, quase todos estes maioritariamente homens, devem viver com os tomates entalados, e poucos terão tido a coragem de se chegarem ao seu superior hierárquico e denunciado a questão, e assim sucessivamente até ter chegado ao topo.

E ainda que o tenham feito, mesmo que tenha chegado ao patrão, se calhar levaram um não como resposta e ficaram por aí...

As regras dos alvarás são claras, mas sujam-se depressa.
O anexo I nas propostas do concurso não é para ninguém ler.

Reclamar numa empresa de construção é um risco, um atentado ao emprego. Mas foi sempre um dos poucos riscos que nunca me importei de correr. Nem sempre os resultados foram os melhores, para o meu lado.

Tão culpado como quem põe estes homens nesta situação é quem convive com ela de ânimo leve. Mas isto é só a minha opinião, deve haver outras. Também pode ser porque não tenho tomates, pelo que não ando com eles apertados. Só mesmo o coração...
publicado por na primeira pessoa do singular às 15:41

Ontem fui ameaçada por um empreiteiro, que acha que sou a culpada pelas desgraças que lhe estão a acontecer.

 

Fiz uma peritagem numas moradias, concluiu-se que havia defeitos de construção e agora ele tem que reparar.

 

Não é a primeira vez que me acontecem coisas destas, mas desta vez estou mais assustada, tanto mais que ele está a trabalhar em frente à escola das filhas, conhece o meu carro, onde trabalho, os meus contactos...

 

Ou então estou finalmente a ganhar juízo.

 

Como sempre, fui forte e não dei parte de fraca, porque senão sou espezinhada por toda a raça da laia dele.

 

mas o coração ainda bate.

 

Tomei providências. Beware, Xor Ilídio...

 

 

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:06

 

Receita para começar bem o dia:

1-estacionar o carro em frente ao trabalho, numa suave descida.
2-Não puxar em demasia o travão de mão.
3- sair do carro com pastas, chaves, telemóvel, carteira, lanchinho na mão.
... 4- dar atenção à senhora que grita que o carro está a andar sozinho
5- correr atrás do carro, (que já lá vai pela descida...)com tralha na mão, sem deixar cair nada
6- conseguir apanhar o carro, acertar no botão do comando, abrir a porta com o carro a andar, puxar o travão, tudo com as mão cheias de tralha, e sem deixar que o carro entre pelo muro da casa que está apenas a alguns metros.
7- travar o carro, entrar, e voltar a arrumar o carro no sítio certo
8- puxar o travão com toda a força e energia.
9-repetir 3
10- subir as escadas, abrir o escritório, e cair na cadeira, com o coração ofegante, pernas a tremer e com tudo a doer.
11- atender a simpática senhora que vem entregar metade da tralha que ficou pelo caminho, e que nem sequer reparámos que caiu.
12- agradecer à senhora, e a todos os santinhos
.....
.....

30- descobrir que as ameixas do lanche estão esborrachadas.

publicado por na primeira pessoa do singular às 12:05

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