Hoje, fiz delete numa parte do meu coração, e fiz trim a uma secção do meu cérebro.
Hoje, um bocado de mim deixou de aceitar plenamente que as pessoas (adultos ou crianças) são aquilo que o seu meio lhes proporcionou: amor, bem estar, segurança, educação, (ou todos os seus opostos), e que, como tal, devem ser completamente entendidas em função do seu meio.
Esta minha convicção, fazia-me distinguir entre o que podendo ser normal para uns, não é extensivo a todos, tal como o que eu vejo como anormal noutros, pode não o ser para eles.
Uma teoria da relatividade caseira, que se baseava numa adaptação de "quem dá o que tem, a mais não é obrigado, e que me obrigava a exigir mais de uns que de outros, mediante o que eu consideraria as suas capacidades ou oportunidades.
Sempre me considerei satisfeita com esse meu critério, nem sempre gerador de consenso, mas que para mim sempre foi justo. Até hoje. E estou muito baralhada.
Suponho que arranquei um bocado da minha inocência, e está a doer-me.